A Câmara Municipal de Alcácer do Sal solicitou um subsídio à FCG em Março de 1966 para a realização da segunda fase do projeto do Bairro de [Casas para Famílias] Pobres em Alcácer do Sal. Em Novembro de 1966 a FCG concede um subsídio de 400.000$00 "para permitir a construção de mais vinte casas destinadas a famílias pobres a integrar no Bairro já construído". Em Maio de 1967 a Câmara Municipal de Alcácer do Sal informa que apesar das obras já estarem concluídas, o valor final "ultrapassa em 26.238$10 o valor do subsídio de 400.000$00 concedido por essa Fundação". Ainda em Maio de 1967 a FCG aumenta "o subsídio oportunamente concedido a essa Câmara Municipal, para 426.238$10 para o efeito do custo das vinte moradias destinadas a famílias pobres, ser inteiramente suportado por esta instituição".

O Bairro dos Pobres de Alcácer do Sal surge de uma iniciativa da câmara Municipal de Alcácer do Sal com o objectivo de conceder "o mínimo de condições de habitabilidade a que todos têm direito". No pedido de subsídio de Março de 1966 informam a FCG que "esperando podermos ter concluído muito em breve, cerca de 20 fogos, número ainda insuficiente para albergar todos os indivíduos que vivem nas precárias condições". Nessa mesma correspondência enviam uma planta de implantação do bairro onde é assinalado o conjunto praticamente concluído e o conjunto que corresponde à segunda fase de construção e que foi subsidiado pela FCG. A primeira fase de construção correspondeu a duas bandas paralelas, cada uma composta por cinco volumes, correspondendo a cada volume dois fogos. A segunda fase previa a construção igualmente de duas bandas paralelas, uma com seis volumes e outra com quatro, utilizando a mesma tipologia de dois fogos por volume. A unidade habitacional de dois fogos era definida por um volume de piso único com 15 metros de comprimento por 6.65 metros de largura. Cada fogo era composto por um espaço de cozinha e sala, por onde se fazia a entrada e que distribuía para os três quartos e instalação sanitária.