Casa Social, AljustrelDispensário do Instituto de Assistência Nacional aos Tuberculosos, B. C. G. e Prevenção da Silicose, AljustrelDispensário Dr. Covas de Lima, AljustrelDispensário Anti-Silicótico, AljustrelDispensário da Mina, Aljustrel
A exploração mineira em Aljustrel conta já com vários séculos de história. Por sua vez, a construção de dispensários dirigidos à luta antituberculosa remonta à criação da própria Assistência Nacional aos Tuberculosos, no início do século XX.
Na rede antituberculosa, o dispensário é uma “peça fundamental” (Diário das Sessões da Assembleia Nacional. 53 – 1950.04.29), principalmente, por ser o mais periférico ponto do sistema, que faz o contacto próximo à população. O seu papel fixa-se, não só no tratamento, mas principalmente na prevenção, vigilância e divulgação direta dos princípios higiénico-sanitários.
Fica, então, a cargo da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (D.G.E.M.N.) a construção de um dispensário com B.C.G. e prevenção da silicose.
O Dispensário Dr. Covas de Lima – nome do diretor do Dispensário de Beja – previa a instalação do dispensário antituberculose, centro B.C.G. e instalações para a prevenção da silicose, doença com grande incidência nos trabalhadores das minas.
O terreno para implantação do dispensário é doado pela Mines d’Aljustrel, sociedade belga exploradora das minas desde 1895.
Em abril de 1971, a Direção dos Serviços de Construção da D.G.E.M.N. entrega a obra do Dispensário de Aljustrel à Direção-Geral da Fazenda Pública e ao I.A.N.T.
Analysis
Este edifício destaca-se dos demais dispensários do I.A.N.T. por abranger, também, o cuidado a outras doenças pulmonares como a silicose, decorrente dos trabalhos nas minas.
O edifício encontra-se numa zona urbana de transição em Aljustrel, tendo sido adaptado a partir de uma construção existente, o Dispensário do Instituto de Assistência Nacional aos Tuberculosos, dedicado também à "Prevenção da Silicose", conforme inscrição destacada na fachada principal. Atualmente, o edifício em questão alberga a designada "Casa Social", a qual desempenha um conjunto diversificado de funções de caráter público e social.
O edifício exibe uma configuração alongada, com uma planta retangular, e apresenta-se horizontalmente alinhado com a via frontal. O volume único e alongado, com cobertura de duas águas revestida a telha cerâmica, integra-se na paisagem urbana, mantendo uma escala e linguagem arquitetónica coerentes com o contexto envolvente.
O edifício está assente num embasamento ligeiramente rebaixado, parcialmente oculto por uma grelha metálica que assinala intervenções recentes. A fachada é caraterizada pelo ritmo das janelas, que reforçam a homogeneidade da composição. Destaca-se, ainda, o uso pontual de revestimento em pedra junto às entradas, elemento que possibilita uma subtil distinção hierárquica dos acessos.
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Location
Status & Uses
A informação desta página foi redigida por Joana Nunes em 2025, a partir de diferentes fontes documentais e bibliográficas.
To quote this work:
Joana Nunes for Arquitectura Aqui (2025) Casa Social, Aljustrel. Accessed on 05/09/2025, in https://arquitecturaaqui.eu/en/buildings-ensembles/21198/casa-social-aljustrel