Casa do Povo de Penamacor
Conjunto de documentação textual do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência relativo a relatórios de inspeções efetuadas à Casa do Povo de Penamacor.
Identificación
Análisis
1945.11.13: Relatório de inspeção da Casa do Povo de Penamacor, assinado pelo subinspetor José Augusto dos Santos Silva. O serviço foi efetuado entre 16 e 19 de outubro de 1945.
O organismo funciona numa casa cedida pela extinta Associação Artística de Penamacor, que também cedeu mobiliário e “uma dívida passiva de cêrca de 500$00” (p. 10).
A Casa do Povo foi constituída a 2 de fevereiro de 1938. Refere-se a retificação dos estatutos em 12 de maio de 1939, passando a abranger a área de jurisdição todo o concelho de Penamacor. Entre 1939 e 1942, houve delegações sem autonomia administrativa nas freguesias de Aldeia do Bispo, Aldeia de João Pires, Aranhas e Salvador; porém, foram dissolvidas por se ter tornado impraticável a deslocação do médico devido ao aumento do preço dos transportes.
“Houve uma ligeira reacção contra a Casa do Povo, nos primeiros anos da sua existência, mas actualmente não se verifica qualquer oposição, isto em resultado da grande actividade desenvolvida pela Casa do Povo, que disfruta de uma bôa situação financeira” (p. 2).
Menciona-se que o maior volume de aquisições em móveis e utensílios decorreu em 1939 “com a montagem do Pôsto Médico e a aquisição de material para os trabalhadores nas obras de fomento realizadas por iniciativa da Casa do Povo” (p. 8). Essas obras consistiram na abertura de uma estrada de turismo na mata florestal propriedade da Câmara Municipal, e na preparação de um campo para o jogo da bola. A banda funcionou durante quatro anos, a partir de 1939, mantendo-se exclusivamente a expensas da Casa do Povo, tendo sido necessário dissolvê-la.
1955.06.07: Relatório de inspeção ordinária à Casa do Povo de Penamacor, redigido pelo Subinspetor António Pereira. Indica que o novo edifício propositadamente construído passou a ser ocupado em 1953, cessando assim as despesas com a renda. “O mobiliário é pobre e deficiente. O Posto médico, instalado em dependência adequada, está insuficientemente apetrechado. O prédio custou cêrca de 220.000$00, inteiramente custeado por subsídios do F.C.C.P. e do F.D.” (p. 18).
Propõe o restabelecimento de delegações nas freguesias circundantes, para incremento da assistência médica nessas áreas.
A atividade de previdência e assistência é assinalada, referindo-se que a ação recreativa e cultural tem sido praticamente inexistente.
Para citar este trabajo:
Arquitectura Aqui (2024) Casa do Povo de Penamacor. Accedido en 22/11/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/43796/casa-do-povo-de-penamacor