Iniciativa da Comissão de Culto de Perre, o Salão Paroquial de Perre foi concluído em 1976, datando o seu primeiro projeto de março de 1963.

Este projeto, para um edifício destinado a reuniões católicas e sala de espetáculos, situava o Salão Paroquial no adro da Igreja Paroquial de Perre, o que levou a Direção-Geral dos Serviços de Urbanização a considerar que deveria ser reformulado: o adro não deveria ser ocupado por uma construção, mas tratado como recinto ajardinado para embelezamento do local, com árvores de sombra e bancos de cantaria.

O projeto remodelado data de novembro de 1963 e foi elaborado com a assistência técnica da mesma Direção, pelo arquiteto Francisco Augusto Batista. Na sua memória descritiva, descreve-se um Centro Paroquial de Assistência destinado a “educar e orientar as crianças, proporcionando-lhes certo interesse, tirando-as, assim, das ruas”. Incluía espaços para serviços destinados à “Obra das Mães” (3 salas para artesanato, cozinha-refeitório, sanitários e habitação da monitora), salão de jogos e reuniões e salas para catequese. Com o propósito de desempenhar funções de assistência religiosa, cultural, assistencial e recreativa, considerava-se uma obra necessária para “a importante freguesia de Perre, com uma população de cerca de 3.000 habitantes”.

Embora este projeto tenha sido apreciado favoravelmente, não recebeu comparticipação do estado até 1975, por se encontrar numa posição baixa na lista de prioridades da Diocese.

No entanto, ao longo destes anos, o Salão Paroquial foi sendo construído. A Junta de Freguesia recorreu a dinheiro de esmolas e peditórios e, em setembro de 1973, a obra encontrava-se erguida e em utilização, mas inacabada. O presidente da Junta estimava um custo de 220.000$00 para a conclusão dos trabalhos, sendo estes essenciais para a instalação da telescola, que funcionaria no Salão Paroquial a partir desse ano letivo, de forma a “aliviar a concorrência de alunos ao Ciclo Preparatório de Viana do Castelo”. Em fevereiro de 1974, as salas de catequese encontravam-se ocupadas por esta função e a Comissão de Culto pretendia concluir as obras na cave, para lá transferir as salas de aula. Em julho, o presidente da Comissão manifestou-se sobre a urgência de terminar as obras antes do início de um novo ano letivo, “e modo que em Outubro as crianças possam ser acolhidas com um mínimo de conforto e não alojadas em salas com paredes de pedra, tijolo e ainda tectos, sem qualquer revestimento”.

Só em setembro de 1975 foi concedida uma comparticipação do Estado de 204.000$00, rapidamente reforçada em 113.100$00 em novembro do mesmo ano. Em outubro, as salas destinadas à telescola já se encontravam prontas a receber os alunos.

Desconhece-se a data de conclusão da obra, cujo auto de vistoria geral data de maio de 1976.