A sede da Casa do Povo de Rossio ao Sul do Tejo terá sido construída, aproximadamente, entre 1941 e 1943, anos durante os quais a direção da Casa do Povo recebeu financiamento do Estado para a sua construção. O edifício seguia um projeto tipo de Casas do Povo e a sua construção custou um total de 135.000$00.

Nos anos imediatamente a seguir à conclusão do edifício, a Inspeção dos Edifícios Corporativos começou a considerar a dissolução do organismo, por falta de cumprimento de obrigações contratuais entre a Casa do Povo e os doadores do terreno onde foi construída a sede e pela ocupação do novo edifício contra indicações superiores. Um relatório de inspeção de fevereiro de 1945 manifestava ceticismo relativamente à afirmação pela direção da Casa do Povo de que foi “o estado de excitação da população que levou à desobediência ao determinado sobre a inauguração da Sede”, embora não se considerasse possível. “definir até que ponto os dirigentes da Casa do Povo influíram na população por forma prejudicial aos interesses da ordem pública”. Mais, o mesmo relatório refletia que teria sido um erro a criação de uma Casa do Povo na freguesia de Rossio ao Sul do Tejo, onde a população rural era reduzida. Assim, embora a Casa do Povo tivesse já organizado uma banda, um grupo cénico e uma equipa de futebol, e usufruísse ainda do apoio da população, o relatório indicava que a melhor solução para os problemas encontrados seria a extinção do organismo, aproveitando a vontade dos doadores do terreno de comprar o edifício.

A atividade da Casa do Povo foi suspensa em julho de 1946. No início de 1952, o edifício encontrava-se abandonado. Em setembro de 1959, um relatório de inspeção explicava que todos os bens móveis e imóveis haviam sido entregues à guarda da Câmara Municipal de Abrantes e os valores em dinheiro à Delegação de Santarém.

Não foi possível, no decorrer do trabalho, perceber se o edifício da Casa do Povo de Rossio ao Sul do Tejo ainda existe ou onde foi originalmente construído.