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Conversa com Augusto Rebola, Soure

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Identificación

Título
Conversa com Augusto Rebola, Soure
Fecha
2025.01.29
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Registro de la Observación o Conversación

Registo de conversa telefónica mantida pelos investigadores Ana Mehnert Pascoal e Ricardo Agarez com Augusto Rebola, desenhador Departamento de Obras e Urbanismo da Câmara Municipal de Soure, a quem muito agradecemos as generosas partilhas.

 

Criação do Gabinete Técnico Local (GTL) de Soure a 01.09.1985. O trabalho era independente do Gabinete de Apoio Técnico (GAT), que trabalhava para as autarquias, mais a nível de projetos de rede de água, esgotos, levantamentos topográficos. Havia, quando entrou (logo no início do funcionamento), 7 pessoas a trabalhar no GTL: 2 arquitetos (Carlos Figueiredo, que trabalha no atelier Arquitetos da Beira, com sede na Figueira da Foz, e o arquiteto José Bandeirinha.), 1 engenheira civil, 1 assistente social, 1 datilógrafo e desenhadores. 

O GTL foi criado para recuperação da zona histórica de Soure, incluindo a nível habitacional, e toda a sua intervenção foi aí. A iniciativa da criação foi da Direção-Geral da Administração Local (Estado Central), que criou gabinetes para recuperar zonas históricas a nível habitacional. Trabalhava-se mais na recuperação urbana, também habitações degradadas. . Era um investimento com fundos estatais, embora tivessem instalações na autarquia (não eram funcionários municipais). Só funcionou de 1985 a 1987, pois não se renovaram os contratos. Colaboravam com o GAT e com a Câmara Municipal de Soure. Trabalhavam diretamente no projeto: remodelação da Biblioteca Municipal, do Museu de Soure (antigo posto da GNR), intervenções em alguns edifícios e praças.

Trabalhou, depois, com o arquiteto Figueiredo no Plano Diretor Municipal de Soure.

As piscinas de Soure e Vila Nova de Anços já foram projetos posteriores ao GTL. O arquiteto Figueiredo fez as piscinas, ficou a trabalhar em Soure com uma avença, e Augusto Rebola trabalhou diretamente com ele (passou para os quadros da Câmara Municipal em 1992).

O Salão Paroquial é projeto de Figueiredo e Bandeirinha.

Fizeram intervenção na central elétrica para adaptação a restaurante, possivelmente já depois de 1987. Pretendia dar-se movimento ao edifício, mas o restaurante, entretanto, fechou. Tem ideia que recentemente foi cedido à APPACDM ou à Santa Casa da Misericórdia.

Estudou nos anos 70 no edifício da Segurança Social, era uma escola comercial e industrial na altura (ocupava todo o edifício, dividido pelos dois pisos). Parte foi cedido depois à Rádio Popular de Soure. O edifício foi remodelado nos anos 80, com projeto da arquiteta Maria João Figueiredo, esposa do arquiteto Carlos Figueiredo, que trabalhou na Câmara Municipal da Figueira da Foz e, nessa altura, trabalhava no GAT (a câmara de Soure não tinha então gabinete para fazer esse tipo de projetos).

O Liceu funcionava no edifício da Banda de Soure, nos anos 60/70. 

O edifício da sede da Associação Empresarial antigamente era um liceu particular. Por volta dos anos 70 "passou para a parte escolar, e funcionava lá o antigo ciclo preparatório". O edifício deve ter sido construído na década de 1950. À volta era tudo terra batida, nada estava urbanizado. A Câmara Municipal adquiriu o edifício na totalidade e foi adaptado há cerca de 15 anos. Existe também um pavilhão gimnodesportivo, ao lado, já dos anos 90.

Há vários celeiros da EPAC, a agricultura era o ponto forte. Não sabe a quem pertencem atualmente. No celeiro de Soure estão armazenados materiais da Junta de Freguesia de Soure (por exemplo dos bombeiros, para fazer simulacros). Do outro lado da linha do caminho-de-ferro havia um edifício com umas torres, da CUF, dos adubos químicos; hoje está tudo degradado.

Antigamente, junto às piscinas, havia o mercado do peixe, "um edifício muito bonito", com coberturas individuais por cima de cada bancada. Entretanto, foi feito um novo edifício para o mercado do peixe, com projeto do arquiteto Figueiredo. O mercado municipal foi intervencionado de raiz e deram-lhe uma nova cara; também tinha outros serviços da câmara a funcionar lá, não só venda de produtos.

sanitários públicos subterrâneos localizados no centro da vila. Sofreram melhoramentos quando foi feita uma praça.

No edifício da antiga cadeia não foram feitas alterações, apenas passou a funcionar como arquivo. O gabinete de Augusto Rebola fica na parte onde chegou a ser residência do diretor da prisão, no andar de cima. O arquivo ocupa a zona das celas.

Havia antes um armazém de vinhos onde veio a ser construído o edifício da Caixa Geral de Depósitos. Foi comprado e construiu-se o edifício, com demolição do anterior.

A zona do parque de estacionamento, junto ao Parque da Várzea, eram terras de cultivo de milho, nos anos 60/70.

Para citar este trabajo:

Ana Mehnert Pascoal para Arquitectura Aqui (2025) Conversa com Augusto Rebola, Soure. Accedido en 19/09/2025, en https://arquitecturaaqui.eu/es/documentacion/notas-de-observacion-o-conversacion/65155/conversa-com-augusto-rebola-soure

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).