O edifício da Caixa Geral de Depósitos da Murtosa foi concluído em 1953. Em 1948, já se encontrava em curso o processo que levaria à sua construção: entre março e abril, foi decidida a sua localização na Praça Comandante Jaime Afreixo (hoje Almirante Jaime Afreixo) e, em setembro, foi concluído o primeiro projeto de arquitetura para o edifício. Em fevereiro do ano seguinte, a Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais dotou 187.300$00 da sua rubrica orçamental para a aquisição do terreno e, em junho, a mesma entidade emitiu uma apreciação favorável do projeto. Consideravam-se as plantas claras e “perfeitamente adequadas ao programa que as determinou”, e as fachadas “francamente agradáveis sem pruridos de originalidade descabida e apropriados ao destino do estabelecimento e às condições locais”. O orçamento, por outro lado, julgava-se demasiado elevado.

Poucos meses mais tarde, em agosto de 1949, a Administração da Caixa Geral de Depósitos, considerou de adiar a construção do novo edifício, “em face da pequena importância da agência da Murtosa e da necessidade de acudir a outras obras mais urgentes.”

Assim, apenas no início de 1952 foram adjudicados os trabalhos de demolição dos prédios existentes no terreno. Em março desse ano, foi concluído um segundo projeto, da autoria de outro arquiteto, que procurava adequar a escala do edifício à importância da agência - correspondendo, portanto, a um edifício de menor área que o original. O projeto recebeu apreciação favorável da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais em maio de 1952. No entanto, no mesmo mês, o Ministro das Obras Públicas, José Frederico Ulrich, considerou o orçamento exagerado. Após justificação do valor elevado dos custos unitários do projeto pela Comissão de Revisão da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais - através de um parecer no qual se refere o emprego de materiais custosos, não utilizados em edificações do tipo corrente mas comuns aos edifícios da Caixa Geral de Depósito, e ainda a projeção própria de todo o mobiliário fixo e a necessidade de equipamento dispendioso - o Ministro aprovou o projeto.

Em agosto de 1982 foi aberto o concurso para a realização da empreitada, com base de licitação de 755.000$00, e, em novembro, esta foi consignada a Ramos / Cª, uma empresa que tinha já sido adjudicatária dos novos edifícios para os CTT de Setúbal, Ourique, Odemira, Silvares, Vila Real e Aljustrel, assim como para a Caixa Geral de Depósitos de Amarante, Lisboa (Rua do Ouro) e Tavira. A obra terá sido concluída em finais de 1953.

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