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Casas Económicas (2º grupo - Terreno Eng. Matos)

Aproximadamente 140 páginas organizadas em capa branca, onde consta informação sobre o seu conteúdo:

“Casas económicas (2º grupo - Terreno Eng. Matos)

Aquisição de terrenos - Plantas arranjo parcial terrenos envolventes

Bairro da F.C. Previdência - Memória des/just. - Correspondência

Arq. Viana de Lima 1960/1969”

Contém correspondência entre a Federação das Caixas de Previdência - Habitações Económicas e a Câmara Municipal de Bragança, sobre o processo de financiamento, aquisição de terrenos, projeto de urbanização e arquitetura e processo de concurso da obra de construção de 96 casas de renda económica.

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Archive / Library
Type of File
Title of File
Casas Económicas (2º grupo - Terreno Eng. Matos)
Start-End Years
1960-1969
Initial Reference
Processo n.º B-I-66

Analysis

First Date Recorded in File
1960.05.07
Last Date Recorded in File
1969.07.04
Requester / Benefiter
Architectural Design
Alcino Soutinho Estudo para Habitações Económicas para a FCP-HE 1961Person
Augusto Amaral Estudo para Habitações Económicas para a FCP-HE 1961Person
Sérgio Fernandez Estudo para Habitações Económicas para a FCP-HE 1961Person
Other Disciplines
Octávio Lixa Filgueiras Estudo de Implantação e Urbanização 1960Person
Manuel Maria Sampaio Projeto Urbanização 1969Person
Intervention / Assessment
Rafael dos Santos Costa Vice-Presidente FCP-HE / Presidente FCP-HE 1960 / 1968Person
Joaquim Duarte Carrilho Engenheiro Diretor DUB 1964Person
Political Decision
Adriano Augusto Pires Presidente CMB 1961Person
A. Vaz Pires Presidente CMB 1968Person
Abílio Machado Leonardo Presidente CMB 1969Person
Reading Note

1960.05.07 - Ofício do Presidente da Câmara Municipal de Bragança (CMB), dirigido ao diretor-geral da Previdência e Habitações Económicas, no qual refere que a Federação das Caixas de Previdência (FCP) não pode beneficiar da comparticipação do Ministério das Obras Públicas (MOP), concedida à CMB para a construção de um bairro com 96 fogos. Questiona se, “Unicamente à custa das verbas da previdência, interessa a construção de alguns dos edifícios previstos”. Em caso de resposta negativa, a CMB iniciará a construção de 24 habitações, “que carece para alugar às famílias que actualmente ocupam os prédios que vão ser demolidos com as obras de arranjo da zona do Castelo”.

1960.07.05 - O vice-presidente da FCP solicita ao presidente da CMB que remeta a planta do local escolhido para o agrupamento de casas de renda económica e respetivo estudo de urbanização, no seguimento das “conversações tidas com V. Exª. aquando da visita de Sua Excelência o Ministro das Corporações e Previdência Social a essa cidade e em virtude do despacho” que autoriza a sua construção.

1960.07.16 - O arquiteto Viana de Lima remete ao presidente da CMB uma planta “respeitante à zona com os respectivos acessos”, informando que o arranjo do local deverá ser feito pela Secção de Estudos da FCP.

1969.07.21 - A planta “da zona estabelecida pelo Arquitecto Urbanista para a construção de 90 moradias para as classes humildes e para as edificações de uma 2ª fase do bairro de renda económica para as classes médias” é remetida pelo presidente da CMB à FCP.

1960.10.15 - O vice-presidente da FCP, engenheiro Rafael dos Santos Costa, informa o presidente da CMB que o arquiteto Octávio Lixa Filgueiras foi encarregado de “proceder a um pequeno estudo de implantação e urbanização do bairro previsto”, a partir do qual a FCP se pronunciará sobre a viabilidade de aquisição dos terrenos.

1961.02.10 - Ofício da FCP dirigido à CMB, no qual se transcreve uma carta do arquiteto Octávio Filgueiras. Nesta comunicação, o arquiteto informa que Viana de Lima “é de parecer que o terreno indicado para levar a efeito tal obra deve ser totalmente destinado à mesma e, portanto, de eliminar a hipótese sugerida pelo proprietário de reservar para si uma faixa periférica sobre o arruamento que separa a 1ª fase (projecto do Arqº João Andresen) desta 2ª fase, em estudo”.

1961.02.24 - Resposta do presidente da CMB, informando do elevado preço pedido pelo proprietário pela área de terreno.

1961.03.22 - Memória descritiva e justificativa do estudo para Habitações Económicas para a FCP, com a autoria de Alcino Soutinho, Augusto Amaral e Sérgio Fernandez.

Quanto à localização do bairro, explica-se que a norte do terreno previsto, se situa “um pequeno grupo de habitações levadas a efeito pela Federação das Caixas de Previdência” cuja expansão está prevista para Sul da estrada n.º 63, “penetrando no terreno proposto para o presente estudo”. Refere-se ainda que “a presença de uma escola primária a cerca de 150m e com capacidade para servir, quer o núcleo existente, quer o proposto, foi elemento condicionante na elaboração do estudo apresentado”.

1961.10.26 - O presidente da CMB, Adriano Augusto Pires, questiona a FCP sobre a situação do projeto do bairro de 90 fogos, “em virtude da falta de habitações para as classes humildes se evidenciar cada vez mais”.

1962.02.03 - Ofício da CMB à FCP, onde se sugere que o bairro se construa “à margem da estrada n.º 103 no terreno inicialmente destinado à construção de um bairro de 96 fogos para as classes pobres, de cuja construção esta Câmara desistiu apesar de ter conseguido comparticipação do Estado e ter chegado a receber propostas de empreiteiros para a sua realização”. Refere-se ainda que, caso a FCP “não tenha possibilidades de enfrentar imediatamente a construção do bairro de 90 fogos no local indicado, esta Câmara vê-se na necessidade de levar avante, por si só, o empreendimento que podia já ter realizado há cerca de dois anos, se não tivesse desistido a favor do projectado bairro dessa Federação”

1963.03.01 - O vice-presidente da FCP, engenheiro Rafael dos Santos Costa, informa a CMB que, de acordo com o arquiteto urbanista e os estudos realizados pela Federação, a área necessária para implantar o agrupamento habitacional é de 15.700m2. Explica-se que como “as habitações a construir se destinam a famílias de modestos recursos, e como tal o nível de rendas a adoptar será necessariamente muito baixo, não pode este organismo pagar mais do que 25$00/m2 de terreno urbanizado, o que já conduz a um preço por fogo bastante mais elevado que o normal para casas deste tipo”.

Em 1963.06.22, a CMB concorda com o preço do terreno urbanizado.

1963.09.13 - Comunicação do Gabinete de Estudos da Habitação da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU/GEH), assinada pelo engenheiro diretor geral Manuel de Sá e Melo e dirigida ao presidente da CMB. Refere-se que a FCP pretende construir, “sem encargo para essa Câmara Municipal, casas de renda económica e casas para operários e trabalhadores rurais”. Pretende-se que os bairros sejam mistos, “sem que neles se verifique segregação social ou económica, podendo, até, neles ser prevista a construção de habitações de renda livre, de nível mais elevado, moradias ou prédios de apartamentos”. Informa-se que a urbanização dos bairros ficará a cargo da CMB, que beneficiará de comparticipação.

1963.09.27 - Resposta do presidente da CMB, informando que o estudo do arranjo urbanístico se encontra em poder da FCP e solicitando que a GEH interceda junto da mesma para avançar com a obra.

1963.11.23 - O presidente da CMB informa os Serviços de Urbanização de Bragança que, “em virtude da Federação das Caixas de Previdência se propor construir um bairro de 90 fogos para famílias modestas”, a Câmara abandona o interesse na construção de um bairro de 96 fogos para as classes pobres, com o n.º de processo 571/GEH.

1964.02.22 - Anulação da comparticipação de 50.000$ para a construção do bairro de 96 fogos.

1964.05.22 - O Ministro das Corporações e Previdência Social autoriza a construção de 96 fogos de renda económica em Bragança, a construir pela FCP.

1964.11.04 - O engenheiro diretor da Direção de Urbanização de Bragança (DUB), Joaquim Duarte Carrilho, solicita à CMB “que seja levantado o embargo à execução da obra” do Bairro do património dos Pobres, considerando-se urgente “possibilitar a construção aos futuros deslocados dos novos arruamentos em execução”, que implicam a demolição de 98 fogos.

1964.12.22 - A FCP remete à CMB 3 exemplares da Base do Acordo a celebrar entre as duas entidades, já que a construção do 2º grupo de casas de renda económica de Bragança foi incluído no Plano Intercalar de Fomento.

1964.12.30 - As Bases são aprovadas pela CMB, que concorda também com a aquisição de 15.700m2 de terreno, por 17$50/m2.

1965.11.02 - Ofício da CMB, onde se refere que a Câmara deliberou não aceitar as exigências do proprietário do terreno para o Bairro de Casas de Renda Económica. Serão efetuadas diligências para obtenção de outro terreno ou expropriação do primeiro.

1967.07.15 - Memorial da CMB, sem destinatário, onde se explica que está “assente que a Federação das Caixas de Previdência - Habitações económicas pagará à Câmara a importância de 117.750$00 como comparticipação nos trabalhos de urbanização”. Indica-se que, no entanto, o seu custo aumentou, podendo agora estimar-se em cerca de 500.000$. Solicita-se subsídio adicional para esses trabalhos.

1968.01.29 - O engenheiro Rafael dos Santos Costa, presidente da FCP, remete ofício à CMB onde informa que se concordou, com o arquiteto Viana de Lima, “a alteração do sistema de acessos que virá servir o agrupamento em epígrafe, alteração que implica necessariamente uma troca de terrenos”. Esta alteração só será admitida se se assegurar “uma ligação directa à estrada que conduz ao centro de Bragança, localizada entre o último lote de moradias do lado nascente e o edifício misto voltado ao entroncamento das duas vias envolventes”. Solicita-se à CMB que informe sobre “a viabilidade da ligação pretendida e do tratamento, como fachada exterior, a atribuir às entradas Sul dos logradouros”.

1968.04.20 - Resposta da CMB, concordando com as alterações e assumindo “a responsabilidade de assegurar uma ligação directa que conduz ao centro da cidade”. Questiona o presidente da FCP sobre se a Federação poderá adquirir o terreno necessário.

1968.04.22 - Ofício da FCP à CMB, onde informa que o projeto se encontra concluído, faltando apenas “a definição e representação em planta do arruamento que estabelecerá a ligação entre o conjunto habitacional e a estrada de acesso principal ao centro da cidade”, a cargo da Câmara. Relembra-se que o empreendimento está inscrito no plano de investimentos para 1968, o que “nos coloca na posição de ter de propor à consideração superior a sua substituição, se no prazo de 30 dias não obtivermos os elementos respeitantes ao mencionado arruamento”.

1968.04.24 - A. Vaz Pires, presidente da CMB, questiona o dono do terreno sobre as condições da sua venda.

1968.06.03 - A FCP informa que o processo relativo ao empreendimento foi enviado para concurso “a fim de evitar maiores atrasos, salientando-se porém que não será feita a eventual adjudicação das obras sem que fique devidamente esclarecida a resolução dos problemas em aberto”.

1968.06.08 - Resposta da CMB, onde se argumenta que a “última dificuldade a remover para que a construção do Bairro seja uma realidade” é a permuta dos terrenos a realizar com o engenheiro Bastos de Matos, sobre os quais a FCP se deve pronunciar.

1969.01.02 - Ofício da CMB à FCP onde se descrevem os 4 concursos já realizados, entre julho e dezembro, para adjudicação das obras. Propõe-se que a obra seja adjudicada à firma Faria Rodrigues e Cª Ltda, por 10.322.111$50.

Em 1969.03.26, um novo ofício da CMB informa que a obra não foi adjudicada por ter sido decidido por “Habitações Económicas - Federação das Caixas de Previdência” abrir novo concurso particular.

1969.03.19 - O presidente da FCP informa o presidente da CMB que a fixação das rendas dos agrupamentos de casas de renda económica compete ao Ministro das Corporações e Previdência Social, não sendo possível dar informações sobre as rendas que virão a ser praticadas.

1969.05.20 - A CMB, em reunião ordinária, delibera encarregar o engenheiro Manuel Maria Sampaio da elaboração do projeto de “Urbanização do Bairro da Previdência - 2ª fase”. O ofício é assinado pelo presidente da CMB, Abílio Machado Leonardo.

1969.07.04 - Data definida para celebração da escritura de adjudicação da empreitada da construção do conjunto de habitações, sem referência ao adjudicatário.

To quote this work:

Arquitectura Aqui (2024) Casas Económicas (2º grupo - Terreno Eng. Matos). Accessed on 22/11/2024, in https://arquitecturaaqui.eu/en/documentation/files/21511/casas-economicas-2-grupo-terreno-eng-matos

This work has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement No. 949686 - ReARQ.IB) and from Portuguese national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., in the cadre of the research project ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).