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Adega Cooperativa, Bragança

Em novembro de 1955, data do projeto do arquiteto Vasco Vivaldo Leone para a Adega Cooperativa de Bragança, com orçamento de 1.646.082$00, já tinham sido elaborados um anteprojeto e variante de acordo com programa fornecido pela Junta Nacional do Vinho e em colaboração com os seus Serviços Técnicos.

O edifício principal da Adega Cooperativa terá sido concluído entre esta data e setembro de 1962, altura em que se encontrava já em pleno funcionamento. Tendo beneficiado de uma colheira superior à capacidade da adega, assim como de um grande aumento de associados, a Adega Cooperativa de Bragança, SCRL, iniciou, nesta data, a construção de um edifício anexo. No entanto, por se iniciarem as obras sem licença camarária, a adega cooperativa foi autuada, tendo posteriormente efetuado um pedido de autorização de construção, a título provisório, de um barracão junto à adega, com projeto de António Augusto Paradinha.

Ao longo da década de 1960, as instalações da Adega foram-se expandindo, de acordo com o seu crescente trabalho. Em 1965, a agora Cooperativa Agrícola da Terra Fria voltou a sentir a necessidade de expansão, desta vez com a construção de quatro depósitos “Airform”. Em 1967, devido ao “constante aumento de venda de vinhos engarrafados e engarrafonados para o mercado interno e externo”, a Cooperativa Agrícola encomendou o projeto de um armazém anexo à adega. Tendo, mais uma vez, iniciado os trabalhos previamente a receber licença camarária, as obras foram embargadas pela Câmara Municipal de Bragança em maio de 1969, não sendo possível, através da documentação, identificar a data de conclusão ou entrada em funcionamento deste novo edifício.

Aprendemos, no encontro realizado em Bragança em 14 de julho de 2023, em conjunto com o núcleo Ciência Viva da cidade, sobre “ A Cidadania Científica, os seus Edifícios Públicos e a sua História”, que a amplitude e variedade espacial deste edifício dedicado à fabricação e armazenamento do vinho, permitia também a sua utilização para um conjunto de funções variadas pelas crianças que residiam na sua vizinhança. De acordo com um contributo que permanece anónimo, em meados da década de 1970, grupos de crianças jogavam futebol entre os "balões" de vinho (depósitos "Airform"), faziam corridas em torno do edifício (de bicicleta ou a pé), organizavam corridas de caricas ou juntavam-se ainda dentro dos balões de vinho exteriores, quando vazios, para jogar às cartas. 

Si tiene alguna memoria o información relacionada con este registro, por favor envíenos su contributo.

Identificación

Fecha de Conclusión
1960
Comunidad

Ubicación

Morada
Avenida da Dinastia de Bragança, 5300-274 Bragança
Distrito Histórico (PT)
BragançaDistrito Histórico (PT)
Contexto
InteriorContexto
UrbanoContexto

Estado y Utilización

Estado
ConstruidoEstado del Edifício o Conjunto
Uso Inicial
Otros ˃ Agricultura y Pesca ˃ BodegaTipología Funcional

CronologÍa de Actividades

Actividades 2

Descripción Breve

Análisis Compuesta de Forma, Función y Relación con el Contexto

O edifício da Adega Cooperativa de Bragança encontra-se no ponto de encontro das estradas nacionais 308-3 e 103-7 e próximo do local onde a Estrada Nacional 15 se transforma no principal eixo viário de Bragança, a Avenida das Forças Armadas. Este local de ampla acessibilidade viária, encontrava-se, na altura da construção, próximo da então funcional via férrea e da estação ferroviária. Hoje, localiza-se junto ao limite norte da área urbanizada da cidade, numa zona maioritariamente residencial.

O edifício é composto por dois volumes perpendiculares onde se organizam funções distintas.

O corpo principal volta-se para a entrada do terreno com o pé-direito equivalente a 3 pisos marcado por rasgos verticais no alçado principal, por baixo dos quais se desenvolve um elemento horizontal que desenha a entrada no edifício. O telhado desenvolve-se em duas águas desencontradas, permitindo a criação de um vão que ilumina o amplo interior da zona dedicada à adega, que se desenvolve em pé-direito triplo nas zonas adossadas às fachadas principais. O interior é tripartido; os depósitos localizam-se junto às fachadas laterais e são acessíveis através de uma galeria central, também de pé-direito triplo. Esta divisão em três do espaço interior do corpo principal da Adega deveria permitir “ampliações sucessivas (…) com o mínimo de dispêndio de adaptações e de forma que o conjunto parcial ou total seja funcional, perfeito e com aspecto arquitectónico harmonioso e equilibrado” (da memória descritiva do projeto de arquitetura, 1955).

O segundo corpo, destinado a instalação de frasqueira, da direção e serviços e da habitação do guarda, é mais curto e paralelo à estrada. O primeiro piso é dedicado a instalações de uso da Adega (frasqueira, refeitório do pessoal e sanitários), o segundo a divisões administrativas e o terceiro à habitação do guarda, incluindo três quartos, sala, cozinha e sanitários.

A informação constante desta página é fruto do trabalho de Catarina Ruivo e Ivonne Herrera, realizado ao longo de 2023, e foi reunida através de fontes documentais e bibliográficas. Conta ainda com o precioso contributo de participantes do encontro encontro realizado em Bragança em 14 de julho de 2023, em conjunto com o núcleo Ciência Viva da cidade, sobre “ A Cidadania Científica, os seus Edifícios Públicos e a sua História”.

Para citar este trabajo:

Arquitectura Aqui (2024) Adega Cooperativa, Bragança. Accedido en 19/09/2024, en https://arquitecturaaqui.eu/es/edificios-y-conjuntos/3996/adega-cooperativa-braganca

Este trabajo ha sido financiado por European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) y por fondos nacionales portugueses por intermedio de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., en el contexto del proyecto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).