Buscar por

Objeto

Agentes

Actividades

Documentación

Polidesportivo do Albi Sport Clube de Castelo Branco – 1.ª e 2.ª Fases

Processo constituído pelos seguintes 14 volumes, contendo documentação textual e gráfica:

- Pasta de cartão referente ao 1.º volume de correspondência. Possui inscrições manuscritas na capa: “C.C.R.C. / Castelo Branco / 577/ERU/79 / 1.º volume de Correspondência / Direcção do Albi Sport Clube de Castelo Branco / Polidesportivo do Albi Sport Clube de Castelo Branco – 1.ª e 2.ª Fases”.

- Pasta de cartão referente ao 2.º volume de correspondência. Possui identificação institucional canto superior esquerdo “MPAT / SEALOT / DGOT” e indicação de códigos geográficos no canto oposto “Região: CCR Centro / Distrito: Castelo Branco / Concelho: Castelo Branco”. Ao centro está identificado o número do processo “577 / ERU / 79”, junto da indicação manuscrita “2.º Volume de Correspondência”. Abaixo identifica-se a entidade “Direcção do Albi Sport Clube de Castelo Branco” e a designação da obra “Polidesportivo do Albi Sport Clube de Castelo Branco”.

- Pasta de cartão com o carimbo “REPARTIÇÃO” no canto superior esquerdo e inscrições manuscritas: “C.B. 577/ERU/79 / 1.º vol” junto ao carimbo, e “Polidesportivo do Albi Sport Clube de Castelo Branco” ao centro.

- Pasta de cartão com inscrições na capa idênticas às da anterior, correspondendo ao “2.º Vol.”.

- Volume encadernado em argolas de plástico, com carimbo “REPARTIÇÃO” no canto superior esquerdo e inscrições manuscritas: “C.B. 577/ERU/79 / 3.º vol” junto ao carimbo, e “Polidesportivo do Albi Sport Clube de Castelo Branco” ao centro.

- Volume encadernado em argolas de plástico, com carimbo “REPARTIÇÃO” no canto superior esquerdo e inscrições manuscritas: “C.B. 577/ERU/79 / 4.º vol” junto ao carimbo. Na base, possui etiqueta “CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS, MEDIÇÕES, ORÇAMENTOS / PAVILHÃO DESPORTIVO – PROJECTO / PLANURBE – Gabinete de Estudos e Projectos, lda./ Albi Sport Clube / Local: Castelo Branco”.

- Capa de cartão branco, com inscrições na capa: carimbo “REPARTIÇÃO” no canto superior esquerdo e inscrições manuscritas: “C.B. 577/ERU/79 / 6.º vol” junto ao carimbo; etiqueta na base “Pavilhão Desportivo / Planurbe - Gabinete de Estudos e Projectos, lda./ Albi Sport Clube / Local: Castelo Branco”.

- Capa de cartão branco, com inscrições na capa: carimbo “REPARTIÇÃO” no canto superior esquerdo e inscrições manuscritas: “C.B. 577/ERU/79 / 7.º vol” junto ao carimbo; etiqueta datilografada na base “ALBI SPORT CLUBE / PAVILHÃO DESPORTIVO / CASTELO BRANCO / ESTABILIDADE”

- Capa de cartão branco, com inscrições na capa: carimbo “REPARTIÇÃO” no canto superior esquerdo e inscrições manuscritas: “C.B. 577/ERU/79 / 8.º vol” junto ao carimbo; etiqueta na base “Albi Sport Clube / Pavilhão Desportivo - Castelo Branco / PROJECTO DE ELECTRICIDADE / E/853 – AGOSTO DE 1985 / GRADUS – Gabinete de Estudos Técnicos s.a.r.l.”.

- Capa de cartão branco, com inscrições na capa: carimbo “REPARTIÇÃO” no canto superior esquerdo e inscrições manuscritas: “C.B. 577/ERU/79 / 8.º vol” junto ao carimbo; etiqueta na base “Pavilhão Desportivo / Planurbe - Gabinete de Estudos e Projectos, lda./ Albi Sport Clube / Local: Castelo Branco”.

- Capa de cartão com inscrições na capa: carimbo “REPARTIÇÃO” no canto superior esquerdo e inscrições manuscritas: “C.B. 577/ERU/79 / 9.º vol” junto ao carimbo, e “Polidesportivo do Albi Sport Clube de Castelo Branco (estudo prévio)” ao centro.

- Capa de cartão branco, com carimbo “REPARTIÇÃO” e etiqueta na base “Parque Desportivo - Castelo Branco / Planurbe - Gabinete de Estudos e Projectos, lda./ Albi Sport Clube – Ginásio”.

- Capa de cartão branco com inscrições na capa: carimbo “REPARTIÇÃO” no canto superior esquerdo e inscrições manuscritas: “C.B. 577/ERU/79 / 10.º vol” junto ao carimbo, e “Polidesportivo do Albi Sport Clube de Castelo Branco” ao centro.

- Capa de cartão com elásticos, com inscrições na capa: carimbo “REPARTIÇÃO” no canto superior esquerdo e inscrições manuscritas: “C.B. 577/ERU/79 / 11.º vol” junto ao carimbo, e “Polidesportivo do Albi Sport Clube de Castelo Branco” ao centro.

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Identificación

Tipo de Expediente
Processo de Obras PúblicasTipo de Expediente
Designación del Expediente
Polidesportivo do Albi Sport Clube de Castelo Branco – 1.ª e 2.ª Fases
Años Inicio-Final
1979-1993
Ubicación Referida
Signatura Inicial
577/ERU/79

Análisis

Primera Fecha Registrada Expediente
1979.09.26
Última Fecha Registrada Expediente
1993.10.25
Promotor
Albi Sport Clube 1979Organización
Entidad Peticionaria / Beneficiaria
Albi Sport ClubeOrganización
Proyecto de Arquitectura (Autoría)
Luís Joaquim Carrega Marçal Grilo Arquiteto PLANURBE 1980, 1981, 1984, 1985Persona
Construcción y Equipamiento
Intervención / Apreciación
Direção-Geral dos Desportos Diretor-Geral 1979Organización
Carlos Augusto Romão Castel-Branco Engenheiro Civil 2.ª/1.ª Classe DECB / DGERU 1980, 1981, 1984, 1986Persona
Alberto Pessanha Viegas Diretor-Geral DGERU 1980Persona
Fernando Mosca Santana Rêgo Arquiteto 2.ª Classe DSE / DSEPT 1983, 1984, 1985, 1986Persona
Joaquim Henriques Godinho Engenheiro Técnico Civil 1.ª Classe DSE 1985Persona
Mário Pissarra Pires Delegado Distrital CB DGD 1986Persona
José de Aguiam Melgueira Engenheiro Técnico Civil 1.ª classe DGERU 1986Persona
Luís Alfredo Cardoso Resende Técnico Superior Estagiário CCRC 1992Persona
Síntesis de Lectura

1979.09.26: Memória descritiva de projeto-tipo para polidesportivo descoberto (44x25) da Direção Geral dos Desportos (Secretaria de Estado da Juventude e Desportos / Ministério da Educação e Cultura), destinado a albergar o maior número de praticantes e todas as modalidades desportivas de salão. O estudo pretende “criar as indispensáveis facilidades às populações na execução duma instalação economicamente viável, além de incentivar a prática desportiva de ar livre tão arredada, actualmente, dos nossos hábitos”. Assim, em simultâneo, há no sentido longitudinal 4 campos de volley, 6 de badminton e 4 de mini basquete; no sentido transversa há 3 campos de basquete, 4 de volley e 6 de badminton. Futebol de salão, andebol de 7 e ténis podem também ser praticados, mas não em simultâneo com outras modalidades. Tratando-se de um projeto-tipo, apenas se aconselha que seja integrado em zona verde; poderão ser aplicados materiais próprios de cada zona do país. Noutras fases devem considerar-se balneários-vestiários. Integra caderno de encargos de desenho da planta.

1979.10.02: O Diretor-Geral dos Desportos (Secretaria de Estado da Juventude e Desportos / Ministério da Educação e Cultura), A.A. Santos (?), comunica ao Diretor do Equipamento Regional e Urbano (DGERU) a decisão tomada em reunião de 10 de setembro de 1979 com presença do Ministro das Obras Públicas. Envia o pedido do Albi Sport Clube de Castelo Branco com o projeto-tipo de “polidesportivos de 44x25 metros em Clubes” para que a DGERU o considere para comparticipação de 60%. O equipamento foi classificado como prioritário pela sua direção-geral.

Em anexo está o pedido datado de 21 de outubro de 1979. A delegação do Albi Sport Clube possui um amplo terreno na zona de S. Tiago onde pretende “implantar um Poli-desportivo para o desenvolvimento das modalidades do Club”, embora não tenha possibilidades financeiras para fazer face às despesas de construção, pelo que solicita comparticipação de 60%. Junta-se também a declaração da Câmara Municipal de Castelo Branco (CMCB) que atesta a autorização da construção de um polidesportivo no terreno.

1980.05.08: Memória descritiva do polidesportivo coberto, assinada por Luís Marçal Grilo, em papel da Planurbe. O conjunto será, no total, composto por um pavilhão desportivo, três campos de ténis, um parque infantil, vestiário e edifício social de apoio, a construir por fases por questões económicas. A primeira fase inclui o pavilhão de 44x25 metros, que “permitirá a prática de todas as modalidades consideradas de salão e utilização por um grande número de praticantes”, dando início a “uma peça de equipamento desportivo do maior interessa para a Cidade”. Possui caderno de encargos e peças desenhadas datadas de 31 de março de 1980 (planta de localização, planta, cobertura, alçados, corte).

1980.05.12: Ofício endereçado pela direção do Albi Sport Clube ao Ministro da Habitação e Obras Públicas. Informa que a coletividade foi criada “tendo como finalidade principal apoiar a juventude de Castelo Branco, no sentido de lhes permitir, através da ocupação dos tempos livres o são convívio indispensável à formação de verdadeiros Homens”. Solicita comparticipação estatal para poder dar início às obras de construção do complexo desportivo em terrenos cedidos pelo município em dezembro de 1979.

1980.05.14: A CMCB confirma aprovação do projeto e total acordo com a obra.

1980.05.22: Informação assinada por Carlos Augusto Romão Castel-Branco, engenheiro civil de 2.ª classe da Direção de Equipamento de Castelo Branco (DECB / DGERU), com parecer positivo sobre o projeto de um recinto polidesportivo descoberto e sua submissão à aprovação superior. Trata-se da 1.ª fase de um complexo desportivo “constituído por um Pavilhão Desportivo, 3 campos de ténis, um parque infantil, vestiário e edifício social de apoio” para o Albi Sport Club, em terrenos cedidos pela Câmara Municipal de Castelo Branco. A iniciativa justifica-se dada a existência de poucos recintos desportivos na cidade, que costumam estar superlotados. Implantar-se-á numa zona verde planeada no Plano de Pormenor do Núcleo Residencial de Santiago; numa 2.ª fase deve prever-se uma zona de aparcamento para utentes. O orçamento total tem o valor de 1.570.000$00, correspondendo a comparticipação de 60% a 942.000$00. Possui despacho manuscrito do diretor-geral para que se complete o projeto com bloco sanitário-vestiário-balneário, solicitando também pareceres da CMCB e da Direção-Geral de Planeamento Urbanístico.

1980.08.08: A Delegação de Planeamento Urbanístico de Castelo Branco (Direção-Geral de Planeamento Urbanístico/Ministério da Habitação e Obras Públicas) transmite o despacho emitido pela Direção dos Serviços Regionais do Planeamento Urbanístico do Centro acerca do projeto. O parque para automóveis deve adequar-se à capacidade de utilização do complexo, os espaços livres e a volumetria do pavilhão devem integrar-se perfeitamente no ambiente, e os restantes espaços livres devem ter adequado tratamento paisagístico.

1980.07.10: Alfredo Resende, engenheiro diretor da DECB, envia ao engenheiro diretor-geral do Equipamento Regional e Urbano um exemplar do aditamento ao projeto.

1980.09.25: Memória descritiva assinada por Luís Marçal Grilo, em papel da Planurbe. Trata-se de uma peça desenhada para dar resposta ao solicitado em referência ao parque de estacionamento, junto dos acessos poentes do complexo, que agora apresenta capacidade para 40 viaturas. Considera que dadas as circunstâncias e dimensão da cidade não é necessário mais espaço, pois tal implicaria reduzir a zona verde e de recreio. A zona verde de integração do complexo desportivo será ajardinado, embora tal seja uma área pública da responsabilidade do município, apresentando-se um esquema de circulação e acessos. O pavilhão terá uma altura de 11 metros; a solução arquitetónica pretende obter “uma peça não volumosa, ‘agarrada’ o mais possível ao movimento natural do terreno a que […] possa valorizar a própria paisagem urbana”. Possui peças desenhadas (arranjos exteriores).

1980.09.29: Alberto Pessanha Viegas, engenheiro diretor-geral do Equipamento Regional e Urbano, informa o Secretário de Estado da Juventude e Desportos que é necessário que a CMCB altere o prazo de cedência do terreno para o mínimo de 50 anos para que se possa dar andamento ao processo, conforme o artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 794/76. A CMCB procede a essa alteração no mês de outubro.

1980.12.04: Informação assinada por Carlos Augusto Romão Castel-Branco, engenheiro civil de 2.ª classe da DECB, na qual se expõe que o autor fez um aditamento ao projeto para responder às solicitações apontadas. O conjunto, que integra o polidesportivo descoberto e o bloco sanitário-vestiário-balneário importa em 3.260.000$00, correspondendo a comparticipação de 60% a 1.956.000$00. Considera de propor a aprovação superior, o que vem a suceder.

1981.01.29: Memória descritiva do pavilhão, assinada pelo arquiteto Luís Marçal Grilo. “O pavilhão desenvolve-se com uma planta hexagonal em que o eixo maior da ‘pista’ se encontra orientado no sentido Norte-sul. A capacidade será de 1930 lugares”. As bancadas desenvolvem-se de forma assimétrica para aproveitar o desnível do terreno, e criando dois níveis de entrada. Há dois átrios junto das entradas nascente e poente, através dos quais o público acede às bancadas, e nos quais se localizam bar e sanitários. No alçado poente ficam as bilheteiras. Os atletas têm acesso privativo à sua área ao nível da pista, com átrio, gabinete médico, cinco vestiários-balneários e galerias; na entrada localiza-se um gabinete para o funcionário. Sob as bancadas localizam-se as áreas de serviço para arrecadação de materiais. O edifício está desafogado e integrado na zona. “Em planta a solução é de grande simplicidade, tendo-se procurado um esquema de acessos e circulação simples e de fácil leitura para o público. […] Arquitectónicamente(sic) procurou-se um volume equilibrado, tirando partido do movimento assimétrico da cobertura e de grande envidraçado para obtenção de luz natural localizado no alçado Norte.”. Documento acompanhado por peças desenhadas (perspetiva, plantas, alçados

1981.05.29: Proposta de comparticipação assinada por Carlos Augusto Romão Castel-Branco, engenheiro civil de 2.ª classe da DECB. A obra consta do Plano de Obras de 1981/82 – programa de ERU – Obras Novas. A comparticipação de 1.956.000$00 será escalonada da seguinte maneira: 1.000.000$00 a conceder em 1981, e o restante no ano de 1982, para execução da 1.ª fase da obra. É autorizado, com prazo da obra até 31 de dezembro de 1982.

1981.06.29: A Direção do Albi Sport Clube solicita ao Ministro da Habitação e Obras Públicas autorização para realizar a obra no sistema de administração direta. Afirma ter capacidade técnica por constarem entre os membros construtores civis, engenheiros e um arquiteto (autor do projeto e membro da direção), e por ter apoio da CMCB no fornecimento de maquinaria e viaturas para os trabalhos. O pedido será autorizado.

1981.08.13: Início dos trabalhos da 1.ª fase da obra.

1981.09.08: Auto de medição de trabalho n.º 1, no valor de 666.666$70.

1982.10.07: Informação assinada por Carlos Augusto Romão Castel-Branco, engenheiro civil de 1.ª classe da DECB, apreciando positivamente o anteprojeto da 2.ª fase do complexo desportivo, correspondente à construção do pavilhão desportivo, considerando-o apto a servir de base ao projeto definitivo. Nessa altura, a 1.ª fase estava praticamente concluída, e também se ultimava a sede da direção, localizada junto aos cortes de ténis.

1982.11.19: Transcrição de parecer positivo da Divisão de Urbanização, Engenharia e Arquitetura Desportiva, da Direção-Geral dos Desportos.

1983.02.09: Parecer assinado por Fernando Santana Rêgo, arquiteto de 2.ª classe da Direção dos Serviços de Estudos (DSE) da DGERU, sobre a construção do pavilhão gimnodesportivo, apontando alguns aspetos que necessitam de incremento: reformular a organização dos balneários; o campo de jogos deve medir, no total, 22 x 44 metros; resolver a ventilação correta do pavilhão e o escoamento de águas da cobertura; melhorar a iluminação natural feita pelo envidraçado no alçado norte; os alçados Norte e Sul “incluem elementos que formalmente parecem não ter razão de existir, como sejam os topos das bancadas a Nascente serem “acusados”, uma vez que isso não corresponde a soluções reais, interiormente”; necessidade de mais lugares para estacionamento; revestimento das fachadas demasiado oneroso. O orçamento total ascende a 58.160$00. Há concordância superior, seguindo-se um despacho (com assinatura ilegível) no qua se ordena diminuição da bancada e dos vestiários-balneários, bem como da área das arrecadações e dos sanitários para o público, e integrar apenas um bar.

1983.05.09: Auto de vistoria geral, com presença de Alfredo Resende, diretor do Equipamento de Castelo Branco, e Mário Pombo Costa, presidente da direção do Albi Sport Clube. A construção teve início a 13 de agosto de 1981 e foi concluída a 6 de outubro de 1982.

1984.09.04: Memória Descritiva assinada pelo arquiteto Luís Marçal Grilo, relativo a alterações introduzidas ao projeto, nomeadamente à organização funcional do edifício. As entradas para a pista ficam numa zona mais central; reorganização dos espaços nos balneários, nos quais os chuveiros passam a ser corridos; a pista tem uma dimensão de 44x22 metros; manteve-se o esquema de iluminação aproveitando o envidraçado do alçado norte, com apoio da fenestração dos alçados laterais, bem como do tratamento dos alçados. Respondeu-se à solicitação de reduzir o custo da obra ao reduzir as bancadas e os balneários; por se planear que outros clubes para além do Albi possam usar os espaços, não se reduziu a dimensão da arrecadação. No entanto, não se afigura possível corresponder ao solicitado de reduzir significativamente o custo, pois tal implicaria reduzir consideravelmente a capacidade do pavilhão, o que é indesejável por se tratar de uma peça fundamental para a cidade e a sua área de influência – importa contabilizar o número de estudantes (incluindo os do ensino superior) e de jovens. “[…] é importante que se diga e seja compreendido por todos que o Albi Sport Clube apesar de liderar o processo, não o faz no sentido de vir a ser dono e senhor do Pavilhão, mas sim para conseguir uma peça de equipamento que considera fundamental para Castelo Branco e de que todos possam beneficiar”.

1984.10.24: Informação assinada por Carlos Augusto Romão Castel-Branco, engenheiro civil de 1.ª classe da DECB, acerca da revisão do anteprojeto, que julga de ser elevado a consideração superior para aprovação. Assinala que não foi conseguida uma redução significativa de custos, concordando o engenheiro com a justificação apresentada pelo autor: Castelo Branco “merece um pavilhão com uma certa dignidade e capacidade de absorção para os muitos praticantes de diversas modalidades desportivas.” O novo orçamento ascende a 75.605.657$00, a executar num período de aproximadamente 3 anos, de acordo com a proposta do plano para 1985; a comparticipação de 60% corresponde a 46.000.000$00.

1984.10.16: Informação assinada por Carlos Augusto Romão Castel-Branco, engenheiro civil de 1.ª classe da DECB. A 2.ª fase integra a construção da sede da associação, um polidesportivo descoberto com pavilhão e seis campos de ténis. “O pavilhão apresenta uma solução arquitectónica interessante e volumetricamente equilibrada, com grandes envidraçados para obtenção de luz natural.” Está implantado num local de fácil acesso e enquadra-se bem na envolvente. Ao orçamento de 98.000$00 corresponde uma comparticipação de 60%, isto é, no valor de 58.800.000$00. Posteriormente, há despacho que de a obra será integrada no Plano de 1986.

1984.11.30: Parecer assinado por Fernando Santana Rêgo, arquiteto de 2.ª classe da DSE. Menciona que o campo descoberto cimentado já está construído. Apenas não se cumpriu o solicitado no que respeita ao número de lugares de estacionamento. A área global de construção não foi reduzida – o que não baixou consideravelmente os custos - pois o autor considera que o pavilhão será usado por todos os clubes da cidade e pelos c. 10.000 estudantes; também se aceita a justificação de manter dois bares. O estudo é aprovado superiormente, e será aprovado por despacho do Secretário de Estado das Obras Públicas em 16 de janeiro de 1985.

1985.11.22: Parecer da DSE, assinado pelo arquiteto de 2.ª classe Fernando Santana Rêgo e pelo engenheiro técnico civil de 1.ª classe Joaquim Henriques Godinho. O projeto de execução (parte civil) pode ser aprovado superiormente se completado com alguns elementos em falta.

1985.12.09: Memória descritiva do ginásio assinada pelo arquiteto Luís Marçal Grilo, cuja construção se justifica pela ausência de equipamentos na cidade para a prática de diversas modalidades desportivas, visto ser inviável a utilização dos que se encontram integrados em estabelecimentos de ensino. “O edifício desenvolve-se num único Piso, sendo constituído por duas zonas distintas: o ginásio e instalações de apoio”. O ginásio pode ser subdividido para uso simultâneo; incluem-se dois balneários, um gabinete de apoio aos professores, um equipamento de sauna, arrecadação de material, dependência para depósitos de aquecimento de água por energia solar; há uma galeria sobre a cobertura das instalações de apoio para observação das atividades no ginásio. Há peças desenhadas (implantação, perspetivas, plantas).

1986.02.12: A CMCB aprovou o projeto da 3.ª fase de construção do parque desportivo.

1986.02.03: Parecer assinado por Mário Pissarra Pires, Delegado Distrital de Castelo Branco da Direção Geral dos Desportos, sobre a 3.ª fase do polidesportivo correspondente ao ginásio, cuja construção julga plenamente justificada.

1986.02.28: Informação assinada por Carlos Augusto Romão Castel-Branco, engenheiro civil de 1.ª classe da DECB, sobre o estudo prévio para construção de um ginásio nas instalações desportivas do Albi Sport Clube. Por ter de utilizar instalações escolares da cidade, com pouca disponibilidade, para organizar aulas de ginástica para os sócios e familiares, a associação julgou imprescindível a construção de um ginásio próprio, com sauna. Tem tido auxílio financeiro estatal e da população. O ginásio vai localizar-se em frente do futuro pavilhão gimnodesportivo (2.ª fase), ao lado da sede, ao mesmo nível. Concorda com o aspeto arquitetónico, e sugerem que a sala de repouso após a sauna deverá ser mais espaçosa. A comparticipação de 60% corresponde a 7.560$00.

1986.03.31: Informação de Alfredo Resende, onde se refere que à exceção da 1.ª fase, todos os projetos estão por executar. Prevê-se uma futura 4.ª fase, composta por piscina, parque infantil e minigolfe, estimada em 15.000.000$00. O total do empreendimento ascende a 130.000.000$00.

1986.05.09: A empresa Gradus – Gabinete de Estudos Técnicos, s.a.r.l., envia o projeto das instalações elétricas do pavilhão polidesportivo.

1986.08.06: Parecer da Direção de Serviços de Estudos e Planeamento Territorial (Direção-Geral do Ordenamento do Território / Ministério do Plano e da Administração do Território), assinado pelo arquiteto de 2.ª classe Fernando Santana Rêgo, pelo engenheiro técnico civil de 1.ª classe Joaquim Henriques Godinho e pelo engenheiro eletrotécnico de 1.ª classe A.C.R. Campos Vieira. Propõem a aprovação do projeto, com algumas notas face ao estudo de eletricidade.

1986.10.07: Informação assinada por José d’Aguiam Melgueira, engenheiro técnico civil de 1.ª classe da DGERU. O orçamento dos trabalhos identificados no aditamento ao projeto da 2.ª fase importa em 99.500.000$00, o que corresponde a uma comparticipação de 59.700.000$00 (60%). Apresenta escalonamento da concessão de verbas até 1988. A obra consta do PIDDAC/1986 – Plano de Obras Novas (compromissos do governo anterior).

1986.11.20: Auto de medição de trabalho n.º 1 (2.ª fase), no valor de 3.000.000$00.

1987.10.23: Parecer favorável para adjudicação da empreitada da 2.ª fase à empresa Batimóvel, Engenharia e Construção Lda. A escritura realiza-se a 29 de abril de 1988.

1988.03.??: Proposta de comparticipação da 2.ª fase através do PIDDAC 88, até 31 de dezembro de 1989.

1988.10.10: O Albi Sport Clube solicita revisão do orçamento inscrito no PIDDAC, visto que a comparticipação fixada para a 2.ª fase correspondia ao valor estimado no anteprojeto de 1984 e não obteve correção com o orçamento aprovado, sem inclusão do IVA, que a associação não consegue suportar. Porém, a resposta é negativa, face à prerrogativa de que não é possível ultrapassar a previsão do plano, compromisso do Governo anterior.

1989.02.01: O Albi Sport Clube retoma o assunto anterior, dada a falta de meios financeiros e a eminente paralisação dos trabalhos.

1989.05.03: O Presidente da CMCB, César Augusto Vila Franca, pede intercessão junto do Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território para que a comparticipação seja reforçada. Não obstante, a decisão estatal é de que não haverá reforço na comparticipação.

1991.07.22: Concurso público para execução da conclusão da obra da 2.ª fase (coberturas e impermeabilização, alvenarias, acabamentos e instalação elétrica).

1991.07.22: Ofício de Mário Pombo Costa dirigido ao responsável pelo Núcleo Operativo da CCRC/DROT de Castelo Branco. Comunica que a associação foi obrigada a rescindir o contrato com a firma Batimóvel pelos atrasos no pagamento dos trabalhos realizados e tomou posse administrativa da obra. Com apoio do Governador Civil de Castelo Branco, foi possível conjugar apoios para conclusão da obra, “designadamente por parte do Ministério da Educação, através da D.G.D., que disponibiliza a importância de 30.000.000$00 […] e da Câmara Municipal de Castelo Branco”. Assim, enviam o novo programa de concurso e orçamento atualizado.

1992.01.29: Homologação da adjudicação da empreitada à firma Soares da Costa, pelo prazo de 12 meses, pelo valor de 89.715.220$00.

1992.10.07: Ponto de situação assinado por Maria Manuel Falcão Silva, engenheira química assessora. A 1.ª fase, correspondente ao pavilhão descoberto e bloco sanitários-vestiário-balneários, decorreu em 1981/82. A 2.ª fase de construção do pavilhão desportivo figura no PIDDAC 92, prevendo-se liquidação da comparticipação em falta em 1993. Aguarda-se esclarecimento da situação, dado o pedido da entidade para utilizar o saldo disponível da comparticipação apenas para execução da cobertura, com realização dos restantes trabalhos por administração direta pela autarquia. Não há compromisso de comparticipação pela DGOT para as 3.ª e 4.ª fases.

1992.10.16: Perante impossibilidade financeira para responder às despesas da construção do pavilhão de “grande repercussão e interesse público […] para a cidade de Castelo Branco e suas colectividades”, entretanto adjudicadas à empresa Soares da Costa, S.A., a direção do Albi Sport Clube solicita mais apoios estatais.

1992.10.22: Informação do Técnico Superior Estagiário Luís Alfredo Cardoso Resende, da Direção-Geral do Ordenamento do Território / Comissão de Coordenação da Região Centro. A obra está praticamente paralisada desde 1990, acarretando prejuízos no já edificado; a associação solicita a disponibilização imediata da verba estatal em falta para término da cobertura e poder realizar o resto da obra por administração direta com auxílio técnico e financeiro da CMCB. Sugere duas possibilidades: a primeira respeita ao deferimento da pretensão da entidade comparticipada com realização da cobertura por firma especializada; a segunda hipótese pondera manter a adjudicação à Soares da Costa e reforçar a comparticipação e c. 31.000.000$00, possibilitando a conclusão da obra no prazo de um ao e pondo fim aos vários inconvenientes de deixar a obra no estado em que se encontra.

1992.11.13: Comunicação de autorização da comparticipação por liquidar de 15.004.000$00, para construção da cobertura do pavilhão.

1993.10.15: Comunicação de que se reforça o empreendimento em 18.900.000$00. Em simultâneo procede-se ao abatimento ao PIDDAC do empreendimento do Clube Desportivo de Alcains.

1993.09.07: Auto de receção provisória da 2.ª fase de construção do polidesportivo do Albi Sport Clube (cobertura e impermeabilização).

1993.10.25: A direção do Albi Sport Clube comunica ao responsável do Núcleo Operativo da CCRC de Castelo Branco que os trabalhos da cobertura estão concluídos. Vão ser iniciados os trabalhos de acabamentos. Solicita adiantamento de 50% da comparticipação adicional concedida. Vem a ser concedido.

Para citar este trabajo:

Arquitectura Aqui (2024) Polidesportivo do Albi Sport Clube de Castelo Branco – 1.ª e 2.ª Fases. Accedido en 19/09/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/48487/polidesportivo-do-albi-sport-clube-de-castelo-branco-1-e-2-fases

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).