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Testemunho anônimo 01, Miranda do Douro

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Identificação

Título
Testemunho anônimo 01, Miranda do Douro

Conteúdo

Registo da Observação ou Conversação

Conversa mantida em maio de 2023, com as investigadoras Ivonne Herrera Pineda e Catarina Ruivo.

CTT

Quando estavam a construir os Correios, não havia nada construído ao lado da Sé catedral

Bombeiros

Antes de ser construído o atual quartel dos bombeiros, os Bombeiros eram na praça

Depois a construção dos bombeiros finalizada, eles aumentaram o edifício. No início ainda não tinham café

Após a construção dos bombeiros eles fizeram uma cerimónia

Nas festas dos bombeiros iam a capela Santa Luzia.

Na parte nova da cidade, onde está a avenida, não havia nada disto

“Na avenida não havia absolutamente nada, nem rotunda nem nada”.

Estação fronteiriça

A alfândega foi construída por causa do controlo alfandegário entre Espanha e Portugal.

O edifício depois passou a ser a Rota Fria e agora é um centro de interpretação

Casa dos Cantoneiros

Agora fizeram lá uma casa normal (particular)

Hospital

Na altura de ser hospital, e ainda não lar, não havia absolutamente nada, era só mato

O Antigo hospital, é à beira da Misericordia.

A parte nova do hospital, depois de fecharem, é utilizada para a unidade de continuados

Tribunal

Na zona do tribunal não existia nada construído

Mercado

A rua do mercado foi reabilitada (temos alguma fotografia)

O mercado nunca tive vida

Ela acostuma comprar em um supermercado onde a carne é de boa calidade, se pode encontrar produtos locais ali

Escolas

As escolas são lugares onde as crianças desenvolvem vínculos entre eles e estão muito ligados a Miranda (famílias, amigos). Mas quando são jovens saem para fora e perdem esses vínculos (voltam só para as ferias)

Outras questões

O centro de saúde fecha as 9. Algumas pessoas tem o cartão transfronterizo e vão para o Hospital de Zamora. Para Vila Real demoras 2 horas. Zamora é mais perto que Lisboa (4 horas e meia em autocarro não se justifica)

Lara fala das dificuldades que os jovens têm em manter o contacto diário com Miranda quando partem para outras cidades, mas também das dificuldades que alguns têm em sair para outros locais:

Depois do liceu os jovens saim para fora. Mitade não tem possibilidades de sair fora

As festas da aldeia são muito valorizadas porque há poucas opções de lazer na zona, mas também porque são experiências muito positivas. Estas festas são muito concorridas e têm muito sucesso.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Testemunho anônimo 01, Miranda do Douro. Acedido em 31/10/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/notas-de-observacao-ou-conversacao/25305/testemunho-anonimo-01-miranda-do-douro

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).