Buscar por

Objeto

Agentes

Actividades

Documentación

Centro Cultural, MarvãoCentro de Convívio Cultural e Recreativo, Marvão

O Centro Cultural de Marvão foi construído por iniciativa da antiga Comissão do Centro de Convívio Cultural e Recreativo de Marvão [a atual associação Centro Cultural de Marvão] com o intuito de permitir aos habitantes da vila de Marvão, nas suas horas de lazer, disporem de um lugar onde pudessem conviver, reunir-se e recrear-se – sobretudo em época invernosa, em que o número de visitantes se revelava melhor e trazia alguma monotonia à vida da população – contribuído para o desenvolvimento sócio-económico-cultural do concelho.

Tanto quanto a documentação recolhida e analisa permite compreender, o processo iniciou-se em maio de 1979 com a solicitação da comparticipação do Estado, através do Ministério da Habitação e Obras Públicas. Reconhecida a utilidade pública da Comissão do Centro de Convívio Cultural e Recreativo de Marvão, é aberto o processo definitivo em agosto do mesmo, com vista ao pedido formal de assistência financeira, e elaborado um anteprojeto pelo Gabinete de Apoio Técnico de Portalegre. 

Informado favoravelmente por diversos serviços, o anteprojeto dá lugar ao projeto definitivo submetido a aprovação em novembro de 1979, sob pena do parecer da Direção-Geral do Património Cultural, atendendo à sua integração no conjunto patrimonial intramuros que compõe o centro histórico da vila de Marvão. Tendo em conta as observações feitas por essa direção, e pelo seu sucessor Instituto Português do Património Cultural em 1982, o projeto viria a ser substituído e novamente apreciado.

Este projeto, elaborado igualmente pelo Gabinete Técnico de Portalegre, viria então a ser aprovado em julho de 1983, iniciando-se os trabalhos em outubro de 1984 – mediante a manifestada disponibilidade financeira do Centro de Convívio Cultural e Recreativo de Marvão. 

Contudo, em fevereiro de 1985, as características topográficas do local implicariam algumas alterações ao projeto, que viriam a ser aprovadas em 1985 e previam uma ampliação e uma melhoria no aspeto arquitetónico do alçado principal – orçando-se a obra num valor total de 10.000.000$00.

Os trabalhos viriam a ser concluídos em junho de 1988.

Atualmente [2024], o Centro de Cultural de Marvão parece manter as suas funções e administração, sendo que nele funciona um pequeno bar-restaurante, de exploração privada. 

 

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Identificación

Comunidad

Ubicación

Morada
Largo de Olivença 7
Distrito Histórico (PT)
PortalegreDistrito Histórico (PT)
Contexto
UrbanoContexto
InteriorContexto

Estado y Utilización

Estado
ConstruidoEstado del Edifício o Conjunto
Protección
Insere-se na Zona Especial de Proteção do Castelo de Marvão (considerado como Imóvel de Interesse Público) e na área protegida da Serra de São Mamede.
Propietario
Usuario

CronologÍa de Actividades

Actividades

Descripción Breve

Análisis Compuesta de Forma, Función y Relación con el Contexto

O Centro Cultural de Marvão localiza-se no lado nascente da vila de Marvão, no Largo de Olivença, nas imediações da antiga Casa do Povo de Marvão. Implantado no núcleo histórico intramuros da vila, foi aí construído com a intenção de beneficiar o largo que anteriormente contava com edificações em ruínas, acompanhando a topografia do terreno. 

Com um projeto da autoria do Gabinete de Apoio Técnico de Portalegre, o seu programa distribui-se em dois pisos. O piso inferior conta com um espaço amplo e polivalente, com arrecadações, instalações sanitárias (masculinas e femininas) e e abrigo de viaturas - este último que, pela ausência dos grandes vãos com portões, previstos no projeto, parece ter deixado de existir. O acesso a este é feito através de diversas entradas, que se localizam num pequeno alpendre formado por colunas de betão - onde atualmente parece ocorrer pontualmente a venda de produtos alimentares agrícolas.  

Por sua vez, o piso superior conta com um salão recreativo, uma sala pública, e uma zona de bar com arrumação e instalações sanitárias (masculinas e femininas). O acesso a este pode ser feito através do piso inferior, bem como através das escadas que ladeiam o edifício, a nascente (Travessa do Chabouco), e dão acesso a uma zona de terraço-esplanada composta por uma estrutura de colunas e vigas de betão que permitiam a filtragem da luz direta do sol e a circulação de ar - bem como a eventual colocação de vegetação ou toldos para uma sombra mais efetiva. 

O tratamento do alçado principal destaca-se pela presença dos vãos, que permitem alguma plasticidade, a par do jogo de luz e sombra que o alpendre do piso inferior permite criar. 

No seu todo, o conjunto caracteriza-se pela simplicidade e sobriedade da sua composição - ainda que respondendo ao programa do ponto de vista funcional - integrando-se de forma exímia no espaço urbano do centro histórico e na relação que estabelece com a praça e com o restante enquadramento. 

Atualmente [2024] o Centro Cultural de Marvão parece manter as suas funções e poucas parecem ter sido as intervenções ao nível da arquitetura (além do eventual estreitamento dos vãos que serviam o abrigo de viaturas). No piso superior, funciona um pequeno bar-restaurante, de exploração privada. 

Materiales y Tecnologías

Estrutura
Hormigón ArmadoMateriales Construción
Construción
Albañilería de LadrilloMateriales Construción
Acabado y Decoración
TelhaMateriales Construción

A informação constante desta página foi redigida por Tiago Candeias, em abril de 2024, com base em diferentes fontes documentais e bibliográficas. 

Para citar este trabajo:

Arquitectura Aqui (2024) Centro Cultural, Marvão. Accedido en 19/09/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/edificios-y-conjuntos/19725/centro-cultural-marvao

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).