A Casa do Povo de Salvaterra de Magos foi instituída em 1935. A sua sede foi construída entre 1939 e 1941 num terreno disponibilizado, sem encargos, pela Câmara Municipal, que considerou tratar-se de um “notável melhoramento para a vila”. A localização terá partido de uma sugestão do Subsecretário de Estado das Corporações.

O estudo para o edifício foi apresentado em 1938 ao Instituto Nacional de Trabalho e Previdência, tendo sido elaborado por iniciativa de um sócio protetor da Casa do Povo. A documentação consultada não permitiu apurar a autoria do projeto, visto que os desenhos identificados não se encontram assinados. O estudo veio a ser remetido à Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais para apreciação, organismo que também ficou responsável pela fiscalização da obra. A construção obteve comparticipação financeira estatal através do Fundo de Desemprego no valor de 23.500$00.

A sede da Casa do Povo integrava valências de assistência médica, através de um gabinete médico, que em relatórios de inspeção de finais da década de 1950 foi considerado insuficiente para as necessidades dos sócios. Chegou a haver uma proposta para construir um edifício anexo para funcionamento exclusivo dos serviços médicos, elaborada em 1959 pelo construtor civil Francisco Vidigal, que não teve concretização, apesar de ter sido concedido um subsídio pela Junta Central das Casas do Povo para a construção.

Também o plano de construir um rinque de patinagem no terreno anexo à sede, vedando-o com um muro, como resposta às aspirações dos sócios, não passou da intenção. O mesmo sucedeu com um estudo para ampliação do edifício, datado de 1968. Assinale-se, ainda, a tentativa falhada de construir um bairro da Casa do Povo, ideia pensada em 1964.

A par das atividades desportivas, incrementadas a partir de 1969 com a construção do pavilhão desportivo nas traseiras da sede, existiu um rancho folclórico da Casa do Povo de Salvaterra de Magos, criado em 1955. Para além disso, o salão da sede era utilizado como espaço recreativo pelos sócios – foi instalado um aparelho de radiotelefonia em 1948 –, e pelos cursos de lavores e de formação familiar rural destinados ao sexo feminino.

Em 1993, o património desta Casa do Povo passou para a Segurança Social, funcionando no edifício um serviço local de atendimento ao público.

Para mais detalhes, consultar a secção Momentos-chave abaixo.