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Conjunto Habitacional em Vale de Rãs, Abrantes

O primeiro projeto encontrado para um conjunto habitacional em Vale de Rãs data de março de 1976 e diz respeito a quatro tipos de moradias pré-fabricadas, tendo sido elaborado pela SOMAPRE - Sociedade de Materiais Pré-Esforçados SARL. Em julho de 1977, a mesma empresa elaborou outro projeto, agora para a construção de 133 habitações em Vale de Rãs, Abrantes, por encomenda do Ministério da Habitação, Urbanismo e Construção, ao abrigo do Programa CAR. O último projeto encontrado data de novembro de 1981 e é relativo aos arranjos exteriores e de esgotos de águas pluviais, elaborado pelos Serviços Técnicos da Câmara Municipal de Abrantes. Desconhecem-se as datas exatas de início e conclusão da obra.

Em 1993, o Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado (IGAPHE) iniciou o processo de alienação de, pelo menos, algumas frações habitacionais devolutas no conjunto, ao ao abrigo do Decreto-Lei n.º 141/88, de 22 de abril, com a redação dada pelo Decreto-Lei 342/90.

 

Para mais detalhes, consultar a secção Momentos-chave, abaixo.

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Analysis

Conclusion Date
post. 1978
Importance, Particularities, Singularities and Relative Position (Geography and Chronology)

A memória descritiva do projeto de 1976 incidia sobretudo sobre as vantagens da construção pré-fabricada, detalhando o processo utilizado pela SOMAPRE. Referia que a industrialização da pré-fabricação em série resultava na “melhoria de qualidade devida à escolha e tratamento adequado dos materiais; condições de trabalho cuidadas, ao abrigo da intempérie; mão de obra rotinada, portanto aperfeiçoada; recurso fácil a técnicas mais avançadas e a materiais dificilmente utilizados na construção tradicional; economia de tempo de construção, economia real na obra”.

Considerava-se que o processo de pré-fabricação utilizado pela empresa ainda não se encontrava suficientemente divulgado, embora o Laboratório Nacional de Engenharia Civil tivesse declarado a sua viabilidade. O processo consistia na “pré-fabricação de todos os elementos estruturais, tendendo para limitar ao mínimo as operações a realizar na obra”, procurando “uma verdadeira industrialização da construção, única forma de dar rápida resposta às carências de habitação, por demais proclamadas”.

Salientava-se que o que distinguia o sistema SOMAPRE era a possibilidade de utilizar o processo em construções em altura. Descrevia-se que as paredes exteriores eram “formadas por uma sucessão de painéis pré-fabricados com a altura ditada pelo pé-direito do edifício e com um comprimento múltiplo de 1,20m”, que tinham uma espessura de 16 cm e eram constituídos “por duas camadas de betão armado, separadas por uma outra de poliestireno expandido que confere à parede excelentes características de isolamento térmico”. Os painéis permitiam, “por simples betonagem ‘in loco’, a execução e conveniente ligação entre eles, e ficam com “as superfícies acabadas com a pré-fabricação, podendo receber pintura diretamente sobre elas”. Descreviam-se também os painéis de piso, “verdadeiras lajes aligeiradas e pré-esforçadas, que pelo facto de integrarem elementos ocos na sua espessura, lhe conferem apreciável isolamento térmico”. Os painéis tinham uma largura de 2.40 metros e um cumprimento múltiplo do módulo de 1.50 metros, com “espessura determinada em função das sobrecargas regulamentares de utilização”.

 

Combined Analysis of Form, Function and Relation to Context

O conjunto habitacional situa-se a norte do núcleo urbano antigo de Abrantes, numa zona de urbanização dispersa que se desenvovle a norte da Estrada Nacional n.º 3, no local de Vale de Rãs. O conjunto é composto por 6 blocos de habitação construída com elementos pré-fabricados. Os edifícios, contendo um total de 133 fogos, 65 dos quais T3, 46 T2 e 9 T1, são compostos por aglutinação de blocos-tipo, e definem-se numa direção principal que vai sendo quebrada por elementos perpendiculares.

O conjunto encontra-se separado do principal acesso, a Rua dos Lírios, por elementos ajardinados e diferenças de cotas, voltando-se a maior parte das portas de entrada para o interior do bairro. Os acessos interiores ao conjunto são compostos por caminhos em betão, ladeados por elementos ajardinados que criam espaço entre os percursos e as traseiras dos edifícios.

Programme
Programa CARProgramme

Key moments (click below for details)

Activities

Location

Community
Address
Labirinto Vale de Rãs, Abrantes
Former Distrito (PT)
SantarémFormer Distrito (PT)
Context
UrbanoContext
InteriorContext

Status & Uses

Original Use
Status
ConstruídoStatus of Work

A informação constante desta página foi redigida por Catarina Ruivo, em janeiro de 2025, com base em diferentes fontes documentais e bibliográficas.

To quote this work:

Arquitectura Aqui (2025) Conjunto Habitacional em Vale de Rãs, Abrantes. Accessed on 18/01/2025, in https://arquitecturaaqui.eu/en/buildings-ensembles/31549/conjunto-habitacional-em-vale-de-ras-abrantes

This work has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement No. 949686 - ReARQ.IB) and from Portuguese national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., in the cadre of the research project ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).