Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Argus
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"Em 21 de Junho de 1949, A Comarca de Arganil noticiava que fora dada continuidade à ideia de 1946, para a construção de um quartel-sede e que, (...) irira proceder-se à aquisição de uma parcela de terreno, junto ao Matadouro, local onde, futuramente, passaria a avenida que ligava a Fonte de Amandos ao Sapatinho. Esse terreno, com 150m2 (...) foi avaliado em 20 contos, empenhando-se nas negociações o presidente da Câmara, dr. António Luis Gonçalves, que autorizou, como contrapartida, a urbanização dos terrenos localizados à margem da projetada Avenida." (Ventura a Anacleto, 2009, p.74)
Em Maio de 1951, depois do processo de "legalização" o terreno para sede foi visitado pelo "arquiteto Edmundo Tavares, autor do projeto do edifício dos Bombeiros Voluntários de Coimbra". (Ventura a Anacleto, 2009, p.74) O início das obras teria que esperar pois, "Em comunicado enviado apenas ao Jornal de Arganil, Frederico Simões, relativamente à sua ação como presidente, reitera a posição de que "trabalharei desempoeiradamente, sem receios, tendo em vista a aspiração máxima da Associação que é a construção de sua sede." (Ventura a Anacleto, 2009, p.77) Com a contribuição de beneméritos sediados em África e com o apoio dos jornais locais, através da promoção de eventos associativos e sorteios, a Associação procurou arrecadar fundos para a construção da sede, que foram reforçados com a comparticipação de 147 contos do Ministério das Obras Públicas anunciada pelo ministro Arantes e Oliveira e noticiada no jornal A Comarca de Arganil em 1957.07.30. "As obras da construção do quartel-sede tiveram início em 30 de Junho de 1959" e a obra foi inaugurada em 1960.07.24 (Ventura a Anacleto, 2009, p.84-85).
"Mas este acontecimento, não trouxe apenas à Associação o sinal de modernidade, mas também se refletiu na malha urbanística da vila, pois o imóvel era o segundo (depois do Teatro) a ser erigido na artéria ainda não concluída (então denominada Avenida de Amandos) que, construída sobre o soterrado ribeiro do mesmo nome, viria a constituir a nova centralidade arganilense." (Ventura a Anacleto, 2009, p.85)
"No aspecto cultural registe-se a entrada em atividade, nas instalações da Associação, da Biblioteca da Fundação Gulbenkian (cujo funcionamento foi assegurado pelo sócio Francisco Carvalho da Cruz)" (Ventura a Anacleto, 2009, p.99).
Em 1966, a "direção projetara ampliar as instalações do quartel-sede, já exíguas para as atividades, ampliação que consistiu na construção de mais garagens e de uma residência para o contínuo". (Ventura a Anacleto, 2009, p.99)
Até 1984, funcionaram provisoriamente no quartel-sede a Escola Secundária de Arganil, entretanto transferida para edifício construído de raiz para o efeito. O Ministério da Educação concedeu então 5000 contos a título de compensação pelo uso, verba que foi utilizada na melhoria das instalações. "As obras então efetuadas, que orçaram em 7000 cintos, incidiram nas áreas onde funcionara a Escola Secundária, tendo sido construídas no rés do chão garagens, sala de comando, secretaria e central de telecomunicações. No 1º piso ficaram a chamada 'casa do quarteleiro', sala de formação e bar. O 2º piso foi destinado a apartamentos (quatro), que constituem umna fonte de receita para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Argus." (Ventura a Anacleto, 2009, p.118)
To quote this work:
Arquitectura Aqui (2024) Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Argus. Accessed on 22/11/2024, in https://arquitecturaaqui.eu/en/documentation/bibliography/30024/associacao-humanitaria-dos-bombeiros-voluntarios-argus