Em setembro de 1963, quando o Prior de Areosa solicitou um subsídio para a conclusão do edifício para o Centro de Assistência Social ao Ministro das Obras Públicas, os trabalhos já decorriam há 6 meses, levados a cabo pelos habitantes da localidade, muitos dos quais operários. Faltava, nesse momento, guarnecer o edifício de portas e janelas e concluir os acabamentos interiores e exteriores, ficando estes últimos “a cargo de profissionais desta freguesia, que [realizariam] o trabalho nas horas vagas”.

O edifício, então já em grande parte construído, incluía instalações para uma diversidade serviços sociais: uma cozinha para dar sopa às crianças pobres da freguesia; uma sala para instalação da sede da Sociedade Columbófila Areosense; salas para catequese (então ensinada na Igreja e nos baixos da Residência Paroquial, em espaço demasiado reduzido para as 600 crianças que a frequentavam); sala de reuniões; consultório médico e posto de primeiros socorros; sala para instalação da Biblioteca Fixa n.º 36 da Fundação Calouste Gulbenkian (até então também provisoriamente instalada na Residência Paroquial); salão para cinema, teatro e sala de sessões. Nestas instalações, pretendia-se também realizar “cursos de instrução popular e conferências aos operários, aos metalúrgicos, aos lavradores”, ou ainda cursos de costura, culinária e bordados.

A obra foi considerada necessária pela Direção-Geral dos Serviços de Urbanização em fevereiro de 1964 e o projeto foi apreciado favoravelmente pela Direção de Urbanização de Viana do Castelo em junho do mesmo ano. No entanto, dada a baixa prioridade atribuída à obra pela Diocese, esta nunca chegou a ser comparticipada pelo Estado, tendo o processo sido arquivado em 1974.

O edifício, construído segundo o projeto apreciado favoravelmente em 1964, existe junto à linha de caminho de ferro e abrindo para a Rua da Vinha. Desconhece-se como se procedeu o processo de conclusão dos trabalhos, que terão sido fruto dos esforços da população local.