Em março de 1972, a escola primária de “2 salas para 2 sexos”, tipo rural, a construir na freguesia de S. Martinho de Angueira tinha terreno escolhido e projeto de implantação. No mês seguinte, após vistoria do terreno, o presidente da Câmara de Miranda do Douro, Eduardo Luís de Sousa Gentil Beça, escrevia ao diretor das Construções Escolares do Norte, explicando as razões pelas quais considerava o terreno escolhido inconveniente. O local escolhido era frio e afetado por ventos fortes, encontrava-se afastado do centro geométrico da povoação, “exigindo o seu acesso (distância e altitude) longo e penoso caminhar”, era utilizado pelos lavradores das cercanias e não tinha água próxima. Sugeria, por isso outro terreno, junto à povoação.

Em setembro do mesmo ano, propôs-se a aprovação do terreno proposto, desde que a Câmara Municipal mandasse executar as terraplanagens necessárias. Recusando as condições impostas, o presidente respondeu indicando que a Câmara “apenas aceita pagar a parte que lhe compete, na proporção da restante parte da obra”. Em abril de 1973, o terreno foi aprovado.

Após primeiro concurso para adjudicação da obra em novembro de 1974, que ficou deserto, os trabalhos foram adjudicados apenas em outubro de 1978, por 413.356$30. O edifício foi concluído no início de 1979.