O edifício da Sede da Administração Florestal de Viana do Castelo foi construído em 1955, por iniciativa da Direção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas (DGSFA).

O terreno já tinha sido escolhido pela mesma Direção em maio de 1946, tendo sido posto à disposição da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) apenas em dezembro de 1950, para construção de um edifício principal destinado a sede dos serviços, de uma garagem, de uma casa de guarda, de uma cocheira e de uma arrecadação. No entanto, em 1952 ainda não existia projeto definitivo para o conjunto, pelo que a Direção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas obteve autorização para ocupar os prédios existentes no terreno adquirido enquanto não se iniciam as obras. O anteprojeto, elaborado pelo arquiteto Jorge Santos Costa - autor do projeto do edifício da Administração Florestal da Covilhã -, recebeu parecer favorável da Comissão de Revisão da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais no final de 1952 e, em setembro de 1953, a empreitada foi adjudicada por 296.000$00.

No entanto, passado um ano, a Direção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas solicitou a introdução de uma variante no projeto, após entendimento com o arquiteto para a inclusão de garagens no edifício, que aproveitassem o relevo existente no terreno. O pedido foi inicialmente recusado pelo Ministro das Obras Públicas, devido ao seu custo elevado. Após explicação, por parte da Direção-Geral, de que “não seria possível ou vantajoso concluir” o projeto “em obediência perfeita ao seu projeto inicial”, por parte do edifício estar elevada sobre o terreno, obrigando a obediência ao projeto “a um grande aterro e à construção de um muro de suporte para esse aterro”, O Ministro das Obras Públicas emitiu um despacho, em janeiro de 1955, pelo qual incumbia a Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais de esclarecer, mediante inspeção da obra: “circunstâncias que justifiquem a não obediência ao projeto aprovado, de que resultou a situação de facto a que se refere [a DGSFA] (…); simplificação mais possível no projeto da variante proposta no sentido da redução do custo global da obra”. Com um orçamento reduzido, a alteração foi aprovada ainda no início do ano, e o edifício concluído em agosto de 1955.