O concelho de Montalegre – o quarto com maior área de Portugal continental – situa-se no norte do distrito de Vila Real, junto à fronteira com Espanha. Estende-se entre dois grupos de unidades de paisagem (2004 Abreu, Correia e Oliveira) - Montes entre Larouco e Marão e Entre Douro e Minho e, especificamente, nas unidades de paisagem de Serra do Larouco e Barroso, Serra da Cabreira e Montelongo, Serras da Peneda-Gerês. A vila de Montalegre localiza-se na Serra do Larouco e Barroso, uma área com baixa densidade de povoamento, onde a base económica foi historicamente a economia pastoril e agrícola. Predominam práticas tradicionais das atividades produtivas e os núcleos urbanos são circundados por pequenas parcelas de policultura agrícola, ainda hoje servindo um papel de subsistência.

A população do concelho tem vindo a diminuir nas últimas seis décadas. Atingindo o seu auge em 1960, com mais de 32.000 habitantes, o concelho de Montalegre perdeu 20.000 residentes ao longo da década de 60, numa altura de elevada emigração em todo o país. A partir de então, o decréscimo populacional tornou-se menos acentuado - mas sistemático - até que, em 2021, o concelho contabilizava apenas 9.261 habitantes.

Destes, 1.772 residiam na sede de concelho. A vila de Montalegre é um aglomerado urbano com limites definidos, onde se distinguem duas zonas diferenciadas. O casco histórico em torno da zona mais elevada, onde se situa o Castelo, é a área onde se vieram implantar a maior parte dos equipamentos de utilização coletiva da vila, incluindo o Tribunal Judicial, o Mercado Muncipal e a Escola Preparatória D. Nuno Álvares Pereira. Outra zona, de urbanização posterior, é maioritariamente formada encontram habitação e equipamentos construídos depois do 25 de Abril de 1974, assim como loteamento de índole industrial. Estre estes, destacam-se o Bairro de Casas Pré-Fabricadas, o Centro de Saúde e o Quartel dos Bombeiros Voluntários.

Um conjunto de equipamentos que pontua o território de Montalegre atesta, hoje, a importância histórica da produção agro-pecuária do concelho, que a população valoriza e trabalha para reativar, nomeadamente a Quinta da Veiga, os armazéns de Batata, o Edifício da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, ou ainda o edifício onde hoje se instalam os serviços da Cooperativa Agrícola do Barroso.