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Conversa com Fernando Rosado e Maria Margarida Pombeiro, Salvaterra de Magos

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Title
Conversa com Fernando Rosado e Maria Margarida Pombeiro, Salvaterra de Magos
Date
2025.01.31

Content

Observation or Conversation Record

Registo de conversa mantida pelos investigadores Ana Mehnert Pascoal e Ricardo Agarez com Fernando Rosado, Maria Margarida Pombeiro e Luís Rosado, em Salvaterra de Magos, a quem muito agradecemos as generosas partilhas.

 

Fernando veio para Salvaterra quando se casou com Margarida no final dos anos 80.

Conversámos sobre algumas questões ligadas à economia da região, como a produção de arroz e a ligação à fábrica de tomate de Benavente. A população do concelho é bastante envelhecida, mas nunca houve perda de população expressiva. Nota-se também fixação de população estrangeira nos últimos anos (a comunidade brasileira será a de maior dimensão).

 

Antigamente usavam mais o mercado, que funcionava num edifício que já foi destruído (agora é um estacionamento), próximo da sua casa. O edifício do atual mercado era um celeiro, possivelmente para cereais; foi reconvertido já no século XXI. Como tinha muito espaço, antes de passar a mercado, tem ideia de ter sido usado para alguns eventos. Hoje vai mais ao sábado, embora o mercado esteja aberto todos os dias. Também fazem eventos gastronómicos no edifício.

O antigo edifício dos bombeiros é hoje uma escola de música e dança. O espaço era mínimo e havia pouco espaço para as viaturas, mas Fernando lembra-se de aí funcionarem os bombeiros. Foi possivelmente há volta de 10 anos que mudaram de instalações.

Quando veio para Salvaterra, ainda não existia o edifício do Centro de Saúde. Nessa altura, o antigo hospital também já não funcionava.

O filho, Luís, frequentou o ensino primário na Escola do Parque, no final dos anos 90. Nessa altura já não havia cantina – o edifício construído para cantina funcionava então como armazém. Entretanto, o edifício da escola deixou de ser usado para esse fim. Pertence à Câmara Municipal; a antiga cantina é usada pela Universidade Sénior.

Margarida cresceu em Glória do Ribatejo, com forte ligação à RARET, onde o pai trabalhava como engenheiro técnico. Hoje, a RARET está completamente desativada.

Frequentou a escola da RARET, e no liceu foi para Benavente, havendo um transporte específico da empresa que levava os alunos. Inclusivamente, foi professora na RARET. Os alunos não eram apenas filhos de trabalhadores, a escola estava aberta a alunos da Glória do Ribatejo. Na Glória já havia uma escola primária, que hoje em dia ainda funciona. Lembra-se da divisão entre meninas e meninos quando frequentou o ensino primário. Atualmente, no concelho, só há escolas secundárias em Salvaterra e Marinhais.

A RARET providenciava tudo. Havia uma mercearia e um restaurante, piscina, court de ténis, campo de futebol. Havia uma zona só de habitações. Também havia assistência médica.

Margarida partilhou connosco alguns documentos do seu pai como funcionário da RARET.

 

To quote this work:

Ana Mehnert Pascoal for Arquitectura Aqui (2025) Conversa com Fernando Rosado e Maria Margarida Pombeiro, Salvaterra de Magos. Accessed on 19/09/2025, in https://arquitecturaaqui.eu/en/documentation/notes-from-observation-or-conversation/65131/conversa-com-fernando-rosado-e-maria-margarida-pombeiro-salvaterra-de-magos

This work has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement No. 949686 - ReARQ.IB) and from Portuguese national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., in the cadre of the research project ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).