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Associação Cultural e Desportiva da Mina do Bugalho "Construção do Centro de Cultura da Mina do Bugalho" [Alandroal]

Processo de pedido e concessão de financiamento para construção, constituído por 5 volumes (1 de correspondência e 4 de projeto). O primeiro volume apresenta capa não original com títulos manuscritos que indicam indexação recente (CCR Alentejo) e a referência do projeto: 150/ERU/84. Os volumes de projeto estão nas capas originais, com o rótulo do Gabinete de Apoio Técnico (GAT) de Estremoz.

O volume 1 contém o processo administrativo, com correspondência, estatutos da Associação Cultural e Desportiva de Mina do Bugalho, certidões, pareceres, autos de medição dos trabalhos de construção e orçamentos.

O volume 2 (1º volume de projeto), com o código [de projeto GAT?] 548-ARQ-142, contém apenas a memória descritiva (MD) de arquitetura. O volume 3 (2º volume de projeto), com o mesmo código, contém índice, MD de arquitetura, MD do betão armado, Medições e orçamento, e peças desenhadas (localização, implantação, plantas, alçados, cortes, águas e esgotos, arranjo exterior, betão armado, mapa de vãos, mapa de acabamentos). O volume 4 (3º volume de projeto), com o mesmo código, contém o caderno de encargos. O volume 5 (4º volume de projeto), com código 548-PIE-29, contém o projeto de eletricidade.

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Identificación

Tipo de Expediente
Designación del Expediente
Associação Cultural e Desportiva da Mina do Bugalho "Construção do Centro de Cultura da Mina do Bugalho" [Alandroal]
Años Inicio-Final
1983-1993
Ubicación Referida
ÉvoraDistrito Histórico (PT)
Signatura Inicial
150/ERU/84

Análisis

Primera Fecha Registrada Expediente
1983.01
Última Fecha Registrada Expediente
1993.12.23
Entidad Peticionaria / Beneficiaria
Proyecto de Arquitectura (Autoría)
Gabinete de Apoio Técnico de Estremoz GAT EstremozOrganización
Augusto Carlos de Campos Rodrigues dos Santos Diretor do GAT Estremoz 1983Persona
Joel Coelho Desenhador do GAT Estremoz 19831985Persona
Proyecto de Estructuras (Autoría)
Otras Especialidades (Autoría)
Artur Pinto Topógrafo do GAT Estremoz 1983Persona
Gabinete de Apoio Técnico de Estremoz Projeto de Instalações ElétricasOrganización
Construcción y Equipamiento
Financiamiento
Orçamento Geral do Estado PIDDAC/88 - Obras NovasOrganización
Intervención / Apreciación
Custódio João da Conceição Costa Presidente da Direção da ACDMB 1984Persona
José Francisco Quintas Tesoureiro da ACDMB 1984Persona
Joaquim Miguel Gonçalves Potes Engenheiro Civil Principal / Diretor DEDE / Eng. Civ. 1ª Classe CCR Alent 19841985Persona
Carlos Lino Álvares Pereira Arquiteto Principal da DSE-DGERU 1985Persona
Joaquim Henriques Godinho Engenheiro Técnico de 1.ªClasse da DSE-DGERU 1985Persona
João Manuel do Carmo Aleixo Engenheiro Eletrotécnico Assessor da DSE-DGERU 1986Persona
José Manuel dos Santos Mota Diretor Geral da DGOT 1988Persona
Paulo Manuel de Barros Barral Arquiteto da CCR Alentejo 1988Persona
Margarida Cancela de Abreu Diretora Regional do Ordenamento do Território da CCR Alentejo 1988Persona
Mário Aníbal da Costa Valente Subdiretor-Geral da DGOT 1989Persona
Decisión Política
Câmara Municipal de Alandroal Aprovou o projeto e cedeu o terreno 1984Organización
Inácio José Melrinho Presidente da Câmara Municipal de Alandroal 19771992Persona
Síntesis de Lectura

1983.01 – Data do (primeiro) Projeto de Arquitetura, realizado pelo GAT de Estremoz. A respetiva Memória Descritiva e Justificativa é assinada pelo Engenheiro Augusto Carlos de Campos Rodrigues dos Santos, à data diretor desse GAT. Refere que “o programa dado como base era muito restrito e tinha como ponto principal uma solução económica, baseada numa arquitetura de linhas simples e de área de ocupação muito reduzida. O projeto apresenta-se deste modo desenvolvido a fim de poderem funcionar independentes, com acessos separados, o salão de festas, secretaria-direção e biblioteca, bar e sala de convívio e instalações sanitárias, embora de uma entrada comum denominada de hall”.

1984.06.16 – Data de aprovação do projeto do Centro Cultural da Mina do Bugalho (CCMB) pela Câmara Municipal de Alandroal (CMA).

1984.07.11 – Data do ofício enviado ao Ministro do Equipamento Social, pelo Presidente da Direção da Associação Cultural e Desportiva de Mina do Bugalho (ACDMB), Custódio João da Conceição Costa, solicitando comparticipação, “na sua percentagem máxima, se possível”, para a construção do CCMB, “com o objetivo específico de fomentar o desenvolvimento cultural e desportivo dos seus associados e da população em geral”.

1984.07.11 – Data do ofício enviado ao Engenheiro Diretor de Equipamento do Distrito de Évora pela CMA, enviando um exemplar dos estatutos da ACDMB e o pedido formal de comparticipação, e esclarecendo que “o terreno destinado à obra é do domínio público e património municipal estando omisso na respetiva matriz, tendo para o efeito sido cedido por esta autarquia local, sendo o mesmo e a obra depois de concluída inscritos pelo ‘centro’ nas repartições competentes”. O ofício está assinado pelo Presidente da CMA, Inácio José Melrinho.

1984.08.20 – Em aparente contradição com o indicado no ofício da CMA de 1984.07.11, data de 20 de agosto de 1984 uma “declaração de compra e venda do terreno onde ficará implantado o edifício” da ACDMB. A declaração confirma a venda por Anastácio António Paijão e Tomásia Maria Guerra do Prédio misto denominado “Herdade do Lourenço Alcaide”, pelo preço de 700.000$00, pagos por Custódio João da Conceição Costa e José Francisco Quintas, respetivamente presidente e tesoureiro da associação.

1984.09.10 – Data da informação que dá conta da Apreciação do projeto e do pedido de comparticipação para a “Construção do Centro de Cultura da Mina do Bugalho”. A informação foi elaborada pelo Engenheiro Civil Principal da Direção de Equipamento do Distrito de Évora (DEDE), Joaquim Miguel Gonçalves Potes. A entidade peticionária do equipamento foi a ACDMB, que enviou pareceres da Câmara Municipal de Alandroal – “que aprovou o projeto, concorda com a obra e informa ter cedido o terreno à Associação” – e do Centro Nacional de Reconhecimento e Ordenamento Agrário – “que informa que os solos não se incluem na reserva Agrícola” [conforme o definido no Decreto-Lei 451 de 16 novembro 1982]. O projeto foi também acompanhado do pedido formal de comparticipação e de um exemplar dos estatutos da associação. A informação acrescenta ainda que a povoação de Mina do Bugalho – que nessa altura teria cerca de 400 habitantes, e a freguesia a que pertencia 929 – estava dotada de “todas as infraestruturas urbanísticas basilares, situando-se o terreno no Centro do seu limite Este”.

A referida informação descreve ainda o projeto: “o edifício terá um só piso, com salão de festas, instalações sanitárias para homens e senhoras, bar com cozinha, sala de convívio, biblioteca e secretaria. Dada a inclinação do terreno, torna-se necessária a construção de um muro de suporte. Os materiais previstos e os processos de construção são os usuais da região”. O orçamento da obra fixava-se em 5.000.000$00. “Em conclusão, julga-se o projeto bem elaborado e em condições de poder merecer aprovação superior”.

1984.09.18 – Data do ofício dando conta da abertura do processo definitivo com o título Construção do Centro de Cultura da Mina do Bugalho, e com o número 150/ERU/84.

1985.06.05 – Data de uma nova apreciação do mesmo projeto de arquitetura, desta feita por técnicos da Direção dos Serviços de Estudos (DSE) da Direção-Geral do Equipamento Regional e Urbano (DGERU). Nesta apreciação – assinada pelo arquiteto principal, Carlos Lino Álvares Pereira, e pelo Engenheiro Técnico Joaquim Henriques Godinho – concorda-se com o exposto na apreciação anterior, de 1984.09.10, indicando-se que “no aspeto arquitetónico o estudo poderá ser merecedor de eventual aprovação superior”. São feitos apenas alguns reparos relativos ao posicionamento de duas portas, e “observa-se que o estudo do betão armado deverá ser completado com memória descritiva e justificativa e o cálculo analítico dos pilares e dos lintéis de travamento”. Refere-se também que o projeto deveria ser completado com o programa de concurso, caderno de encargos e projeto de instalações elétricas. “O custo dos trabalhos, incluindo arranjos exteriores, foi orçamentado em 4675 contos, valor este já desatualizado visto datar de fevereiro de 1983”.

1985.10 – Data provável do Projeto de Arquitetura remodelado, realizado pelo GAT de Estremoz (os desenhos exibem ainda a data de janeiro de 1983, apesar das plantas darem já resposta aos reparos feitos na apreciação de 1985.06.05). Os desenhos exibem a assinatura do diretor do GAT, e os nomes de alguns técnicos: Artur Pinto (topógrafo), Joel Coelho (desenhador).

1985.11.28 – Data de apreciação (favorável) do projeto definitivo (de execução), por Joaquim Potes, agora Diretor da DEDE. Observa-se que o projeto dá satisfação aos reparos feitos anteriormente. O orçamento é atualizado para 8.000.000$00, equacionando-se uma comparticipação de 6.400.000$00 (80% do valor total). Em 1986.03.13, a manuscrito, os técnicos Carlos Lino Álvares Pereira e Joaquim Godinho concordam com a informação, referindo que “o estudo da parte elétrica deverá, contudo, ser apreciado pela DEM”.

1986.03.24 – Data de apreciação (favorável) do projeto de instalações elétricas (elaborado pelo GAT Estremoz), pelo Engenheiro Eletrotécnico Assessor da DSE, J. M. C. Aleixo. O respetivo orçamento foi fixado em 317.010$00.

1988.01.25 – Data do ofício enviado pela Direção-Geral do Ordenamento do Território (DGOT) – pelo Diretor-Geral, José Manuel dos Santos Mota – à direção da ACDMB, referindo que a DGOT tinha “proposto a inclusão, no seu PIDDAC, de comparticipação na obra solicitada para início em 1988”.

. O ofício foi enviado com conhecimento da Comissão de Coordenação da Região do Alentejo (CCR Alentejo). Em anexo enviaram-se minutas do protocolo a estabelecer entre as várias entidades – DGOT, CCR e entidade comparticipada. Cláusulas gerais relevantes do protocolo: “a comparticipação a conceder pelo MPAT, através das dotações orçamentais da DGOT, tem o limite de 6.000.000$00”. Escalonamento anual: 3.500.000$00 (1988), 2.500.000 (1989). Cláusulas especiais relevantes do protocolo: “o equipamento objeto deste protocolo será gerido pela Entidade comparticipada (…) [que se compromete igualmente] a autorizar a utilização do equipamento em causa, sempre que se justifique, para manifestações de interesse regional ou nacional (…)”.

1988.03.09 – Data da Proposta de Comparticipação Conjunta para Várias Obras Novas, num total de 41 obras, incluindo o equipamento em questão e outros, entre os quais o Edifício-Sede do Grupo Desportivo e Recreativo de Afeiteira e o Quartel dos Bombeiros Voluntários de Beja (ampliação).

1988.04.25 – Data de um ofício enviado pela ACDMB, assinado pelo Presidente da Direção (Custódio Costa), à CCR Alentejo, pedindo a autorização para realizar a obra em regime de administração direta, “em virtude de na região não haver empreiteiros qualificados para a execução dos trabalhos”.

1988.04.27 – Data de uma Informação enviada à DGOT pela CCR Alentejo (assinada por Joaquim Potes), na sequência do ofício da ACDMB de 1988.04.25, propondo que “seja autorizado o regime de execução dos trabalhos por administração direta; não seja excluído o IVA do orçamento aprovado” (“que não se exclua o IVA pois, embora naquele regime, a Entidade tem que pagar aquele imposto, pelo menos sobre os materiais”. O parecer manuscrito, datado de 1988.04.29 e assinado pelo arquiteto Paulo Barral, considera que “face ao volume dos trabalhos e, igualmente, à sua natureza (…), nada parece haver a opor”, colocando o assunto à consideração da DGOT.

1988.05.04 – Data em que se decidiu não homologar o regime de administração direta, sugerindo-se o concurso limitado.

1988.11.21 – Data de uma Informação enviada à DGOT pela CCR Alentejo (assinada por Joaquim Potes), consistindo na apreciação das propostas do concurso limitado para a construção da obra, autorizado pela DGOT em 1988.05.04, com a base de licitação de 10.000 contos. A entidade comparticipada convidou três empreiteiros de uma lista enviada pela CCR. “Apenas a firma Construção J. Dias Lda. apresentou proposta, de valor 13.511.980$00 (sem IVA), respondendo os outros 2 convidados não poderem concorrer por não disporem de meios técnicos e humanos” (devido ao volume de obras que teriam nesse momento). O valor da obra com IVA seria c. 14.593 contos, “a que corresponde uma alta de praça de (…) 45,9%”. Propõe-se a homologação da obra a esta firma com base nesta proposta. O parecer manuscrito, de concordância, é assinado por Margarida Cancela de Abreu. As outras empresas referidas foram: “CUOP – Cooperativa de Unidade Operária de Construção Civil Alentejana” e “José dos Santos, Lda. – Empreiteiro da Construção Civil”.

1988.12.12 – Data de início da obra.

1988.12.19 – Data do Auto de medição de trabalhos n.º 1, de onde se pode aferir que a obra foi comparticipada pelo “Estado, Cap.º 50, CE 57.00”. O auto surge assinado por Margarida Cancela de Abreu.

1989.03.06 – Data de Informação autorizando reposição de saldo caducado no ano anterior. Nessa informação, assinada pelo Subdiretor-Geral da DGOT, Mário Aníbal da Costa Valente, considera-se que, para além do tempo gasto com os trâmites normais do processo, “se adicionarmos (…) o tempo gasto nas comunicações entre DGOT, CCR e Entidade, parece que será de aceitar as demoras verificadas que só permitiram que os trabalhos fossem iniciados em 88/12/12”.

1989.06.30 – Data de um ofício da ACDMB, enviando à CCR Alentejo um orçamento atualizado dos acabamentos da obra, “que por dificuldades financeiras ainda não foi possível concluir e tendo em conta as diferenças de preços da altura de quando foi feito o projeto, em relação aos custos de materiais e salários, que originou que o Orçamento que na altura era de 10.000 contos, ultrapassa hoje os 13.000 contos”. Em anexo figura também um pedido de comparticipação para o acabamento da obra, no valor de 3.710.772$00, a ser executado em regime de administração direta. Neste documento referem-se também os apoios de outras entidades: CMA, Junta de Freguesia de São Brás dos Matos, assim como “apoio da população nos trabalhos a realizar que não necessitam de mão de obra especializada”.

1993.12.23 – Data do Auto de Vistoria Geral da obra, com homologação. Compareceram Joaquim Potes e Custódio Costa.

Para citar este trabajo:

Arquitectura Aqui (2024) Associação Cultural e Desportiva da Mina do Bugalho "Construção do Centro de Cultura da Mina do Bugalho" [Alandroal]. Accedido en 22/11/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/17905/associacao-cultural-e-desportiva-da-mina-do-bugalho-construcao-do-centro-de-cultura-da-mina-do-bugalho-alandroal

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).