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Miranda do Douro

O concelho de Miranda do Douro situa-se no nordeste transmontano, onde Portugal faz fronteira com Espanha junto ao rio Douro, numa das zonas mais remotas e de difícil acesso do país. Grande parte do concelho está englobado no Planalto Mirandês, uma unidade de paisagem que se estende entre Vimioso e Mogadouro e é caracterizada pela sua altitude, combinada com um relevo plano ou ligeiramente ondulado (2004 Abreu, Correia e Oliveira). Esta área é marcada por um aproveitamento agrícola relativamente intensivo de cerais ou pastagens, desenvolvido em pequenas parcelas, aparecendo vinhas e pomares junto aos aglomerados urbanos. Estes são dispersos e de estrutura pouco definida, sendo por vezes difícil identificar o seu centro e os seus limites.

A sede do concelho encontra-se no Douro Internacional, no topo de uma das suas encostas íngremes em paredes de xisto. Aqui, a paisagem foi brutalmente alterada em meados do século XX, com a construção das barragens de Miranda, Picote e Bemposta.

Estas representaram também uma transformação no tecido urbano e social de Miranda do Douro. Tendo sido historicamente um território disperso e pouco denso, o concelho sofreu um crescimento populacional significativo durante a construção das barragens com o aumento de pouco menos de 13.000 habitantes em 1950 para aproximadamente 19.000 em 1960. Em 1970, a população do concelho tinha já reduzido para um número de habitantes inferior ao de 1950 e continuou a diminuir até hoje. Os censos de 2021 registaram aproximadamente 6.500 residentes no concelho, dos quais pouco mais de 2.000 vivem na sua sede. Mantêm-se, hoje, vestígios deste momento de crescimento populacional no património edificado da cidade: O Bairro Verde, a antiga Piscina, o Auditório e a atual Unidade de Cuidados Continuados (antigo Hospital Sub-Regional) são o resultado direto da grande obra de construção da Barragem de Miranda.

Até ao momento de construção desta barragem, quando se implantou uma nova zona residencial a sul, a cidade manteve-se definida pelos limites das suas muralhas. A partir de inícios de 1970, a cidade começou a expandir-se para norte, onde se situam hoje a maior parte dos seus equipamentos e habitação. Entre estes, destaca-se o Conjunto do Fundo de Fomento de Habitação na zona da Terronha, o Quartel dos Bombeiros Voluntários e o Mercado Municipal.

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Equipamiento de la comunidad

Edificios y Conjuntos 50

Ubicación

País
Distrito Histórico (PT)
BragançaDistrito Histórico (PT)

Documentación

Registros y Lecturas 7

A informação constante desta página foi redigida por Catarina Ruivo, em novembro de 2023. O estudo desta comunidade beneficiou do importante e generoso contributo de Margarida Nunes, a quem muito agradecemos.

Para citar este trabajo:

Arquitectura Aqui (2024) Miranda do Douro. Accedido en 07/12/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/comunidades/1660/miranda-do-douro

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).