Equipamiento de
Uso Colectivo en
Portugal y España 1939-1985

Buscar por

Objeto

Agentes

Actividades

Documentación

Caixa Geral de Depósitos de Barcelos. Estudos sobre a construção do novo edifício

Correspondência administrativa relativa à localização de um edifício a construir em Barcelos, para a Caixa Geral de Depósitos, e à adjudicação do projeto.

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Identificación

Tipo de Expediente
CorrespondenciaTipo de Expediente
Años Inicio-Final
1945-1971
Ubicación Referida
Signatura Otros Archivos

Património Cultural, I.P., Arquivos e Coleções Documentais da Ex-DGEMN - PT DGEMN:DSARH-003/042-0024/02 "Caixa Geral de Depósitos de Barcelos. Estudos sobre a construção do novo edifício"

Análisis

Primera Fecha Registrada Expediente
1945.08.29
Última Fecha Registrada Expediente
1974.01.13
Proyecto de Arquitectura (Autoría)
Otras Especialidades (Autoría)
Manuel Ferreira da Silva Couto Engenheiro Civil 1970Persona
Fernando Adelino Torroais Valente Engenheiro Eletrotécnico 1970Persona
Emílio César Monteiro de Almeida Engenheiro Mecânico 1970Persona
Intervención / Apreciación
José Espregueira Mendes Diretor Delegado CAOCGDCP 1945Persona
João Paulo Nazareth de Oliveira Diretor DGSU/DSMU 1953Persona
Manuel Duarte Moreira de Sá e Melo Diretor DGSU 1954Persona
José Pena Pereira da Silva Diretor DGEMN 1961Persona
Alfredo Macedo dos Santos Diretor DGSU 1965Persona
Decisión Política
José Frederico do Casal Ribeiro Ulrich Ministro Obras Públicas 1953Persona
Rui Alves da Silva Sanches Ministro Obras Públicas 1970Persona
Eduardo de Arantes e Oliveira Ministro Obras Públicas 1965Persona
José Adolfo Pinto Eliseu Secretário Estado Obras Públicas 1971Persona
Síntesis de Lectura

1945.08.29 - Ofício do engenheiro diretor delegado da Comissão Administrativa das Obras da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência (CAOCGDCP), José de Espregueira Mendes, endereçado ao engenheiro diretor geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). Informa-se que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) adquiriu um prédio para instalação dos serviços da agência na cidade de Barcelos, situado “no seguimento dos prédios circunvizinhos da Torre da Cadeia, que, segundo me informaram, é Monumento Nacional e está encostado, pela sua fachada posterior, à muralha da antiga vila”. Solicita-se que a DGEMN informe se será autorizada a realização de grandes obras de adaptação do prédio, ou se deverá ser construído um novo edifício noutro terreno.

1945.10.15 - Resposta do arquiteto diretor da Direção dos Monumentos Nacionais (DGEMN/DMN) ao diretor da DGEMN. Indica-se não se ver inconveniente na utilização do prédio, desde que “seja mantido todo o traçado e estrutura das fachadas, respeitando os elementos de cantaria que fazem parte do conjunto arquitetónico e libertado o adarve e parapeito da muralha”.

O mesmo é comunicado à CAOCGDCP em 1945.10.20.

1946.08.27 - A CAOCGDCP informa a DGEMN que “segundo consta, o plano de urbanização que está sendo elaborado, prevê a total demolição do edifício para desafogo do pano de muralha existente nas suas traseiras”. Solicita-se que a DGEMN consulte a Direção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU), para que possa ser definida a solução a adotar.

A DGSU é contactada em 1946.09.11 e, em 1956.11.06, esta confirma a intenção de demolir o prédio em causa.

1949.09.06 - A CAOCGDCP informa a DGEMN de que já foram consideradas várias hipóteses para a instalação da agência, mas que ainda não se encontrou solução definitiva. Conta-se que, depois da informação da DGSU, se dirigiu à Câmara Municipal de Barcelos (CMB) propondo uma solução para implantação de um novo edifício junto do centro comercial, tendo esta sido recusada pela CMB “por motivo, segundo se supõe, de julgar preferível para a política local autorizar a que o proprietário de um dos prédios a adquirir realizasse obras de arranjo e ampliação que de facto foram levadas a cabo”. Refere-se que estas obras foram realizadas antes da publicação do Decreto-Lei n.º 36670, pelo que teria de ter sido expropriado amigavelmente. Considera-se que “nas atuais normas de vida económica ditadas pelo Governo, tendo em vista a falta premente de habitações em todo o país e a necessidade para o bem geral da Nação do máximo aproveitamento de todos os seus valores”, o mais apropriado seria a instalação da agência no edifício anteriormente adquirido para o efeito.

1949.09.17 - A DGEMN informa que aguarda o pedido da CGD para que sejam efetuadas as obras necessárias no edifício já adquirido.

1953.09.18 - Ofício da DGEMN, endereçado ao diretor da DGSU. Informa-se que, “apesar dos esforços que têm sido feitos desde há alguns anos a esta parte”, não se conseguiu encontrar solução para a instalação da agência da CGD, por falta de terrenos disponíveis. O Ministro das Obras Públicas, José Frederico Ulrich, determinou que o engenheiro Nazareth de Oliveira se deveria ocupar do problema, esclarecendo o mesmo ainda em setembro.

1953.10.24 - Informação de Nazareth de Oliveira, diretor dos Serviços de Melhoramentos Urbanos (DGSU/DSMU), na qual indica que o local indicado em planta junta pode considerar-se deferido, tendo merecido concordância do Conselho Superior de Obras Públicas. A planta não consta do processo consultado.

1954.01.25 - Ofício do engenheiro diretor da DGSU, Manuel de Sá e Melo, no qual indica à DGEMN que é impossível demolir, neste momento, o bloco comercial entre o Largo José Novais e o Largo da Porta Nova, por representar um custo muito elevado e interessar apenas à CGD.

1955.03.09 - A DGEMN solicita à DGSU que indique outras possíveis localizações para o edifício da CGD.

1955.07.07 - A DGSU remete uma planta com localizações propostas pelo diretor de Urbanização de Braga (DGSU/DUB).

1955.11.07 - A CAOCGDCP responde às soluções propostas. Indica-se que a solução n.º 1 não tem área suficiente e que a CMB se opõe à incorporação do prédio contíguo, de construção recente. A solução n.º 2 sofre de um problema semelhante, não estando os proprietários dispostos a vender edifícios recentemente construídos. A terceira solução apresentada considera-se desadequada do ponto de vista urbano.

1958.11.10 - O diretor geral das Contribuições e Impostos (DGCI), Vítor António Duarte (sobrenome ilegível), contacta a DGEMN após ter sido informado pela CMB que só será possível ampliar as instalações da Secção de Finanças do concelho quando a CGD for transferida para outro local.

1961.07.01 - O diretor da DGEMN, José Pena Pereira da Silva, remete uma planta relativa à localização do edifício da CGD à DGSU.

(Data ilegível) - Memorial da CMB, no qual se explica que a construção do novo edifício para a CGD tem sido continuamente estudado desde 1955 e se indica que, se o terreno ainda não se encontra definido, “é porque os locais escolhidos pela [COACGDCP] obrigam sempre a expropriações que os proprietários não aceitam, dado essas localizações se situarem sempre no coração da cidade, e na sua parte mais comercial”. Refere-se que surgiu a possibilidade de adquirir um edifício de construção recente localizado na praça central da cidade - Largo da Porta Nova, adequado a ser adaptado a novo fim com obras pouco dispendiosas.

1964.04.28 - A CAOCGDCP informa a DGEMN que a aquisição do terreno e construção do edifício serão feitas por conta de verbas próprias logo que se encontre uma solução adequada, não havendo qualquer encargo para a CMB.

1964.09.23 - A CAOCGDCP informa a DGEMN que irá, em outubro, vistoriar uma solução avançada pelo presidente da CMB.

1965.03.05 - A CAOCGDCP remete à DGEMN as duas soluções apresentadas pela CMB.

Por despacho do MOP, Arantes e Oliveira, a DGEMN remete as soluções à DGSU.

1965.03.15 - O diretor da DGSU, A. Macedo Santos, solicita à DGEMN que informe sobre a viabilidade de construir o novo edifício da CGD no local ocupado por um prédio que funcionou como teatro. Explica-se que a hipótese resulta de um estudo, ordenado pelo MOP, para apreciar a possibilidade de instalar o novo Tribunal na vizinhança do edifício da CMB.

1965.04.08 - A CAOCGDCP informa a DGEMN que, não considerando a solução ideal, se considera a localização proposta em condições de ser submetida à apreciação da Administração da CGD.

1965.06.25 - O arquiteto diretor da DSMN envia à DGEMN uma fotografia do local proposto pela CMB para construção do novo edifício, indicando ter “receio que qualquer das soluções propostas venha a quebrar o aspeto arquitetónico da praceta daquela vila, que tem por fundo a Torre”.

1968.05.23 - Informação da CAOCGDCP, na qual se indica a necessidade de se proceder ao levantamento topográfico da zona de implantação e a execução de desenhos dos alçados. Solicitou-se, para tal fim, que o desenhador topógrafo Francisco Martins Custódio avançasse uma proposta de preço. Tendo recebido uma proposta de 4.200$00, solicita-se autorização para a realização da despesa.

1969.05.27 - A CAOCGDCP informa a DGEMN de que a aquisição dos edifícios está a ser efetuada pela Administração da CGD, “não tendo ainda sido ultimada por motivo de um dos proprietários ser demente e do assunto estar em consequência afeto ao Tribunal”. Assim que seja solicitado, a CAOCGDCP propõe que seja o arquiteto José Carlos Loureiro a elaborar o projeto, por ser ele o autor do conjunto em que se inserirá o edifício.

1970.01.06 - Ofício do arquiteto José Carlos Loureiro, no qual manifesta grande interesse em realizar o projeto, “por se integrar no conjunto do mercado, edifício em construção de habitação e comércio, e Jardim D. Pedro V, garantindo-se desta forma uma unidade arquitetónica tão raras vezes conseguida”. Consideram-se, no entanto, insuficientes os honorários propostos (definidos por despacho Ministerial de 7 de janeiro de 1956) e solicita-se a elevação da percentagem.

1970.01.26 - Informação da CAOCGDCP, à DGEMN, expondo o assunto e afirmando que “o assunto merece ponderação porque desde o ano de 1956 as obras subiram aproximadamente 300%”. Considera-se de aplicar o critério utilizado pela Comissão Administrativa das Obras da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que permitiria escolher “bons e competentes técnicos para a elaboração dos projetos de que tanto necessitam os edifícios da Caixa Geral de Depósitos pela sua característica especial de instituição bancária com a exigência dos acabamentos especiais” e, segundo o qual, o projeto teria a importância de 148.264$00.

1970.02.27 - O MOP, Rui Sanches, questiona se o critério proposto tem anterior aplicação por parte dos serviços da CGD.

1970.03.09 - A CAOCGDCP solicita autorização para entregar a execução do levantamento topográfico ao desenhador-topógrafo Francisco Martins Custódio, pela quantia de 9.400$00.

1970.03.09 - Ofício da Direção dos Serviços de Construção (DGEMN/DSC), pelo qual se informa que o critério proposto para determinar os honorários do arquiteto é igual ao estabelecido no contrato de elaboração do “Projeto do Novo Balneário das Caldas de Monchique” e dos estudos técnicos do “Novo Pavilhão de Enfermeiras do IPO” e ”Pousada de Almeida”. Julga-se razoável a orientação da CAOCGDCP.

1970.03.11 - O MOP autoriza o disposto sobre os honorários do arquiteto.

1970.04.29 - Contrato para elaboração do projeto, assinado pelo arquiteto José Carlos Loureiro, o engenheiro civil Manuel Ferreira da Silva Couto (Lisboa), o engenheiro eletrotécnico Fernando Adelino Torroaes Valente (Lisboa) e o engenheiro mecânico Emílio César Monteiro de Almeida (Lisboa).

1971.01.07 - Ofício da CAOCGDCP, assinado por José A. de Figueiredo e Castro, endereçado à DGEMN, no qual se solicita uma prorrogação do prazo de entrega do anteprojeto, devido ao atraso na aprovação dos estudos das zonas de serviços.

O pedido foi aprovado pelo Secretário de Estado das Obras Públicas, P. Eliseu, em 1971.01.13.

Para citar este trabajo:

Catarina Ruivo para Arquitectura Aqui (2025) Caixa Geral de Depósitos de Barcelos. Estudos sobre a construção do novo edifício. Accedido en 03/09/2025, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/expedientes/62734/caixa-geral-de-depositos-de-barcelos-estudos-sobre-a-construcao-do-novo-edificio

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).