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Edifício dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo

O Quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo foi inicialmente construído entre 1954 e 1955, tendo terreno escolhido desde 1948 e datando o seu primeiro anteprojeto de 1952. Entre esta data e dezembro de 1953, foram elaborados dois anteprojetos, três projetos e um estudo de remodelação de alçados, sofrendo estes sucessivas apreciações negativas pelas entidades competentes, algumas das quais reveladoras as dificuldades de construção deste novo edifício numa zona já consolidada da cidade de Viana do Castelo, junto a elementos com valor patrimonial atribuído. Em janeiro de 1954, com o projeto finalmente aprovado, os trabalhos foram adjudicados a José Pereira Zagallo por 780.000$00, sendo concedida aos Bombeiros uma comparticipação do Estado de 258.000$00. Os trabalhos foram iniciados em fevereiro do mesmo ano e concluídos em novembro. Entre 1955 e 1957, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários debateu-se com a aquisição de mobiliário e, apenas em 1957 aparece a obra como concluída, na publicação do Ministério das Obras Públicas “Obras Públicas Concluídas em 1957”.

Em outubro de 1972, os Bombeiros de Viana do Castelo apresentaram à Direção de Urbanização do Distrito e Viana do Castelo um pedido de subsídio para as obras de ampliação do Quartel, por insuficiência das atuais instalações para o parque de viaturas existente e ainda para a incorporação na Associação das novas competências do Serviço Nacional de Ambulâncias e Socorros a Náufragos e vigilância da praia do Cabedelo. O projeto foi aprovado em 1973 e, em janeiro de 1974, os trabalhos foram adjudicados por 1.385.000$00, recebendo os Bombeiros para esse efeito um subsídio de 260.000$00 pelo Ministério das Obras Públicas. As obras iniciaram-se em fevereiro do mesmo ano, com o empreiteiro a solicitar imediatamente um adiantamento de 600.000$00, devido ao aumento do custo dos materiais e mão-de-obra. Em agosto, a questão aparentava agravar-se pela intensidade das ações de reivindicação encetadas pelos trabalhadores locais por melhores condições de trabalho. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários enviou um conjunto de recortes de jornais à Direção de Urbanização, ilustrando factos que considerava lamentáveis: “pois além dos aumentos propostos pelos grémios, os sindicatos ainda não estão conformes e tencionam ir para as greves e violências”. Em outubro, o adiantamento foi concedido pela Direção-Geral dos Serviços de Urbanização e, em março de 1975, a obra encontrava-se praticamente concluída.

No início de 1977, os Bombeiros de Viana do Castelo voltaram a mostrar intenção de ampliar o Quartel existente, apresentando, em junho de 1978, um anteprojeto. Este projeto de ampliação destinava-se à criação de instalações adequadas para o infantário que vinha a funcionar no Quartel desde há 5 anos, “servindo dezenas de crianças”, e contemplava a criação de 3 dormitórios, 2 salas de trabalhos manuais, sanitários, cozinha e refeitório. Desconhece-se a data de conclusão desta ampliação.

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Identificación

Fecha de Conclusión
1959
Comunidad

Ubicación

Morada
Rua dos Bombeiros, Viana do Castelo
Distrito Histórico (PT)
Viana do CasteloDistrito Histórico (PT)
Contexto
CosteiroContexto
UrbanoContexto

Estado y Utilización

Estado
ConstruidoEstado del Edifício o Conjunto

CronologÍa de Actividades

Actividades 2

Descripción Breve

Análisis Compuesta de Forma, Función y Relación con el Contexto

O Quartel dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo situa-se na Estrada Nacional 13, numa zona central da cidade de Viana do Castelo que já se encontrava consolidada aquando da sua construção, nas proximidades da estação de caminho de ferro, do antigo Asilo dos Velhos e Entrevados, do Teatro Municipal, do edifício da Câmara Municipal e do Centro de Saúde, mais recentemente construído.

O edifício existente, em 2024, apresenta-se com unidade plástica no seu alçado principal, que se define por uma sucessão de 9 elementos modulares de vão amplo no rés-do-chão e janela emoldurada por cantaria de pedra no primeiro andar, e não são aparentes as diferentes fases da sua construção.

A primeira fase, concluída em 1955, incluía apenas os primeiros cinco módulos. O alçado então determinado seria construído em paredes de alvenaria hidráulica e não pretendia “aproximar-se de qualquer estilo arquitectónico definido”, mas procurava integrar-se “no ambiente local sem estabelecer grandes contrastes com a arquitetura dos edifícios vizinhos”. A entrada principal destacava-se por um elemento de exceção no alçado e dava acesso ao gabinete do comandante, ao posto de socorros e à caixa de escadas que estabelecia ligação com o primeiro piso. Permitia ainda a entrada no parque de viaturas - também acessível pelo exterior - ao fundo do qual se organizavam a camarada, vestiário, balneários e sala de estar do pessoal. Por trás do posto de socorros, desenvolvendo-se num corpo mais estreito que definia o edifício original em forma de L, encontrava-se a residência do quarteleiro. O primeiro piso era ocupado, na sua grande parte, por um ginásio e salão de festas com terraço. No pequeno corpo perpendicular à rua, situava-se uma sala de reuniões e sanitários.

A primeira ampliação do Quartel, projetada em 1972, consistiu na construção dos quatro módulos seguintes ao nível do rés-do-chão, em terreno ainda pertencente à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários. Com esta alteração, aumentou-se o parque de viaturas e introduziu-se, nas suas traseiras, vestiários, sanitários, arrecadação e habitação para o pessoal do 115. Procurou-se, nesta intervenção, manter a traça do edifício existente nas fachadas, “prevendo-se a aplicação dos mesmos materiais de acabamento, de modo a conseguir-se perfeito equilíbrio na interligação dos dois corpos”.

O projeto de 1978, para incorporação de um espaço de infantário no Quartel, resultou na construção de um segundo piso na continuação do edifício já existente e no encerramento do terraço no primeiro andar. Através deste e do grande salão criou-se um acesso para um espaço de infantário, com três dormitórios, duas salas de trabalhos manuais, cozinha, refeitório e sanitários. Também aqui se procurou seguir a traça existente, mantendo os mesmos acabamentos e materiais de revestimento, a aplicar sobre uma estrutura agora de betão armado e alvenaria de tijolo.

Documentación

Documentos

A informação constante desta página foi redigida por Catarina Ruivo, em agosto de 2024, com base em diferentes fontes bibliográficas e documentais.

Para citar este trabajo:

Arquitectura Aqui (2024) Edifício dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo. Accedido en 19/09/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/edificios-y-conjuntos/31362/edificio-dos-bombeiros-voluntarios-de-viana-do-castelo

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).