Conversa com o Raul Silva em Miranda do Douro em maio de 2023. Conversa mantida com as investigadoras Ivonne Herrera Pineda e Catarina Ruivo.

Raul Silva é natural de Miranda do Douro. Grande conhecedor da sua história e património, trabalha fazendo visitas guiadas pela cidade. Da iniciativa Arquitectura Aqui, agradecemos a sua amabilidade em falar connosco.

Seguem-se algumas das informações partilhadas durante a conversa.

Tribunal

O tribunal tinha um portão, que ia dar acesso a um edifício de trás, que era a cadeia.

O infantário esteve na cadeia, situada na parte de trás do tribunal. Na altura do ano 1974 as crianças usaram as celas ao tempo que outras celas eram usadas por preços. Metade das celas passou a ser infantário. E a outra metade, servia como cadeia,

No outro anexo do Tribunal está uma associação cultural e ali fazem os ensaios de música

Antigo hospital

O atual refeitório era o gabinete da diretora.

O hospital ficou demasiado pequeno e construíram o centro de saúde ali.

- Investigadora: O que você se lembra de viver perto do hospital?

- Raul: "Nós aqui éramos o centro de informação. Na aquela altura não tínhamos acesso à net, para ver o que é que aconteceu. Então aqui, aqui passava uma ambulância, a gente agarrava e ia lá para ver".

Lar de Terceira Idade

O lar não tem boas condições para os utentes: rampa, portinhas no interior, sala de espera para utentes, etc.

O futuro lar estará perto do cimenteiro. O lar deberia procurar ser um espaço de dignidade.

"Nós hoje não podemos exigir que este edifício tenha hoje"... [elementos que hoje são percebidos como necessários ou obrigatórios].

[Sobre a sua estética e altura]: “A mim não me perturba olhar para ali”.

Mercado

O mercado nunca funcionou.

As bancas do interior nunca foram usadas

Ele não acostuma fazer as compras, mas acha que na altura quando não havia supermercados, a gente também não iba as lojas do mercado

Estação fronteiriça

Foi feito com os dinheiros da população