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Caixa Geral de Depósitos de Abrantes. Estudos sobre a construção do novo edifício

Processo administrativo fora da pasta original, documentação solta conservada dentro de folhas brancas.

Contém documentação administrativa relativa ao processo de elaboração e apreciação do projeto de arquitetura pelas entidades competentes, ao concurso de adjudicação de obra e à entrega da empreitada. Não contém desenhos.

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Caixa Geral de Depósitos de Abrantes. Estudos sobre a construção do novo edifício
Start-End Years
1953-1960
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Reference Other Archives

Outra documentação no arquivo da Direção-Geral do Património Cultural, Arquivos e Coleções Documentais da Ex-DGEMN:

PT DGEMN:DSARH-003/001-0012/04 - 1953-1955 - "Caixa Geral de Depósitos de Abrantes. Aquisição de Terrenos. Expropriações"

PT DGEMN:DSARH-003/001-0012/05 - 1953-1959 - "Caixa Geral de Depósitos de Abrantes. Administração e fiscalização"

PT DGEMN:DSARH-003/001-0012/07 - 1956 - "Comissão Administrativa da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência. Abrantes. Peças escritas" 

PT DGEMN:REE-0195/12 - 1956-1957 - "Caixa Geral de Depósitos de Abrantes" 

PT DGEMN:DSARH-003/001-0011/20 - 1955 - "Caixa Geral de Depósitos de Abrantes. Diversos trabalhos de conservação"

Analysis

First Date Recorded in File
1953.02.14
Last Date Recorded in File
1960.08.06
Architectural Design
Other Disciplines
José Augusto Rodrigues Levantamento Terreno 1953Person
Construction and Equipment
Ernesto Enes Minas Empreitada 1957Organization
Intervention / Assessment
Henrique Gomes da Silva Engenheiro Diretor DGEMN 1955Person
Manuel Duarte Moreira de Sá e Melo Engenheiro Diretor DGSU 1953Person
José Agostinho Pinto Freire de Figueiredo e Castro Engenheiro Diretor Delegado DGEMN/CAOCGD 1953Person
José Espregueira Mendes Engenheiro Diretor Delegado DGEMN/CAOCGD 1954Person
Luís Benavente Conselho Consultivo DGEMN 1956Person
Porfírio Pardal Monteiro Conselho Consultivo DGEMN 1956Person
Leonardo Rey Colaço de Castro Freire Conselho Consultivo DGEMN 1956Person
António Pinheiro Pinto Basto Conselho Consultivo DGEMN 1956Person
Political Decision
José Frederico do Casal Ribeiro Ulrich Ministro Obras Públicas 19531954Person
Eduardo de Arantes e Oliveira Ministro Obras Públicas 1954Person
Manuel Machado Câmara Municipal de Abrantes 1959Person
Reading Note

1953.02.14 - Ofício do engenheiro diretor da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU), Manuel de Sá e Melo, ao diretor da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, com o qual devolve a planta de localização do novo edifício para a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e transcreve o parecer da Câmara Municipal de Abrantes (CMA). Neste último, indica-se que o “alinhamento da Rua Avelar Machado deverá ter a sua origem no cunhal do prédio da Praça Raimundo Soares” e que o cunhal sul-poente deve ser recuado, “de modo a não prejudicar o trânsito”.

1953.02.19 - Despacho do Ministro das Obras Públicas, José Frederico Ulrich, remetido ao diretor da DGSU, indicando tratar-se “da construção de um edifício do maior interesse para a cidade de Abrantes, e, portanto, parece aconselhável proceder-se aos estudos necessários para permitir a sua edificação”. Solicita que o problema seja posto ao cuidado do diretor dos Serviços de Melhoramentos Urbanos (SMU/DGSU) e que seja informado até 1953.02.26.

1953.08.14 - A DGSU remete à DGEMN uma cópia da planta do arranjo proposto pela CMA para implantação do novo edifício da CGD.

1953.10.14 - Comunicação do engenheiro diretor delegado na Comissão Administrativa das Obras da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência (CAOCGD) da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), José A. De Figueiredo e Castro, ao engenheiro diretor da DGEMN. Informa-se da necessidade de proceder ao levantamento do terreno para a implantação do novo edifício da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Abrantes, sugerindo que se recorra a pessoa especializada estranha à CAOCGD, por falta de disponibilidade dos seus técnicos. Propõe-se o nome de José Augusto Rodrigues e refere-se que o encargo correspondente será de 1.100$00, solicitando-se que a despesa seja autorizada.

A despesa é autorizada em 1953.10.21, juntamente com a proposta de José Augusto Rodrigues.

1953.10.19 - Comunicação do engenheiro diretor delegado na CAOCGD ao engenheiro diretor da DGEMN sobre a aquisição de 2 prédios para a implantação do novo edifício da CGD. Indica-se que a proprietária concorda em vender por 280.000$00, valor que se considera de aceitar porque os prédios se encontram “localizados na melhor zona de Abrantes”, estando um deles devoluto.

A aquisição do terreno é aprovada pelo Ministro José Frederico Ulrich em despacho de 1953.10.27, conforme informação do diretor da DGEMN.

1953.10.31 - Informação ao Ministro das Obras Públicas sobre a aquisição de dois prédios para a implantação do novo edifício da CGD, com assinatura de José de Espregueira Mendes. Informa-se que, posteriormente à data das negociações durante as quais se acordou o valor de 280.00$00, um dos inquilinos do prédio não devoluto o abandonou. Resultando disto que a CGD não terá de indemnizar o inquilino, e considerando-se que “pela circunstância desse inquilino comercial ter abandonado o prédio, o seu valor aumentou”, propõe-se que o montante acordado previamente seja aumentado para 313.600$00.

O mesmo é aprovado pelo Ministro José Frederico Ulrich em 1953.11.04.

1953.12.15 - O engenheiro José de Figueiredo e Castro remete, pelo diretor delegado na CAOCGD, ao engenheiro diretor da DGEMN quatro certidões da escritura de compra e venda celebrada em 1953.12.02.

1954.03.09 - O engenheiro diretor delegado na CAOCGD, José de Figueiredo e Castro, propõe ao diretor da DGEMN que a elaboração do projeto do novo edifício da CGD seja incumbida ao arquiteto Francisco Conceição e Silva “por se tratar de um técnico de reconhecido mérito e competência”. Solicita-se que seja dispensado o concurso público para a aquisição do projeto, propondo-se que se fixe a apresentação do projeto para 1954.07.31.

1954.03.22 - O engenheiro diretor da DGEMN remete ao Ministro das Obras Públicas o contrato celebrado com o arquiteto Francisco Conceição e Silva.

1954.06.08 - Ofício do engenheiro diretor delegado na CAOCGD, José de Espregueira Mendes, dirigido à DGEMN, relativo ao pagamento das indemnizações comerciais dos arrendatários, “para que possam procurar casa para onde transferir os seus estabelecimentos comerciais”.

1954.07.29 - Certidão de que foram pagas as indemnizações aos arrendatários.

1954.12.16 - Comunicação do engenheiro diretor delegado na CAOCGD ao diretor da DGEMN, onde informa da necessidade de adquirir parte de um prédio, estando as proprietárias disponíveis para o vender por 100.000$00. Considera-se o preço aceitável e solicita-se autorização superior.

Em 1954.12.22, o Ministro das Obras Públicas E. Arantes e Oliveira solicita “elementos em escala conveniente relativos ao prédio a expropriar parcialmente e a respectiva avaliação”.

Em 1954.12.31, o delegado na CAOCGD remete a planta do 1.º andar do prédio a expropriar parcialmente ao diretor da DGEMN. Informa ainda que o prédio já adquirido é composto de lojas, 1.º andar e águas furtadas, sendo o custo unitário do terreno para nova construção de 1.425$00; que a parcela que se pretende comprar é composta por lojas, 1.º andar e sótão, encontrando-se mal conservado, e correspondendo a um custo unitário do terreno para construção de 1.350$00.

A aquisição do terreno foi aprovada ministerialmente em 1955.01.05.

1955.05.09 - Data da escritura de compra e venda, de acordo com certidão.

1955.06.03 - Comunicação da DGEMN ao delegado na CAOCGD, referindo ter finalizado o prazo para elaboração do projeto, solicitando informações sobre o andamento dos estudos e que seja proposta prorrogação de prazo.

1955.07.08 - Resposta do engenheiro diretor delegado na CAOCGD, José de Espregueira Mendes, informando que o anteprojeto ainda não foi remetido “por motivo de alteração do Gabarit por parte da Câmara Municipal, devendo, no entanto, ser apresentado até 15 de Julho próximo”.

Entre 1955.07.18 e 1955.10.31, a DGEMN volta a inquirir sobre o anteprojeto.

1955.11.05 - O engenheiro diretor delegado na CAOCGD remete à DGEMN o anteprojeto.

1955.11.09 - Despacho de Arantes e Oliveira, indicando que o arquiteto deve “esclarecer melhor a composição do alçado principal”.

1955.11.16 - Resposta da CAOCGD com a qual se remete um aditamento à memória descritiva, referindo que, nesta, o arquiteto indica os materiais empregados na fachada.

No aditamento, presente no projeto, o arquiteto explica que, no estudo dos alçados, “houve como preocupação dominante a procura de uma unidade arquitectónica para todo o edifício, apesar das diferenças de volume e proporções entre cada um dos laçados, devido à compartimentação interior”. Refere ainda que se pretendeu “um edifício de expressão actual, sóbrio e que (…) traduzisse a dignidade dos serviços”. Os elementos horizontais na fachada principal procuram contrariar “a altura do edifício ditada pela urbanização local”.

1955.12.28 - José A. De Figueiredo e Castro informa a DGEMN de que a CMA “concordou com os alinhamentos adoptados, gabarit previsto e com a expressão arquitectónica dos alçados do novo edifício”.

1956.01.12 - Parecer do Conselho Consultivo da DGEMN, endereçado ao Ministro das Obras Públicas e elaborado a seu pedido. O parecer considera o projeto em condições de merecer aprovação, “à parte umas pequenas considerações relativamente à implantação do edifício, que parece forçada, podendo criar problemas de ordem estética difíceis de resolver”.

O Conselho é constituído pelos arquitetos Luiz Benavente, Porfírio Pardal Monteiro, Leonardo Rey Colaço de Castro Freire, e por António Pinheiro Pinto Basto.

O parecer foi homologado pelo Ministro em 1956.02.29.

1956.04.13 - Comunicação do engenheiro diretor delegado na CAOCGD, José Castro, endereçado ao diretor da DGEMN, onde esclarece que o anteprojeto foi apresentado em devido tempo, tendo tido, no entanto, de ser “totalmente remodelado por não corresponder à altura de três andares fixada pela Câmara Municipal”.

1956.07.03 - O engenheiro diretor delegado na CAOCGD, José de Espregueira Mendes, remete à DGEMN o projeto definitivo da CGD, “elaborado de harmonia com o ante-projecto já aprovado” pelo Ministro das Obras Públicas.

1956.07.27 - Parecer favorável da Comissão de Revisão da DGEMN, com três assinaturas ilegíveis. Embora se considere o projeto em condições de ser aprovado, refere-se que o seu aspeto exterior “não se apresenta com a dignidade e sobriedade que devem caracterizar um edifício público, sendo de notar especialmente a falta de proporções da fachada principal”. Considera-se o orçamento aceitável, estimado em 746.021$00.

Em 1956.08.01, o Ministro das Obras Públicas Arantes e Oliveira indica que o estudo remodelado lhe deve ser apresentado no prazo de 15 dias.

1956.08.20 - A CAOCGD remete à DGEMN os novos desenhos dos alçados.

1956.09.03 - Parecer favorável da Comissão de Revisão da DGEMN, que considera que a fachada principal foi simplificada e as proporções corrigidas “pela adopção dum maior domínio de linhas e elementos horizontais e pela substituição do tipo de cobertura”. Refere-se ainda que foi apresentado um aditamento ao orçamento, que se estima agora em 734.530$00.

1956.10.22 - Parecer do Conselho Consultivo da DGEMN, emitido a pedido do Ministro das Obras Públicas. O parecer considera o projeto “de feliz composição”, referindo que tira “total vantagem de um terreno cuja forma não é vulgar nem fácil”. Considera-se que o projeto se encontra “sem dúvida bem estudado e a sua disposição em planta quer no r/c quer na habitação do gerente nos pisos superiores, considera-se uma solução perfeitamente equilibrada”. Considera-se ainda que os autores do projeto “conseguiram dar carácter ao edifício”, sendo que este se apresenta “com características praticamente clássicas”. Aconselha-se “que os paramentos exteriores em vez de serem preparados para levar tinta, tenham um forro de pedra ou azulejo, composto de maneira a não tornar o edifício mais pesado”.

1956.10.24 - Despacho do Ministro das Obras Públicas homologando o projeto.

1956.10.30 - Comunicação do engenheiro diretor delegado na CAOCGD, José de Espregueira Mendes, ao engenheiro diretor da DGEMN, onde refere que foi autorizada a abertura do concurso público para a adjudicação da empreitada de “Construção do Edifício da Agência da Caixa Geral de Depósitos de Abrantes”. Remete-se o anúncio, solicitando aprovação.

O anúncio e a despesa correspondente de 500$00 são aprovados em 1956.10.30.

1956.11.23 - Concurso Público para arrematação da empreitada de construção do edifício da agência da CGD de Abrantes, com base de licitação de 734.530$00.

1956.11.28 - Informação da CAOCGD sobre o concurso, onde se indica que foram apresentadas 5 propostas e se propõe a aceitação da mais baixa, de valor inferior à base de licitação, de Ernesto Enes Minas.

1956.12.22 - Ofício da DGEMN, dirigido ao delegado na CAOCGD, onde se refere que a empreitada foi adjudicada a Ernesto Enes Minas por despacho ministerial de 1956.12.12 e aprovada em Conselho de Ministros de 1956.12.18.

1957.02.14 - Contrato de execução de empreitada, entre a DGEMN e Ernesto Enes Minas, onde se indica que os trabalhos, no valor de 726.443$60, deverão ficar concluídos até 1957.12.31.

1957.04.01 - Auto de consignação de trabalhos.

1957.05.01 - Comunicação da Direção dos Serviços de Construção (DSO/DGEMN) ao diretor da DGEMN. Refere-se que os alçados do anteprojeto e projeto “são praticamente iguais e que ambos diferem acentuadamente do projecto de alteração, não só no que se refere à sua proporção e à sua expressão geral, como também no que diz respeito a alguns elementos da composição”. Refere-se ainda que, em outubro de 1956 o projeto foi aprovado para submissão a concurso público.

1957.05.04 - A DGEMN questiona o engenheiro diretor dos Serviços de Construção (DSC/DGEMN) sobre se as obras do edifício da CGD “estão sendo executadas rigorosamente de acordo com o projecto aprovado”.

1958.03.03 - Pedido de prorrogação de prazo, remetido pela CAOCGD à DGEMN, onde se explica que “só foi possível dar início aos trabalhos de demolição dos prédios em cujo local seria implantado o edifício em causa” em junho de 1957. Solicita-se a prorrogação de prazo para 1958.06.30. Refere-se que a importância da empreitada é de 6640.403$30.

A prorrogação de prazo é autorizada pelo Ministro das Obras Públicas em 1958.03.05.

1959.01.09 - Comunicação do presidente da CMA, Manuel Machado, ao engenheiro delegado na CAOCGD, relativa a obras a executar para a construção de passeio, no total de 5.356$00, indicando que a CMA se pode encarregar da sua execução.

1959.02.19 - O orçamento é remetido à DGEMN, com referência ao facto de os trabalhos de construção do edifício da CGD estarem concluídos.

A despesa de 5.356$00 é autorizada pelo Subsecretário de Estado em 1959.03.11.

1959.08.03 - Auto de receção provisória da empreitada, assinada por José de Espregueira Mendes e José Agostinho Pinto Freire de Figueiredo e Castro (CAOCGD), assim como Ernesto Enes Minas.

1960.08.06 - Auto de receção definitiva da empreitada, com o valor de 669.000$00, assinada pelos mesmos delegados da CAOCGD, pelo arquiteto Artur Pires Martins, e pelo empreiteiro.

To quote this work:

Arquitectura Aqui (2024) Caixa Geral de Depósitos de Abrantes. Estudos sobre a construção do novo edifício. Accessed on 24/11/2024, in https://arquitecturaaqui.eu/en/documentation/files/32228/caixa-geral-de-depositos-de-abrantes-estudos-sobre-a-construcao-do-novo-edificio

This work has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement No. 949686 - ReARQ.IB) and from Portuguese national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., in the cadre of the research project ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).