Associação dos Bombeiros Voluntários
Dossier contendo documentação textual e gráfica relativa à construção do primeiro quartel da Associação dos Bombeiros Voluntários em Peniche.
Identification
Analysis
1962.10.20: Ofício do comandante da Associação dos Bombeiros Voluntários (ABV) de Peniche, Luís Filipe Jordão Vidal de Carvalho, dirigido ao presidente da câmara municipal, em resposta a uma carta enviada pela Sociedade Comercial de Peniche após reclamação da existência de um armazém de sal contíguo às instalações dos bombeiros. Refere que em 1958 a corporação tinha duas viaturas em serviço, tendo sido, entretanto, adquiridos mais dois jipes, ficando todas as viaturas danificadas pela humidade e depósitos de salitre provocados pelo armazém. A corporação existe há 32 anos.
1969.06.27: O arquiteto consultor da Repartição de Obras da Câmara Municipal de Peniche (assinatura ilegível) considera o projeto do novo quartel merecedor de aprovação.
1969: Planta do 1.º piso do projeto do novo quartel (sem autoria identificada). Inclui parque de viaturas, arrecadação, sala de comando, vestiário, camarata e sanitários, sala de convívio, lavagem de viaturas parada e casa escola. No 2.º piso a maior parte do espaço é ocupada por ginásio, havendo uma sala, bar, sanitários, comando e habitação do quarteleiro. Há também alçados e cortes.
1970.08.29: A ABV submete à câmara o projeto do quartel.
1970.09.02: Deliberação municipal de cedência de terreno para a construção da sede da ABV. Trata-se de uma aspiração da associação, que dispõe de material que não é comportado pelas atuais instalações. A câmara adquiriu um terreno para esse fim no ano anterior, que será alienado gratuitamente à ABV. Situa-se na Rua do Matinho.
1970.10.09: O projeto do novo quartel foi enviado ao Conselho Nacional dos Serviços de Incêndios, que o julga em condições de aprovação do ponto de vista de segurança e funcionalidade. Considera de integrar um gabinete para posto telefónico e afastar as portas de acesso aos sanitários masculino e feminino.
1970.11.18: O agente técnico de engenharia Joaquim Gusmão Martins Vasco assume responsabilidade pela obra de construção do novo edifício.
1971.09.01: Reunião municipal. Foi autorizada, pela Direção-Geral de Administração Política e Civil (Ministério do Interior), a cedência gratuita de uma parcela de terreno à ABV para construção do quartel sede.
1975.02.20: Orçamento de construção das duas fases no valor de 2.853.900$00, assinado pelo agente técnico de engenharia Joaquim Gusmão Martins Vasco.
1975.11.04: O Gabinete de Apoio Técnico das Caldas da Rainha (grupo sul) remete à câmara municipal uma lista das obras submetidas à apreciação do Gabinete Coordenador das Obras Municipais (GCOM) em outubro. Entre outras, indica-se o arruamento do Bairro do Calvário (316.400$00), balneários para Peniche (1.500.000$00), ampliação da sede da Associação Recreativa e Cultural de Serra d’El Rei (1.000.000$00 – metade destinada ao quartel dos bombeiros voluntários de Peniche), lavadouro público em Bolhos (145.000$00), construção de um pavilhão destinado à Colónia de Férias (1.952.000$00).
1976.03.16: Tanto a construção do quartel de Peniche como da sede da Associação Recreativa e Cultural de Serra d’El Rei receberam comparticipação do estado através do Gabinete de Gestão do Fundo de Desemprego (GGFD). Ambos estão em adiantada fase de construção, por administração direta, e essa verba é uma parte mínima do custo total.
1976.07.05: Nota de receção da câmara municipal dos 400.000$00 da comparticipação da GGFD para o quartel. O restante valor já havia sido recebido como adiantamento. Porém, em dezembro a Comissão Administrativa menciona que continua a aguardar o pagamento.
1976.06.05: Nota do empreiteiro responsável pela construção do quartel, Patrício dos Ramos.
1989.05: Planta de implantação do quartel, assinalando as previstas ampliações. Existem plantas do edifício e alçados, nos quais se nota o corpo de piso único a construir, a poente da fachada principal.
1994.07.29: Relatório de avaliação da propriedade urbana que contempla o quartel. Refere-se que foi construído em 1971, desenvolvendo-se em dois pisos. “No rés-do-chão funcionam o parque de viaturas, sala de comando, camarata, sala de convívio, parada, lavagem de viaturas, bar e instalações sanitárias. No primeiro piso funciona um ginásio, bar e instalações sanitárias”. O edifício sofreu ampliações no parque de viaturas em 1989. As ruas são estreitas e dificultam o tráfego das viaturas.
To quote this work:
Ana Mehnert Pascoal for Arquitectura Aqui (2025) Associação dos Bombeiros Voluntários. Accessed on 05/09/2025, in https://arquitecturaaqui.eu/en/documentation/files/64688/associacao-dos-bombeiros-voluntarios