O edifício da Casa do Povo de Britiande foi construído na segunda metade da década de 1940, cerca de uma década depois da sua constituição em 1936.

Em 1954, sentia-se já a necessidade de ampliar as instalações. A atividade recreativa da instituição era descrita como intensa, existindo, na Casa do Povo, um grupo cénico, um grupo folclórico e um grupo de futebol. Até 1953, a Casa do Povo tinha administrado o funcionamento de uma Cantina Escolar, que fornecia alimentação às crianças das escolas primárias e “aos indigentes da área”, tendo esta sido encerrada por falta de recursos.

Em 1958, um novo relatório de inspeção à Casa do Povo referia que o posto médico se encontrava mal apetrechado, a sala de leitura não se encontrava em funcionamento e que o palco do salão teria sido utilizada apenas duas vezes em três anos, para espetáculos de iniciativa alheia à instituição. Notava-se: “Não há leitura, não há jogos e o aparelho oferecido pela FNAT não tem funcionado em boas condições. Nem aos domingos a sede abre para os sócios”.

A tendência de decréscimo de atividade continuou ao longo dos cinco anos seguintes. Um relatório de 1962 informava que a ação da Casa do Povo se reduzia a previdência e assistência, não cumprindo o seu papel de centro de convívio local. Realçavam-se as boas instalações da sede, de aspeto exterior excelente, mas já deteriorada. O telhado, pouco inclinado, não permitia o escoamento das águas e da neve, causando infiltrações no interior. Consideravam-se necessárias obras de conservação do edifício e ampliação do posto médico.

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