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Uso Colectivo en
Portugal y España 1939-1985

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Montemor-o-Novo

Apesar da grande relevância política que teve durante os séculos XV e XVI (dada a sua proximidade a Évora), e militar no século XIX (aquando da invasão francesa), a comunidade de Montemor-o-Novo chega ao século XX predominantemente alicerçada numa economia agrícola constituída pela exploração de vastos latifúndios cuja mais valia se manifesta mais afirmadamente entre as elites urbanas do concelho.

É notável o paralelo entre a dimensão das instituições religiosas que se fixaram na antiga povoação intramuralhas ao longo da sua história e os vários equipamentos de grande escala que pontuam a cidade no século XX, como o Hospital São João de Deus, o Teatro Curvo Semedo ou a Sociedade Antiga Filarmónica Montemorense "Carlista". Simultaneamente, também fora da urbe algumas explorações agrícolas atingiam tais dimensões (quase feudais) que espoletavam a necessidade de infraestruturas próprias, desconectadas de qualquer povoação orgânica, como terá sido o caso da Escola Primária de Colónias (atualmente desativada).

Numa via híbrida, podemos ainda encontrar um momento de intersecção entre as realidades urbana e rural, nos Armazéns da EPAC à saída da cidade, também revestidos de uma aura (e escala) monástica reforçando a administração centralizada e urbana dos espólios rurais.

Perante esta realidade, Montemor-o-Novo constituiu-se, naturalmente, como terreno fértil para uma reforma agrária flamejante: estando o seu território circunscrito na Zona de Intervenção da Reforma Agrária (ZIRA) proliferaram Unidades de Produção Coletiva. O espírito desse curto período, entre 1974 e 1977 (até à Lei Barreto que veio frenar o processo da reforma), criou no território uma outra forma de gerir o equipamento coletivo, já não de forma tão institucional, centralizada e impositiva como até aí, mas fazendo florescer outras formas de coletividade e até mesmo um olhar diferenciado sobre o território.

São exemplos desta abordagem social e territorial diferenciada, num contexto mais rural, o Polo Associativo e Multiusos de Santiago de Escoural, a Cooperativa Agrícola de Consumo de Cabrelas, o Centro Cultural Recreativo e Desportivo de Cortiçadas de Lavre e o Centro Cultural de Foros de Vale de Figueira, ou em contexto urbano, a Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas Montemor-o-Novo e o Lar dos Pequeninos.

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Equipamiento de la comunidad

Edificios y Conjuntos 56

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Distrito Histórico (PT)
ÉvoraDistrito Histórico (PT)

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Registros y Lecturas 2
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Aceda aqui à página da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo.

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Esta comunidade foi estudada por João Cardim entre 2023 e 2024. A informação-síntese constante desta página foi redigida por Leandro Arez em março de 2025.

Para citar este trabajo:

João Cardim e Leandro Arez para Arquitectura Aqui (2025) Montemor-o-Novo. Accedido en 06/09/2025, en https://arquitecturaaqui.eu/es/comunidades/15879/montemor-o-novo

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).