Em setembro de 1959 encontrava-se já iniciado o processo que levaria à construção, pela Conferência de S. Vicente de Paulo da Freguesia da Sé de Bragança, de 4 casas em regime de “Património dos Pobres”, de acordo com projeto-tipo MU/20 da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização, num terreno próximo das instalações da Junta Nacional das Frutas. No entanto, quando, em julho de 1957, a Conferência solicitou a concessão de um subsídio ao Ministro das Obras Públicas, este dizia respeito a apenas 2 edificações geminadas. Solicitava-se a quantia de 5.000$00 por fogo, totalizando 10.000$00. Os restantes 35.000$00 do orçamento então estimado seriam oriundos de fundos angariados pela Conferência. Esta comparticipação, a conceder pelo Fundo de Desemprego, foi autorizada em novembro do mesmo ano.

Os trabalhos de construção foram iniciados oficialmente em outubro de 1957, embora ainda sem se encontrar aprovado o estudo de implantação. Em dezembro do mesmo ano, um relatório de visita de fiscalização à obra, elaborado pela Direção de Urbanização de Bragança (DUB), relatava que as casas já se encontravam concluídas.

Em fevereiro de 1959, a Conferência de S. Vicente de Paulo voltou a solicitar um subsídio para a construção de 2 fogos, numa quantia de 10.000$00 relativa ao orçamento total de 67.400$00. No entanto, em junho do ano seguinte, antes da aprovação e processamento de qualquer comparticipação, a Conferência informou a DUB de que as casas já se encontravam concluídas. Em resposta, a DUB indicou que ”o subsídio de Esc. 10.000$00 previsto no Plano em vigor se destina a mais duas casas a construir sob a orientação e fiscalização destes Serviços, não podendo, por conseguinte, serem consideradas as habitações levadas a efeito sem tal intervenção”. Após visita de fiscalização à obra, em outubro do mesmo ano, a DUB volta a referir não ser possível dar “garantias seguras sobre a eficiência da construção, uma vez que a obra decorreu totalmente sem a orientação e fiscalização dos Serviços”. Ainda assim, no mesmo mês, foi autorizada a aplicação do subsídio nas duas casas construídas.