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Proyecto de Nueva Estación de Cáceres

Conjunto de documentos distribuído por várias capas, relativo ao projeto para a nova estação ferroviária de Cáceres (1953). Inclui os seguintes elementos:

- Documento n.º 1: Memoria, com 13 anexos:

  • 1. Esquema de los empalmes de las líneas férreas de la Zona Oeste de España
  • 2. Soluciones para la supresión de los retrocesos y Arroyo Malpartida
  • 3. Plano de conjunto de la estación actual y de la proyectada
  • 4. Plano de la estación actual
  • 5. Cálculos justificativos de: losa y estribos P.I. y vigas del Taller de M. Móvil, y red de distribución de agua
  • 6. Justificación de precios
  • 7. Estado de alineaciones
  • 8. Datos de los perfiles longitudinales, de la Nueva Estación, y de las variantes de las carreteras de Cáceres a Mérida y a Badajoz
  • 9. Relación de los accidentes que ofrece el terreno y obras que se proponen para salvarlas
  • 10. Estado comparativo de las instalaciones de la actual estación de Cáceres con las proyectadas
  • 11. Propuesta valorada de las instalaciones que se consideran estrictamente indispensables disponer en la Nueva Estación para atender debidamente al actual tráfico ferroviario de Cáceres
  • 12. Cuadro de precios a que desupués de hecha la baja de subasta han resultado otras obras análogas y su comparación con las de este proyecto
  • 13. Presupuesto para conocimiento de la Administración

- Documento n.º 2: Planos (com 30 anexos):

  • 1. Plano General
  • 2. Planta de vías e instalaciones
  • 3. Perfiles longitudinales de la Nueva Estación y de las variantes de las carreteras de Cáceres a Mérida y Badajoz
  • 4. Perfiles transversalesde la Nueva Estación y de las variantes de las carreteras
  • 5. Modelos de obras de fábrica
  • 6. P.I. de las variantes de la carretera de Cáceres a Badajoz
  • 7. Edificio de viajeros
  • 8. Edificio para servicios auxiliares
  • 9. Viviendas para seis agentes
  • 10. Tipos de muellesde G.V. y P.V.
  • 11. Muelle de trasnbordo
  • 12. Muelle para ganados
  • 13. Rotondapara locomotoras
  • 14. Dormitorio, oficinas y otras dependecnias para Tracción
  • 15. Vivienda para el Jefe de la reserva
  • 16. Talleres y almacenes de V. y O.
  • 17. Oficinas y viviendas de V. y O.
  • 18. Vivienda Sobrestante, Capataz y Obrero 1.ª de Vía y Obras
  • 19. Oficinas y viviendas y Taller de M. Móvil
  • 20. Paso inferior entre andenes
  • 21. Sección de los andenes
  • 22. Marquesinas
  • 23. Puente giratorio de 23 m. de diámetro - Foso
  • 24. Foso para picar fuego
  • 25. Cerramiento para parque de carbón
  • 26. Paracoques de hormigón armado con carriles
  • 27. Depósito de hormigón
  • 28. Cierre de la estación
  • 29. Red de distribución de agua
  • 30. Cimentaciones para grúas hidráulicas de 150 y 250 m/m
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Type of File
Title of File
Proyecto de Nueva Estación de Cáceres
Start-End Years
1953
Other References
Exp. 211/1953
File Producer

Analysis

First Date Recorded in File
1953.05.30
Requester / Benefiter
Other Disciplines
Francisco Terán Galindo Ingeniero JEFFPerson
Reading Note

1953.05.30: Memoria do "Proyecto de Nueva Estación de Cáceres", assinada pelo engenheiro Francisco Terán, em Madrid (e executada com a colaboração do ajudante de obras públicas afeto à JEEFF, Vicente Olalla), e examinada pelo engenheiro chefe e pelo presidente da JEEF. O projeto foi incumbido à JEEF, ficando o projeto dos ramais de ligação entre Cáceres e El Casar a cargo da 5.ª Jefatura de Estudos y Construcción de Ferrocarriles.

Explana, de antemão, os antecedentes: 1946.05.06 - instância do Alcalde de Cáceres ao MOP, enviando um anteprojeto do ramal ferroviário que se acordou construir entre as estações de El Casar (linha de Madrid a Valencia de Alcántara) e Cáceres (linha de Arroyo a Cáceres), com expensas das necessárias expropriações de terreno a suportar pelos Ayuntamientos de Cáceres e El Casar.

1946.05.13 - envio do anteprojeto pelo DGFTTC à JEEF

1946.12.20 - parecer da JEEF, analisando minuciosamente o anteprojeto: considera que o estudo favorece comunicações entre noroeste e sudoeste da Península Ibérica; para maior economia do itinerário, sugeriu ligeiras variantes a introduzir nas vias férreas das estações de El Casar e Cáceres com troços de ligação a outras linhas, para que não implicasse mudanças como a transferência do Depósito de Arroyo-Malpartida, embora concorde com a necessidade da ligação direta entre estes pontos. Alertou para a necessidade de consultar a RENFE para aferir do grau de urgência desta construção no plano de obras pendentes desse organismo.

1947.01.24 - ordem do DGFTTC para que se redija o projeto definitivo da estação de Cáceres.

1947.06.10 - envio, pela DGFTTC, da proposta de convénio económico e contributos a disponibilizar pelos Ayuntamientos de Cáceres e El Casar para execução das obras: 4.750.00 ptas. (Cáceres: 3.575.000 ptas; El Casar: 1.000.000 ptas.) - não aceite pela JEEF, pela insuficiência dessa verba face ao orçamento, instando por apresentação de proposta mais concreta. A nova proposta apresentada pelos Ayuntamientos, ascendendo a 5.07.179,10 ptas., foi igualmente vetada pela JEEF, não se tendo o assunto resolvido até à redeção da presente Memoria, em 1953.

A localização da nova estação deve permitir ligação direta com o ramal em construção entre El Casar e Cáceres (ou variante aludida no parecer 1946.12.20). O engenheiro apresenta como solução a zona a oeste da povoação, pela localização em planta e por não implicar amplas movimentações de terreno. Não foi possível aceder à vontade da RENFE de colocar a estação mais próxima da povoação, devido ao conjunto de ferrovias e instalações que comporta; porém, localiza-se na planeada zona de expansão de Cáceres. Prevê-se a execução das obras em duas fases.

É explicada a implantação da estação conforme o traçado da via férrea e as projetadas alterações e desvios nas estradas circundantes dirijidas a Mérida e Badajoz, bem como os pormenores relativos aos perfis longitudinais, tipos de via (prevendo para o imediato oito vias de circulação e mercadorias, e outras para serviços dos cais e manobras). Foram separados os acessos ao edifício de passageiros e aos cais de mercadorias. Em termos de equipamentos, inclui:

- Edifício de passageiros: 93,5m comprimento, 12,00m altura; possui nave central (vestíbulo), que comporta as bilheteiras, e dois corpos laterais com, respetivamente, dois pisos. O piso inferior e um dos primeiros pisos das alas destinam-se aos serviços da estação, destinando-se o restante edifício a quatro habitações para o pessoal superior da estação. Fachadas em tijolo, com revestimento exterior em silharia de granito com 0,10 m de espessura por razões decorativas. Nos pisos, emprego de estruturas de tipo "autárquico", justificado pela rapidez na execução e pela economia no emprego de ferro. Cobertura em telha curva com armação metálica, também por razões de economia. "En lo que respecta a la parte decorativa de las fachadas se ha procurado encajarla en el estilo arquitectónico propio de Cáceres in olvidar, claro está, el destino eminentemente utilitario de este edificio".

- Edifício para serviços auxiliares: localizado na imediação do edifício de passageiros, com dois pisos de 20m comprimento x 8m largura. Fachadas em alvenaria. No piso térreo localizar-se-ão a brigada de polícia, lampistería, sanitários públicos, e outras dependências. O piso superiro destina-se a dormitórios e serviços do pessoal de exploração da estação.

- Instalações para o Serviço de Via e Obras: localizadas na entrada da estação pelo lado de Aldea Moret, integram oficinas (ligadas ao funcionamento e manutenção da ferrovia) e armazéns, gabinetes e habitações de Via e Obras, e habitação dos capatazes e obreiro de 1.ª. O edifício de oficinas e armazéns possui um piso e páteo central para depósito de material, e ainda espaço para refeições e sanitários do pessoal, e uma pequena garagem. O edifício de gabinetes e habitação tem dois pisos (24m x 10m); o inferior destina-se aos gabinetes e o superior para habitação do chefe e do subchefe da secção de Via e Obras. O outro edifício de habitação tem apenas um piso.

- Instalações para depósito das locomotivas: localizadas junto da entrada da estação, com possibilidade de ampliação futura. Prevê-se cinco vias radiais adicionais para estacionamento das locomotivas, cobertas por uma estrutura em betão armado em formato de rotunda, e uma ponte giratória para passagem das máquinas. Junto à garagem das locomotivas implantam-se o edifício para dormitório, gabinetes e outras dependências de tração (dois pisos, com serviços no inferior e dormitórios e zona de refeições para o pessoal no superior) e o edificio para a habitação do chefe da reserva (piso único, com curral anexo).

- Instalações de material móvel, separadas do resto da estação: integram as vias necessárias para as várias operações, depósito de eixos, carros transbordadores para movimentação de vagões e eixos, e um edifício para habitação e oficina. Nesse edifício, a secção de oficina ocupa uma nave de grandes dimensões, possuindo também uma zona para serviços anexos - armazém, zona de refeições e sanitários para o pessoal no piso inferior; no superior gabinetes e habitação do chefe, em alas distintas -, na qual penetram duas vias, possui pilares e vigas de betão e armação metálica na cobertura.

- Edifício de habitação para seis agentes ("un factor, tres guardagujas y dos agentes del Servicio Eléctrico"): cada habitação possui, na zona porterior, um pequeno curral com cerca.

- Cais: em direção a Aldea Moret, à equerda do edifício de passageiros, localizam-se os cais de baixa velocidade (cinco no total), de gado, e de alta velocidade (dois), junto dos quais se localizam currais, com bebedouros, para classificação e passagem de gado. O cais de transbordo posiciona-se aproximadamente defronte do edifício de passageiros. Todos os cais são do tipo geralmente empregue pela RENFE, com estrutura de betão armado.

- Gares: projeta-se uma plataforma principal e uma intermédia. Para a plataforma principal, planeia-se um abrigo em betão armado, apoiado na fachada do edifício de passageiros e com colunas no lado oposto. Para a oyta plataforma, prevê-se um abrigo de tipo "mariposa" (similar a outros construídos pela RENFE noutras estações).

- Rede de abastecimento e distribuição de água; saneamento (apenas algumas fossas sépticas).

- Passagem subterrânea para passageiros, com acesso para as duas plataformas.

- Pavimentos: acessos em pedra aparelhada sobre betão

Outros aspetos abordados: saneamento; controlo da circulação nas vias férreas; iluminação; gradeamento; outras instalações; balastro; sistema de execução (contratação, exceto em casos específicos como instalações das vias, sinalização ou iluminação, nos quais se sugere administração direta); desvios de caráter provisório para execução das obras.

"Si bien que no se ha llegado todavía a concretarse un acuerdo o fórmula económica entre las partes directamente interesadas - nos referimos a la RENFE y al Ayuntamiento de Cáceres, pues si biene es verdad que, enfocada la cuestión desde el punto de vista de la economía nacional, al Estado le conviene la ejecución de la nueva estación, tan bien es cierto que las dos partes más directamente interesadas son aquéllas dos - parece obligado y lógico que la aportación del Ayuntamiento en la ejecución de las orbas, se fije en una cantidad de cierta consideración. / Ahora bien el Sr. Alcalde Presidente del Ayuntamiento de Cáceres ha expresado en diversas ocasiones su seguridad de que no obstante el extraordinario interés que tiene la población de Cáceres de que se construya allí una nueva estación para cuya consecución el referido Ayuntamiento está dispuesto a llegar al máximo esfuerzo económico que permita la capacidad de la Hacienda Municipal, tendría, sin embargo, que renunciar a unas mejoras tan deseadas, en el caso muy probable de que su aportación fuera de mucha consideración." (pp. 29-30) - Por forma a responder à questão do esforço financeiro a empreender pelo Ayuntamiento, o engenheiro incluiu um estudo no projeto acerca das instalações consideradas estritamente necessárias, cujo orçamento se situa nas 29.908.251,70 ptas., apenas destinado a consideração pelas instâncias superiores.

A memória é completada por trinta desenhos (plantas, alçados, cortes), caderno de encargos, e orçamentos (ascendendo, no total, a 10.432.355,40 ptas.). Para além da indicação de data de 1953.05.30, determinads planos de conjunto estão datados de 1958 e fevereiro de 1959, correspondendo a modificações solicitadas após avaliação.

1953.07.01: Parecer do Engenheiro Chefe (assinatura ilegível) da Junta de Estudios y Enlaces Ferroviarios (JEEF). Elenca como antecedentes o envio, pelo Ayuntamiento de Cáceres, do anteprojeto da "estación de El Casar a Cáceres", ao Ministro de Obras Públicas (MOP), bem como a ordem do Director General de Ferrocarriles, Tranvías y Transportes por Carretera (DGFTTC), de 1947.01.24, que, com base no relatório elaborado pela JEFF (1946.12.20), promove a redação do projeto definitivo da estação. Este deveria ter em conta a 5.ª conclusão do citado relatório: "En el caso de que se impusiera la mejora de la estación de Cáceres con antelación a la ejecución del ramal, convendría realizarla de acuerdo con el croquis (Anejo n.º 2) que se acompaña, de manera que resulte compatible su nuevo emplazamiento, tanto con la solución del ramal directo como con la supressión de los retrocessos en la forma indicada en la conclusión 2.ª." - o que o presente parecer confirma.

Identifica-se a elaboração do projeto pelo Ingeniero de Caminos Francisco Terán, com colaboração do Ayudante de Obras Públicas Vicente Olalla, em permanente contacto com esta chefia.

Explana o enquadramento de Cáceres na linha meridiana Astorga-Zamora-Salamanca-Plasencia-Cáceres-Mérida-Zafra, de enquadramento estratégico na fronteira com Portugal, e a melhoria do seu nó ferroviário com a presente obra. A obra permitirá transferir o "Depósito de Tracción" a Cáceres, abastecendo de água também os funcionários da RENFE. A necessidade de dotação de capacidade para o futuro implica que a estação de passageiros se localize a c. 700 m da estação existente, o que se coaduna com o sentido da expansão urbana em curso e permite um benefício financeiro no que toca a terrenos. Prevê-se que as obras da estação venham a contribuir para a melhoria da qualidade de vida.
A organização da estação segue diretrizes da RENFE, que forneceu o programa. Não seria possível aproveitar instalações existentes, o que impediu um orçamento diminuto. A chefia concorda com o engenheiro quanto à construção das instalações suficientes com previsões para aumentos futuros, porém sem que adquiram dimensões incomportáveis para uso e manutenção próximos. Análise da descrição do projeto de instalação da ferrovia, com implicações nos troços das estradas de Mérida e Badajoz. Considera os acessos bem concebidos.

"Aspecto al edificio de viajeros , se observa en él una preocupación de tipo decorativo que el Ingeniero ha querido resolver impresionado por el fuerte carácter de la Ciudad noble medieval, imperativo de Cáceres, atendiendo al mismo tiempo al imperativo actua funcional de esta dependencia ferroviaria. El Ingeniero Jefe que subscribe no es ajeno a este proceso y a la insatisfacción por el resultado obtenido, esperando que un más autorizado criterio en la materia diga la última palabra. La distribución de servicios y viviendas la conceptuamos acertada". [p.7]

Aprova os cálculos e os preços apresentados, e considera o orçamento bem calculado. Relativamente ao caderno de encargos, sugere realização de concursos para a contratação de empreiteiros e casas administradoras com a necessária qualidade. Sugerem três anos para a realização das obras (prazo não indicado pelo engenheiro).

To quote this work:

Arquitectura Aqui (2024) Proyecto de Nueva Estación de Cáceres. Accessed on 22/11/2024, in https://arquitecturaaqui.eu/en/documentation/files/12895/proyecto-de-nueva-estacion-de-caceres

This work has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement No. 949686 - ReARQ.IB) and from Portuguese national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., in the cadre of the research project ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).