A construção da escola primária de Vale Silves foi incluída na IV Fase do Programa de Construções Escolares, em 1949, que previa um edifício escolar de duas salas - gémeo a construir na sede deste núcleo escolar. 

No entanto, em novembro de 1950, o presidente da Câmara, Aires de Lemos Tavares, pediu diretamente ao ministro da Educação Nacional que a construção fosse suspensa, propondo que os recursos fossem desviados para uma escola em São Lourenço de Almancil, onde as condições de conservação do edifício existente eram consideradas perigosas. A decisão foi revista em abril de 1951, quando a Direção-Geral do Ensino Primário determinou que o projeto inicial de duas salas deveria ser desdobrado em dois edifícios distintos: um em Vale Silves e outro em S. Faustino, ficando ambos apenas com uma sala cada. Para além de se ter reduzido assim em 50% o número de salas previstas, nada foi decidido em relação à escola de São Lourenço.

A empreitada foi adjudicada a José Guerreiro Neto e as obras decorreram entre 1952 e 1953, após a qual se realizou o concurso para as obras complementares, com a regularização do terreno do recreio, a construção de muro de vedação, cisterna, depósito de água e fossa séptica. Obras que ficaram a cargo do empreiteiro José Silva.

A 8 de outubro de 1953, o edifício foi entregue à Câmara Municipal de Loulé, ficando prevista a sua inauguração. Apesar disso, o novo presidente da Câmara, José da Costa Guerreiro, informou em dezembro desse ano  que a escola ainda não estava pronta para receber alunos por falta de mobiliário. A intervenção do presidente da Câmara revela, ainda, uma crítica implícita à decisão ministerial de reduzir o projeto inicial de duas para uma sala, alertando que a nova escola poderia ser insuficiente para acolher a população escolar existente.

Atualmente com duas salas desconhece-se o ano da sua ampliação.