O edifício está implantado numa zona relativamente central, próximo de uma das vias de acesso a Castelo Branco, a estrada nacional 18. Segundo a memória descritiva do projeto, a conceção geral do edifício foi orientada pela localização.

Pretendia-se instalar no edifício a sede da Junta de Província da Beira Baixa e serviços a seu cargo, nomeadamente a Direção das Finanças, a Direção do Distrito Escolar e o Arquivo Provincial. Cada secção ficaria distribuída de forma independente por cada um dos quatro pisos, ficando as finanças no piso térreo, a sede no primeiro piso, os serviços escolares no terceiro e o arquivo no quarto piso. Cada secção compunha-se de hall, secretaria(s), salas de espera, gabinetes dos diretores (e, eventualmente, de secretário e de adjunto), instalações sanitárias, arquivo, salas de reunião ou de leitura.

A memória descritiva esclarece que a solução formal “está intimamente ligada à respectiva solução funcional, formando um todo único equilibrado a que podemos chamar aspecto arquitectónico.” Também é elucidativa quanto às opções tomadas:

“A disposição de volumes adoptada traduzindo a importância relativa dos arruamentos – praceta e estrada nacional – aliada ao ritmo da construção, os claros escuros obtidos pelas diferenças dos planos, os materiais de revestimento a empregar e ainda, como elemento fundamental, as respectivas côres (sic), permitem afirmar que o conjunto deverá resultar esteticamente muito agradável, digno e actual – nem outra concepção se justificaria – integrando-se convenientemente na parte mais moderna da cidade e traduzindo-se a finalidade do edifício.”