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Alijó

O concelho de Alijó estende-se desde a serra da Falperra, a norte, até ao Douro, a sul, atravessando um território com características paisagísticas diversificadas, que se traduzem nos seus recursos e atividades económicas. A norte, o concelho entra em Trás-os-Montes, nas unidades de paisagem de Serras da Falperra e Padrela e de Baixo Tua e Ansiães (2004 Abreu, Correia e Oliveira). Estas são paisagens rochosas, marcadas por afloramentos graníticos, onde se encontram ainda parcelas de vinha, cereais, áreas de pastagem e alguns pequenos terrenos de agricultura de subsistência junto às aldeias, assim como manchas de pinheiro-bravo ou eucalipto. Abaixo da serra, o território é marcado pela vinha, inserindo-se na unidade de paisagem do Douro Vinhateiro. A extensão de vinha prolonga-se de Vilar de Maçada até ao rio, nas proximidades do qual se caracteriza pela intensa transformação das encostas com socalcos cujos muros de pedra se extraíram da própria encosta xistosa.

Embora o concelho seja dominado pela paisagem vitícola, dedicada quase exclusivamente à produção de Vinho do Porto, não encontra nesta atividade força para contrariar o declínio populacional que se verifica desde a década de 60. Tendo aí conhecido o seu auge populacional, com mais de 23.000 habitantes, hoje residem aproximadamente 10.500 pessoas no concelho. Destas, cerca de 2.500 habitam na vila de Alijó. A importância da produção do vinho na história da região reflete-se no seu património edificado, nomeadamente em adegas cooperativas construídas ao longo do século XX (como as Adegas Cooperativas de Favaios, Pegarinhos, Sanfins do Douro), na proximidade das quais se encontram, regularmente, conjuntos de habitação pública ou apoiada (como os Bairros da Casa do Povo de Pegarinhos e Favaios, ou o Conjunto Habitacional do Fundo de Fomento da Habitação em Sanfins do Douro).

Se, hoje em dia, parte da população continua a encontrar trabalho sazonal nas vindimas, é do setor terciário que a maioria retira os seus rendimentos. No concelho de Alijó, este setor emprega nove vezes mais trabalhadores que o setor primário.

O concelho é caracterizado por uma urbanização dispersa de pequenos aglomerados, situando-se a sede de concelho próxima do seu centro geográfico. A vila é atravessada pela estrada nacional que leva a sul e sensivelmente limitada pela Nacional 212 que faz ligação próxima à A4. A urbanização é mais densa no eixo norte-sul, ao longo do qual se desenvolveu a vila durante o século XX, marcada pela presença de equipamentos escolares, administrativos, comerciais e culturais. Entre estes, destacam-se dois edifícios cuja construçao se protelou entre as décadas de 40 e 80 do século XX: o Mercado Municipal e o Quartel dos Bombeiros Voluntários.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Equipamento da comunidade

Obras 68

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Vila RealDistrito Histórico (PT)

Documentação

Registos e Leituras 7

A informação constante desta página foi redigida por Catarina Ruivo, em novembro de 2023.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Alijó. Acedido em 05/12/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/comunidades/1548/alijo

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).