A Restauração do Reino do Algarve: reformismo económico nos finais do Antigo Regime
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Do resumo:
"Nos últimos cinquenta anos do Antigo Regime, e sob a égide das Luzes, o Algarve foi alvo de um amplo projecto de reformas que ficaria designado, à época, por “Restauração do Reino do Algarve”. Este projecto reformista visava a recuperação económica da regiãoalgarvia, em vários sectores: propriedade fundiária e agricultura, pescarias, comércio. Visava, também, empreender uma reorganização administrativa do território regional. A Restauração foi inicialmente concebida durante o reinado de D. José I, por intervenção do Marquês de Pombal, mas teria continuidade no reinado seguinte de D. Maria I, por intermédio da Intendência Geral da Polícia, com Pina Manique, ou de prelados esclarecidos nomeados para a Diocese do Algarve, de entre os quais se destaca D.Francisco Gomes de Avelar.
Recorrendo a um conjunto de fontes documentais manuscritas e impressas, a presente tese procura analisar de forma detalhada o referido projecto reformista, nas suas diversas vertentes. A questão central é a seguinte: tendo ocorrido, de facto, uma actuação reformista contínua direccionada para o Algarve, será que essas reformas se traduziram num desenvolvimento económico e sustentado da região, a mais longo prazo? A nossa investigação permitiu-nos concluir que, apesar da intervenção reformista sistemática, não ocorreu um desenvolvimento económico da região em nenhum dos sectores visados pelas reformas.
Contextualizada no mais vasto movimento intelectual do Iluminismo, esta tese permite, assim, dialogar com os debates sobre os alcances e limites do reformismo ilustrado, ou até com os debates mais amplos sobre instituições e desenvolvimento económico nas economias pré-industriais."
To quote this work:
Arquitectura Aqui (2024) A Restauração do Reino do Algarve: reformismo económico nos finais do Antigo Regime. Accessed on 21/11/2024, in https://arquitecturaaqui.eu/en/documentation/bibliography/48710/a-restauracao-do-reino-do-algarve-reformismo-economico-nos-finais-do-antigo-regime