Na implantação do projeto para o novo Tribunal da Covilhã, desenvolvido pelo arquiteto Januário Godinho em 1954 , vê-se que o Tribunal de Justiça fazia parte de um conjunto de proporções consideráveis que não chegou a ser totalmente construído como projetado. O edifício da Justiça ocupava uma posição simétrica ao Tribunal do Trabalho em relação a um novo eixo de expansão da zona urbana da Covilhã que culminava numa praça ladeada por edifícios de "arquitetura condicionada".

O Tribunal de Justiça proposto organiza-se em torno de dois corpos longitudinais que convergem para o gaveto das ruas que vão dar à praça projetada e da sala de audiência que ocupa o centro do edifício, iluminada por uma cúpula envidraçada de grandes proporções, decorada por um painel escultórico. O edifício projetado tem partes de dois e três pisos; a verticalidade é reforçada nos alçados pelo ritmo da estrutura e das fenestrações, cuja altura alcança os dois pisos superiores.