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Mercado de Alhos Vedros

Conjunto de documentação textual sobre a construção do Mercado de Alhos Vedros, no concelho da Moita.

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Archive / Library
Type of File
CorrespondênciaType of File
Start-End Years
1970-1981
Initial Reference
PT/AMMTA/CMMTA/M/001/0089/00002
File Producer

Analysis

First Date Recorded in File
1970.10.19
Last Date Recorded in File
1981.08.14
Architectural Design
João Alves de Sousa Arquiteto 1971Person
Construction and Equipment
UNIURBA 1977Organization
Funding
Intervention / Assessment
Reading Note

1970.10.19: A Câmara Municipal da Moita (CMM) informa o arquiteto João Alves de Sousa de que, em reunião camarária de dia 16, foi decidido incumbi-lo da execução do projeto do novo mercado de Alhos Vedros “de harmonia com o estudo apresentado para o Largo da Igreja”.

1971.08.02: O arquiteto envia os elementos de arquitetura do estudo, aguardando pelos elementos das especialidades, a enviar pelos técnicos até ao final do mês.

1971.08.11: Ofício do presidente da CMM, Victor Brito de Sousa, dirigido ao Ministro das Obras Públicas (MOP). Informa que a câmara aprovou o projeto de construção do mercado, uma “obra de premente necessidade e que virá beneficiar toda a população daquela freguesia”. Pela incapacidade financeira da câmara para suportar os gastos inerentes à sua execução, solicita uma comparticipação estatal para o efeito.

1971.08.26: Rui Barbosa de Matos, engenheiro diretor de Urbanização do Distrito de Setúbal, solicita que a CMM informe se existe projeto completo ou se apenas existe a parte arquitetónica. Em resposta, esclarece-se que ainda somente existe a parte arquitetónica e solicita-se que seja apreciada como anteprojeto.

1971.09.24: Parecer favorável da Comissão Municipal de Higiene.

1972.02.02: Esclarecimento do arquiteto-urbanista João Alves de Sousa relativo ao ofício enviado pelo Gabinete do Plano Diretor de Lisboa. Os estudos do Plano Sub-regional Barreiro-Moita foram concluídos em maio de 1969, altura em que se propôs implantar um edifício para o novo mercado de Alhos Vedros “em terreno situado na zona Norte do perímetro urbano proposto”. Perante a pressão de iniciativas particulares e exigências da administração municipal, nos anos seguintes aprofundaram-se os estudos com nova proposta para o aglomerado urbano de Alhos Vedros. Não se alterou a proposta anterior, mas introduziu-se apenas uma proposta de implantação do novo edifício do mercado que “visa pura e simplesmente à eliminação – por substituição – do actual mercado”, localizado na área da igreja e Misericórdia. O mercado existente não satisfazia as exigências da população. Trata-se de terrenos municipais. Junta o projeto definitivo, entretanto concluído.

1972.10.20: O diretor do Gabinete do Plano Diretor de Lisboa (assinatura ilegível) não se opõe à localização pretendida considerando que “dela não resultem, por motivos de ruídos, movimentos, cheiros e higiene, inconvenientes para os edifícios do hospital e Centro Sócio-Cultural que marginam”.

1973.07.31: Despacho do MOP, Rui Sanches, devendo abreviar-se a apreciação do anteprojeto para que a CMM proceda rapidamente à elaboração do projeto.

1973.11.09: Ofício do presidente da CMM dirigido ao Diretor de Urbanização do Distrito de Setúbal (DUDS). Indica que deverá haver um lapso no despacho ministerial, pois o estudo enviado em novembro de 1972 corresponde ao projeto (incluindo as partes de arquitetura, especialidades e pormenores). Solicita que seja retificada a posição do processo, para rápido andamento.

1976.05.31: A Comissão Administrativa de Alhos Vedros informa o DUDS que “por exigência da população foi necessário estudar nova localização para o mercado”. Envia planta do local selecionado, e solicita aprovação. Verifica-se na planta a implantação junto do depósito de água de Alhos Vedros, com identificação das duas fases de construção, e da integração de um parque infantil na proximidade do edifício.

1976.10.07: Anúncio de concurso público para arrematação da empreitada de construção do mercado, assinado pelo presidente da Comissão Administrativa, Staline de Jesus Rodrigues.

1976.10.21: Informação técnica da CMM assinada pela engenheira Maria da Glória Vilarinho, relatando a cronologia do processo. A Direção-Geral dos Serviços de urbanização (DGSU) aprovou o projeto em 11 de março de 1974. Falta a retificação do projeto de eletricidade.

1976.12.09: A CMM julga de adjudicar a empreitada a PRUMO – Empreendimentos Imobiliários e Turísticos, Lda., concorrente único, pelo valor de 3.998.337$10.

1976.12.20: Rui Barbosa de Matos informa que o concurso deve ser anulado, pois não se explicitou a parte elétrica e o caderno de encargos apresentava defeitos, para além de falhas do concorrente. Deve aguardar-se pela aprovação do projeto de eletrificação.

1977.01.19: Apreciação do projeto de eletricidade, ao qual faltam elementos, pelos engenheiros eletrotécnicos da Direção dos Serviços de Equipamento, A. Campos Machado e João Manuel C. Aleixo.

1977.04.18: Após novo concurso em março, a CMM deliberou adjudicar a obra ao concorrente UNIURBA – União Cooperativa de Construção Civil e Especialidades Afins, SCARL, pelo valor de 4.284.394$40 (excedendo a base de licitação), dada a urgência da execução. A DUDS vem a concordar, indicando que a previsão do plano de comparticipações é um orçamento de 4.000.000$00, havendo necessidade de reforço, a procurar em ajustamento próximo do plano integrado.

1977.05.30: Auto de consignação dos trabalhos à UNIURBA. Em julho de 1977, há questões endereçadas à Secção Técnica da CMM pela Estrela Moitense – Cooperativa Operária de Construção Civil, SCARL.

1977.10.10: Auto de medição de trabalhos n.º 1. A obra é comparticipada através de verbas do Orçamento Geral do Estado.

1977.11.24: Em resposta a uma carta da UNIURBA em que se insta pela nomeação de um fiscal da câmara, o município insiste para que o empreiteiro indique quais os problemas arquitetónicos com que se têm deparado para justificar a presença de um responsável pelo projeto.

1978.07.05: Foi concedida a comparticipação de 560.000$00, escalonada entre 1978 e 1979.

1978.07.12: O presidente da CMM, Fernando José Madeira Ribeiro, exige imediato recomeço dos trabalhos, pois o prazo era maio desse ano. Notifica a cooperativa de que a obra tem de estar concluída em setembro de 1978, sem possibilidade de prorrogação adicional.

1980.08.27: A CMM deseja construir o arruamento de ligação entre o mercado e o bairro das Morçoas. Pedem proposta aos adjudicatários das infraestruturas da creche de Alhos Vedros, Franco e Catarino.

1981.08.14: Auto de receção definitiva da obra.

To quote this work:

Ana Mehnert Pascoal for Arquitectura Aqui (2025) Mercado de Alhos Vedros. Accessed on 04/11/2025, in https://arquitecturaaqui.eu/en/documentation/files/66752/mercado-de-alhos-vedros

This work has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement No. 949686 - ReARQ.IB) and from Portuguese national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., in the cadre of the research project ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).