O facto de o mercado existente no início dos anos 60 ser “um telheiro [...] com piso de betonilha [...] e coberto por uma arruinada estrutura de madeira e chapas de zinco” ou “não passar de um barracão sem condições para o fim a que se destina”, leva a que a vontade e a necessidade de construção de novas instalações seja urgente.

Em janeiro de 1964, e após visita ao distrito de Beja, o Ministro das Obras Públicas tem conhecimento de estar em andamento o “projeto do mercado que há-de substituir as péssimas instalações atuais”. Regista, ainda, que “o Ministério das Obras Públicas não deixará de dar oportunamente a sua comparticipação para ajudar a Câmara Municipal a realizar este importante melhoramento”, solicitado, à Câmara Municipal de Odemira, o projeto para apreciação e inclusão no Plano de Melhoramentos Urbanos.

O local de construção estava previsto no anteprojeto de urbanização.

A Câmara Municipal mandou elaborar um anteprojeto para o Mercado, aprovado até pelo Conselho Superior de Higiene e pela Direção-Geral de Saúde. A obra esteve no Plano de Melhoramentos Urbanos, em 1966, tendo sido abatida por falta de projeto.

Posteriormente, a pedido da Câmara Municipal, a verba prevista no plano atribuída ao Mercado é transferida para a conclusão do Cineteatro de Odemira. Em 1978 apresenta-se um estudo prévio referente a um novo projeto e a outro local previsto no plano geral de urbanização aprovado. Aprova-se, em 1979, o projeto dos arquitetos António Santos Mattos Gomes e Jorge Manuel Teixeira

Viana.

A obra é iniciada em Fevereiro de 1980.

Em 1984 a Câmara Municipal rescinde contrato com o empreiteiro, “procedendo ela à conclusão dos trabalhos em falta conforme o pessoal de que dispõe e a sua situação económica ou permitir”.