A Comissão de Melhoramentos de Moura da Serra, "agremiação regionalista" fundada em 3/1/1937 e sediada em Lisboa, manifesta em 1977 a intenção de construir na localidade instalações que sirvam como associação recreativa, uma das suas linhas de ação:

"Um grupo de naturais desta localidade com o precioso apoio dos seus conterrâneos e dalgumas entidades oficiais e particulares, face às carências com que as entidades oficiais do concelho se debelam, pese embora a sua boa vontade resolveram tomar sobre si o encargo de tentar resolver os vários problemas sociais que afetam as populações locais nomeadamente no que se refere aos abastecimentos de água e eletricidade, saneamento, redes de comunicação, assistência médica e sanitária, cultural e recreativa (...) Uma das carências que este grupo pretende dar prioridade é as actividades culturais e recreativas, para esse efeito foram já feitas várias tentativas de por em execução um projecto de um edifício que contempla salas e recintos destinados para esse fim. O presente projecto é mais uma dessas tentativas que este grupo se propôs levar a cabo pelo que se espera das entidades competentes a devida comparticipação dada por Vª Exªs para este tipo de obras." (Ofício da Comissão de Melhoramentos de Moura da Serra à Direção de Equipamento do Distrito de Coimbra, 19/5/1978).

O primeiro anteprojeto para a obra, apresentado em agosto de 1977 pelo Engenheiro Joaquim Virgílio Teixeira e organizado em torno de um grande salão polivalente oval, foi reprovado pelos serviços das Obras Públicas. Aquela solução resultava em um "mau aproveitamento do espaço", de acordo com o parecer do arquitecto Armindo Barros, da Direcção dos Serviços de Equipamento em 23/11/77, que acrescenta:

"O trabalho revela também falta de qualidade arquitectónica, aliada a deficiências técnicas e indefinições que, na nossa opinião, obrigam a uma total remodelação do mesmo, tendo em vista uma correcta ocupação do terreno." 

Uma segunda versão do projeto é apresentada e aprovado em 10/6/1978; em 25/10/1979, a comparticipação da DGERU é autorizada pelo Ministro da Habitação e Obras Públicas Mário de Azevedo. Em 16/11/1981, a informação do Engenheiro Mário das Neves Carneiro dá a obra por concluída.