Mercado Municipal, Castelo Branco
O edifício do Mercado Municipal veio substituir o antigo mercado localizado no terreno onde foi implantado o Tribunal. O novo mercado procurou suprir a necessidade de um recinto coberto para organizar as transações.
O mercado foi aberto ao público em novembro de 1961, tendo sido construído segundo projeto assinado pelo arquiteto Miguel Jacobetty Rosa e pelo engenheiro Francisco Xavier Marques Maia, com concessão de comparticipação financeira estatal para a construção, através do Fundo de Desemprego e da Comissão do Nordeste.
Notas
Apesar do papel fulcral que o mercado desempenhou na vida da população de Castelo Branco nas primeiras décadas da sua existência - quer para a aquisição de bens alimentares, quer para os vendedores, que inclusivamente se deslocavam de outras povoações do concelho para vender os seus produtos -, nos últimos anos tem-se assistido ao decréscimo da atividade no seu interior, perante a emergência de superfícies comerciais que competem com a oferta do mercado. Mantêm-se algumas lojas e alguns comerciantes de produtos hortícolas e talhos, que assinalam que a clientela tem vindo a diminuir.
O mercado localiza-se no centro de Castelo Branco, próximo da Câmara Municipal e do Tribunal.
O edifício é composto por dois corpos em L unidos por um átrio de distribuição, e por um corpo isolado, desenvolvendo-se em três pisos. O projeto previu que o piso inferior integrasse garagem, armazéns, frigoríficos, vestiários, cantina e refeitório, zonas de estar, gabinete veterinário, depósito de animais vivos, zona de amanho de criação e de preparação do peixe. O piso principal comporta uma zona de lojas, na fachada virada para noroeste; no lado oposto, previram-se várias compartimentações para servir de talho. A maior parte do espaço era ocupado por bancadas numeradas destinadas à venda de frutas e legumes, com uma zona exclusivamente dedicada para peixe - houve iniciativa, em 1962, de melhorar o acesso a esta zona e introduzir um monta-cargas para evitar que os degraus das escadas ficassem escorregadios por consequência do transporte. Havia também lojas, onde permanece uma cafetaria em funcionamento. O projeto previa, também, vária instalações sanitárias.
Conforme atestam testemunhos recolhidos no local, houve obras no interior, tendo sido retiradas as bancadas originais de mármore no piso térreo para dar lugar a bancas individualizadas com separação entre os vendedores. Estas zonas de venda apenas ocupam uma parte do que foi previsto no projeto.
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Localização
Estado e Utilização
Materiais e Tecnologias
Documentação
A informação constante desta página foi redigida por Ana Mehnert Pascoal, em setembro de 2024, com base em fontes documentais.
Para citar este trabalho:
Arquitectura Aqui (2024) Mercado Municipal, Castelo Branco. Acedido em 21/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/obras/28184/mercado-municipal-castelo-branco