Construção das Novas Instalações da Sociedade Filarmónica Recreio e União Alhosvedrense
Processo composto por duas capas de cartão da Direção-Geral do Equipamento Regional e Urbano (Ministério da Habitação, Urbanismo e Construção), integrando documentação textual e gráfica referente às obras de construção da 2.ª fase de ampliação da sede da Sociedade Filarmónica Recreio e União Alhosvedrense, em Alhos Vedros, concelho da Moita.
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Analysis
1981.02.15: A direção da Sociedade Filarmónica Recreio e União Alhosvedrense (SFRUA) envia ao Diretor-Geral do Equipamento Regional e Urbano (DGERU) dois exemplares do projeto para a 2.ª fase de construção, para aprovação e pedido de comparticipação financeira. Os cálculos de estabilidade e projeto de arquitetura são da responsabilidade do engenheiro técnico António Gomes da Fonseca (Câmara Municipal da Moita) e o projeto elétrico foi elaborado pelo engenheiro técnico Nuno Lizardo Francisco (Direção Geral de Energia).
1981.03.13: Informação do engenheiro civil de 2.ª classe da Direção de Equipamento do Distrito de Setúbal (DEDS), António José Reboredo da Cunha, sobre o projeto. Integra um edifício de 3 pisos anexo ao pavilhão desportivo, já concluído (06.07.1974), a implantar no local das atuais instalações que “não satisfazem as aspirações de desenvolvimento cultural e ampliação da colectividade, por demasiado exíguas e obsoletas”. Aponta omissões no projeto e memória descritiva que importa reformular. O orçamento ascende a 12.908.746$80.
1981.03.17: Informação do diretor da DEDS, Rui Barbosa de Matos. A 2.ª fase corresponde à sede social – que não está incluída no Plano do corrente ano; a 1.º fase consistiu no pavilhão gimnodesportivo que obteve comparticipação estatal e se encontra em pleno funcionamento. O projeto carece de ser completado.
1981.04.13: Parecer do arquiteto de 1.ª classe da Direção dos Serviços de Estudos, Carlos Lino de Sousa Álvares Pereira. A 2.ª fase da construção engloba instalações de bar, biblioteca, sala de reuniões, secretaria, instalações sanitárias e escada principal. Julga que “sob o ponto de vista arquitectónico/funcional [deverá] estar conveniente e circunstancialmente relacionado com a obra já existente”. Os espelhos dos degraus são demasiado elevados e é necessário esclarecer as utilizações de algumas dependências. Assim, o estudo deve ser revisto e completado.
1982.03.08: Informação do engenheiro de 2.ª classe da DEDS, António José Reboredo da Cunha, relativa ao 2.º complemento corretivo do projeto de arquitetura. Aponta algumas dúvidas em determinadas soluções e alterações, sendo necessário parecer da especialidade dos serviços técnicos competentes.
1983.01.07: A SFRUAV envia o projeto retificado.
1983.03.31: Informação do arquiteto Carlos Lino Pereira, considerando os elementos desenhados enviados aceitáveis. É necessário redesenhar os projetos de execução de construção civil e atualizar as peças escritas.
1987.12.04: Casimiro Pires, presidente da Comissão de Coordenação Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCRLVT) informa a SFRUAV que a obra foi incluída no Plano de Obras Novas do PIDDAC-88. A comparticipação terá o limite de 18.000.000$00, valor escalonado por 3 anos, e não é possível garantir a transferência de verbas para os anos seguintes.
1988.06.27: É urgente que a coletividade envie os elementos do projeto alterados, sob risco de anulação da comparticipação prevista.
1988.07.14: A SFRUAV informa que, por deliberação da Assembleia Municipal, foram obrigados a conservar a traça original da fachada, o que obrigou a adequar o projeto submetido, e que foi há dias entregue à CCRLVT.
1988.08.03: Informação de António José Reboredo da Cunha, engenheiro civil de 2.ª classe dos serviços em Setúbal da DROT sobre a nova versão do estudo. Trata-se de uma profunda reformulação formal e funcional, com o programa distribuído por 3 pisos. Falta o alçado poente nas peças desenhadas. “Devido à necessidade de se preservarem as fachadas actualmente existentes, caracterizadas pela sua grande beleza arquitectónica, a estrutura foi agora projectada com inteira observância da arquitectura, pelo que difere substancialmente da que havia sido anteriormente prevista”. Avalia as várias especialidades. Considera o projeto e o processo de concurso aptos para aprovação definitiva, e importa rapidamente lançar a obra para não perder a verba do PIDDAC.
1988.09.26: A SFRUAV informa que aguarda parecer da DGOT para poder dar início às obras.
1988.10.17: Parecer da Direção-Geral dos Espetáculos e do Direito de Autor, com reparos a ter em conta no projeto.
1988.11.07: Parecer assinado pelo arquiteto Manuel Machado da Luz, da Direção-Geral de Ação Cultural (Secretaria de Estado da Cultura). Aponta correções no que respeita aos acessos ao anfiteatro previsto.
1988.12.29: Informação assinada por Alberto Rodrigues (arquiteto assessor), Ana Paula Neves (engenheira civil de 1.ª classe) e João Manuel Aleixo (engenheiro eletrotécnico assistente interino) da Direção dos Serviços de Estudos e Planeamento Territorial, propondo aprovação do projeto de execução mediante consideração dos reparos.
1989.02.02: Informação do pedido da coletividade para repor o saldo do PIDDAC caducado no ano anterior, por ter ficado comprometido o lançamento da obra pela demora na entrega dos pareceres técnicos necessários.
1989.06.21: A obra é adjudicada a Pereira & Sancho, Lda.
O processo contém duas fotografias da construção, datadas de 30.10.1990.
To quote this work:
Ana Mehnert Pascoal for Arquitectura Aqui (2025) Construção das Novas Instalações da Sociedade Filarmónica Recreio e União Alhosvedrense. Accessed on 26/11/2025, in https://arquitecturaaqui.eu/en/documentation/files/66846/construcao-das-novas-instalacoes-da-sociedade-filarmonica-recreio-e-uniao-alhosvedrense




