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Albufeira

Albufeira é um dos 16 concelhos que constituem a região do Algarve. Localiza-se na zona do barlavento ao centro do território, entre os concelhos de Silves e de Loulé e o oceano Atlântico, ocupando uma área de 140,66 km2 reorganizada, desde 2013, em quatro freguesias – Albufeira e Olhos de Água, Ferreiras, Guia e Paderne –, que se estendem entre o litoral, “de arribas altas erodidas, recortada por praias de areia, que vão desde as pequenas enseadas e largas baías até extensões mais retilíneas”, e o barrocal algarvio “de muros de pedra, como resultado da despregada, no interior dos quais se encontram pomares de sequeiro (…) em exploração ou abandonados, resultando num mosaico paisagístico muito característico” (2004, vol. V, pp. 188-200). Está entre os concelhos mais populosos da região com cerca de 44.164 habitantes (INE, 2023) o que se deve em grande medida ao turismo, principal impulsionador da transformação do concelho e da sua economia, em especial na sede do Município cujo casco urbano se encontra profundamente transformado.

Desenvolve-se entre duas unidades de paisagem – “Litoral do Centro Algarvio” e “Barrocal Algarvio” –, que se caracterizam, respetivamente, por uma determinante “presença de espaços edificados, concentrados ao longo de uma faixa contínua, sendo mais densos junto ao mar e mais dispersos no sentido do barrocal” e “pela particularidade do seu relevo, o vermelho escuro forte dos solos e a frequente presença de afloramentos rochosos que têm grande realce na paisagem pelo contraste das suas cores claras relativamente às tonalidades barrentas de onde emergem” (2004, vol. V, pp. 197-206).

O site oficial da Câmara Municipal de Albufeira, salienta as mais-valias do concelho que: “caracteriza-se por reunir as principais acessibilidades rodoviárias e ferroviárias que servem a região, dotando-a de condições ímpares na distribuição de tráfego, passageiros e mercadorias. (…) A centralidade do concelho aliada ao conjunto de acessibilidades disponível facilita as ligações à capital do país, Lisboa; assim como aos principais portos comerciais que servem a região, localizados em Faro e Portimão, mas também ao Porto de Sines, o mais importante porto do sul de Portugal. Cerca de 30 km distam de Albufeira ao Aeroporto Internacional de Faro, enquanto a fronteira espanhola encontra-se a pouco mais de uma hora de distância, constituindo estas as principais portas de entrada de fluxos populacionais internacionais na região.” 

Contudo, a acelerada transformação urbanística, consequência direta de um turismo intensivo, predominante na região, criou uma “mancha com edifícios de natureza e tipologias muito diversificadas, sem coerência e estrutura percetível, [o que] confere à paisagem um aspeto claramente desorganizado” (2004, vol. V, p. 205), aglutinando, não apenas, o núcleo histórico da cidade de Albufeira, mas também os principais melhoramentos urbanos criados a partir de meados do século XX, aqui, como pontualmente nas restantes freguesias. Ainda assim, tem sido possível identificar, entre os conjuntos de massa edificada, alguns dos marcos de modernidade do último século, construídos em prol da população e do concelho, com os antigos edifícios dos CTT e do Posto de Turismo, o Bairro de Casas para Pescadores, ou o Pavilhão Desportivo e o Quartel de Bombeiros Voluntários em Albufeira; mas também, lavadouros, postos de abastecimentos ou postos de guarda fiscal que serviam áreas menos centrais do concelho.

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Identificação

Obras 26

Localização

Distrito Histórico (PT) / Provincia (ES)
FaroDistrito Histórico (PT)
País

Documentação

Documentos 4

Recursos

Imagem

A informação constante desta página foi redigida por Tânia Rodrigues, em 2024, com base em diferentes fontes documentais e bibliográficas.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Albufeira. Acedido em 06/10/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/comunidades/16669/albufeira

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).