O Bairro Novo da Cunheira é um conjunto de habitação económica unifamiliar e multifamiliar, promovido pelo Fundo do Fomento à Habitação (FFH) com intuito de apoiar famílias carenciadas. 

De acordo com a informação encontrada e analisada, em agosto de 1980 é aberto o concurso para o lançamento das empreitadas de construção de 28 e 27 fogos e arranjos exteriores em Cunheira, adjudicadas a Manuel Rodrigues Leão e consignadas em outubro desse mesmo ano.

A construção terá começado em 1982, seguindo-se o processo de eletrificação do bairro - este que só viria a ser concluído em janeiro de 1984. Em agosto de 1983 várias moradias estariam já ocupadas, após concurso destinado aos agregados familiares em situação precária na freguesia.

Em janeiro de 1985 a empreitada é definitivamente entregue. Contudo, em 1987 é feito um pedido para a execução de obras de reparação em alguns dos fogos - facto que não vem inicialmente a acontecer por exclusão das propostas apresentadas a concurso.

Já em 1988 é aberto um novo concruso pela Câmara Municipal de Alter do Chão, para atribuição das moradias vagas, ainda que algumas apresentassem um estado bastante degradado e fracas condições de habitabilidade.

Nesse sentido, em junho de 1990 é ajudicada à firma Construtora do Niassa, Lda. a empreitada de reabilitação do bairro - intervenção esta que se estenderia até 1994.  Entre 1995 e 1998 uma nova empreitada de recuperação de algumas moradias seria levada a cabo pelo empreiteiro Bernardino António Ramalho dos Santos e pela firma Socoliro, S. A.  

Várias das moradias do bairro estiveram constantemente vagas, o que resultou no alojamento de famílias de outras zonas geográficas, como a Grande Lisboa. Além disso, o bairro albergou ainda temporariamente famílias que ficaram desalojadas com um temporal na Aldeia, em 1993.

Além das já mencionadas, inúmeras obras de reparação e conservação tiveram lugar no bairro entre 1986 e 2009

Em 2009, foi elaborada a Carta de Risco do Conjunto pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e pelo Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA).