Centro Paroquial de Bem Estar Social do Monte Trigo
Identificación
PT FCG CSGL-S016
Processo “Igreja Paroquial de Monte do Trigo” ref. E113/ERU/80 – Pedido de comparticipação apresentado em 1980 pela Comissão Fabriqueira da Paróquia de São Julião de Monte do Trigo – Arquivo da DGTerritório
Análisis
Em Janeiro de 1953 o sacerdote Manuel Lima envia um pedido de subsídio no âmbito da obra que estava a edificar na aldeia de Monte do Trigo, Portel. Em Outubro de 1953 Calouste Gulbenkian concede um subsídio de 5.000$00.
Em Dezembro de 1955 a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) [já estabelecida?] concede um subsídio extraordinário de 5.000$00. Entre Março de 1956 e Abril de 1959 a FCG concede um total de 60.000$00 a título extraordinário, tendo sido esse dinheiro aplicado na obra de construção do Centro Paroquial. Em Junho de 1960 o sacerdote pede um subsídio de 40.000$00, "para instalação de aparelhagem de projeção de filmes sonoros".
Em Março de 1964 solicita à FCG autorização para utilizar aquele subsídio em obras de beneficiação da horta do Centro Paroquial. Em Julho de 1964 a FCG informa que autoriza e envia o respetivo montante. Em Outubro de 1968 o sacerdote pede um reforço de 10.000$00 de modo a concluir as obras. O pedido foi atendido por parte da FCG que procede ao pagamento do subsídio em Novembro de 1968.
Em Junho de 1983 o Centro Paroquial solicita à FCG um subsídio para obras de recuperação e beneficiação das suas instalações e construção de um parque infantil. Em Março de 1984 a FCG autoriza a concessão de um subsídio de 892.5000$00 "destinado a tornar possível a realização de diversas obras de recuperação e beneficiação das respectivas instalações".
Em Agosto de 1952 foi lançada a primeira pedra do conjunto arquitetónico correspondente à Igreja e Centro Paroquial de São Julião de Monte Trigo. Em Memorandum de 1959 o sacerdote Manuel Lima refere que "Aproveitando o movimento da obra ampliou-se a ideia e chegámos à fundação do Centro Paroquial d'Assistência e assim a obra aumentou de volume, mas temos dependências onde funcionam consultas não só para crianças mas para toda a gente, muito especial a pré-maternalidade e puericultura. (...) Em ordem à campanha de educação, porque existem muitas crianças habitando longe da aldeia e que por motivo da distância e intempéries (extremas nesta região muito frio e muito calor). Organizamos uns dormitórios para internato destas crianças. O analfabetismo nesta região é da ordem dos 87%. Fizemos uma Igreja quanto possível capaz de nela se prestar culto a Deus e... e como nem só de pão vive o homem, aproveitando a cripta fizemos uns salões; um de jogos para todos os serões e lazeres do povo, outro de festas com cadeiral adequado onde levamos a efeito récitas para moços da aldeia (e intercâmbio Paroquial e onde um dia será exibido cinema cultural e recreativo)". Para além desta informação, não são descritos no decorrer do processo elementos construtivos ou projectuais.
A documentação localizada nos arquivos da Fundação Calouste Gulbenkian foi recolhida, analisada e sintetizada por Rita Fernandes em 2022. O carregamento da informação nesta plataforma foi feito por João Cardim em setembro de 2023.
O apoio documentado neste processo foi também incluído na cronologia Apoios da Fundação Calouste Gulbenkian a Equipamentos de Assistência (1956-1986), produzida no âmbito da iniciativa Arquitectura Aqui / projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal (1945-1985) (Fundação para a Ciência e a Tecnologia – PTDC/ART-DAQ/6510/2020) e publicada pela Biblioteca de Arte Gulbenkian em janeiro de 2025.
Para citar este trabajo:
Arquitectura Aqui (2025) Centro Paroquial de Bem Estar Social do Monte Trigo. Accedido en 22/02/2025, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/18696/centro-paroquial-de-bem-estar-social-do-monte-trigo