A construção de um edifício próprio para o Centro Paroquial de Bem-Estar Social de Salvaterra de Magos, que funcionava num acanhado edifício antigo adaptado e sem condições para os seus fins pedagógicos, partiu da iniciativa do padre José Diogo. O Centro de Assistência Social de Salvaterra de Magos – criado em 1947 e antecessor do Centro Paroquial de Bem-Estar Social (originado por união com o Património dos Pobres em 1973) – estava empenhado no auxílio a famílias com reduzidos recursos económicos, prestando serviços de lactário-creche, jardim de infância e pré-escolar, e ainda assistência a adolescentes, casas de trabalho e refeições a inválidos. A viabilidade e a adequação da ideia de construção do edifício foram analisadas e acompanhadas por serviços da Direção-Geral da Assistência Social e do Instituto da família e Ação Social. A necessidade foi comprovada em 1975, justificando-se a construção pelas várias atividades que se pretendiam abranger e pela extensa área carenciada que o empreendimento pretendia cobrir.

Em 1979, o padre José Diogo solicitou, sem sucesso, apoio financeiro à Câmara Municipal, informando possuir um terreno, que fora doado à Fábrica da Igreja, para a implantação do centro, bem como um anteprojeto elaborado pelo arquiteto Jorge Segurado, sob orientação dos Serviços Técnicos da Direção-Geral de Assistência, que veio a ser considerado como pouco funcional e carecendo de revisão. As atas das sessões da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos dão conta da indagação sobre a viabilidade de construir o centro no terreno a nascente do Pinhal da Vila, consentida pela Direção de Urbanização de Santarém. Nessa altura, o centro contava com comparticipação do Ministério das Obras Públicas e subsídio da Direção-Geral da Assistência Social.

O centro demonstrou pretensões de instalar as crianças no novo edifício em 1981, embora ainda faltassem as infraestruturas. De facto, nesse ano, recebeu uma comparticipação de 20.000.000$00 do Ministério dos Assuntos Sociais, numa altura em que o Gabinete de Apoio Técnico apreciava as propostas para execução da empreitada. A câmara municipal apenas teve possibilidade financeira para inscrever uma comparticipação no seu orçamento para 1983. Em 1982, mencionava-se que a sede iria ser construída num terreno do qual seria vendido uma parcela como forma de financiamento adicional à comparticipação estatal. Os pedidos de auxílio financeiro à Fundação Calouste Gulbenkian, endereçados desde 1973, não foram atendidos, visto que a fundação apenas se comprometera a comparticipar uma obra modesta, oposta ao que o projeto previa.

Em 2025, o edifício continua a ser utilizado pelo Centro Paroquial de Bem Estar Social, uma IPSS que integra creche, jardim de infância e ATL.

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