A Casa do Povo de Glória do Ribatejo foi constituída em 1943, na sequência de um requerimento enviado pelos produtores agrícolas e trabalhadores dessa aldeia. Até então, haviam estado integrados na Casa do Povo de Muge, cuja distância dificultava o acesso à assistência médica. A Casa do Povo de Glória do Ribatejo funcionava em duas divisões de um edifício arrendado de piso único, integrando um posto clínico e uma sala para secretaria, arquivo e reuniões.

A proposta de construção de uma sede própria surgiu em 1947, com pedido endereçado ao Instituto Nacional do Trabalho e Previdência, no qual se previa uma comparticipação estatal de 65% e auxílios financeiros de particulares, para além de verbas da Casa do Povo. Dez anos depois, sugeriu-se a construção da sede segundo o projeto oficial do tipo A, em terrenos que deveriam ser oferecidos pela RARET (Rádio Retransmissão), instalada em Glória do Ribatejo desde 1951. Contava-se com comparticipação através do Fundo de Desemprego e de verbas do Fundo Comum da Junta Central das Casas do Povo.

Em 1960, foi feita uma proposta para inclusão da construção da sede no Plano de Melhoramentos Urbanos desse ano. No entanto, o terreno foi apenas doado pela RARET em 1968. A inauguração do edifício decorreu no ano seguinte, tendo a construção contado com auxílio financeiro do Plano de Construções da Federação das Casas do Povo do Distrito de Santarém. 

Após a extinção da Junta Central das Casas do Povo, em 1985, este organismo ficou ligado à Secretaria de Estado da Segurança Social enquanto Casa do Povo, mantendo autonomia associativa. Em 1993, integrava diversas coletividades culturais, como o rancho folclórico (criado na década de 1950 e ativo em 2025), um grupo de teatro e uma associação para defesa do património etnográfico e cultural; mantinha também sala para atendimento ao público de assuntos da Segurança Social e ambulâncias.

Para mais detalhes, consultar a secção Momentos-chave abaixo.