O edifício da Casa do Povo de Penamacor encontrava-se em construção nos inícios da década de 1950 (segundo a memória descritiva da construção de um edifício destinado a posto da polícia, 01 junho 1951). Foi concluído em 1953, substituindo as anteriores instalações, consideradas inadequadas, num edifício arrendado que pertencia à extinta Associação Artística de Penamacor. O organismo havia sido constituído em 1938. A construção do novo edifício importou em c. 220.000$00, tendo recebido financiamento do Fundo Comum das Casas do Povo e do Fundo de Desemprego.

No final da década de 1960, a direção da Casa do Povo solicitou à Câmara Municipal de Penamacor a cedência da parcela de terreno localizada nas traseiras do edifício para construção de um parque desportivo para os filhos dos associados, o que se considerava uma obra relevante para a vila. Aparentemente, esta ideia não saiu do papel, visto que em 1976 houve um novo pedido de obtenção do terreno para ampliação das instalações da Casa do Povo, com apresentação de projeto para construção de um edifício com arrecadação na cave e salão para funções que não era possível realizar no salão destinado a reuniões do edifício primitivo, como ensaios de peças de teatro e ranchos folclóricos, salão de jogos, convívios com televisão ou empréstimo para casamentos dos sócios. Nessa altura, apontava-se que o terreno se encontrava devoluto; segundo testemunhos locais, tratava-se de um morro. Essa ampliação foi levada a cabo quando a presidência da Casa do Povo cabia ao Major Robalo.

Durante o período anterior à democracia, o edifício integrou serviços médico-sociais da Federação de Caixas de Previdência. Em meados da década de 1950, a inspeção feita à Casa do Povo considerou a dependência do posto médico adequada, mas insuficientemente apetrechada. Ao longo do tempo, os espaços serviram para convívio dos associados, havendo inclusive celebração de festas de casamento no salão do edifício, conforme atestam vários testemunhos recolhidos em Penamacor. De facto, em 1978 foram efetuadas obras de ampliação do salão de festas do edifício, tanto para utilização para festas e casamentos, como para a prática de ginástica pelos alunos dos estabelecimentos de ensino de Penamacor, dada a inexistência de infraestruturas para esse fim (Jornal do Fundão, 28 de abril de 1978). Também funcionou uma escola de música no edifício.

Atualmente, o edifício mantém as suas valências como espaço cultural, servindo para convívios e realização de atividades de exercício físico, por exemplo, e também como sede do rancho folclórico.