Almeria é a capital da província mais oriental da Andaluzia. A província de Almeria apresenta um clima subdesértico, com risco natural de seca. A escassez de água levou ao desenvolvimento de tecnologia para consumo e para agricultura intensiva em viveiros, e o setor primário representa 16,6% do PIB provincial superando os 11,5% do turismo. A cidade de Almería tem 202 675 habitantes (INE 2024) e uma superfície de quase 300 km2. Destaca-se pela sua relação direta com o mar, no Golfo de Almeria, e o seu porto tem ligações regulares com Melilha, Argélia e Marrocos. Para além do porto, tem tido historicamente más comunicações terrestres para uma cidade da sua dimensão. Embora em 2025 estejam a ser realizadas obras para ligar a cidade à linha ferroviária de alta velocidade (AVE), existe apenas uma ferrovia em funcionamento, a de Linares-Baeza-Almería. O aeroporto tem, assim, uma grande importância na mobilidade das pessoas, embora tenha sido criado em 1968 devido ao auge da indústria cinematográfica e para transportar as exportações agrícolas da província.

A cidade, de origem califal, permaneceu no Reino de Granada até 1489. A Idade Moderna representou uma estagnação da qual a cidade recuperaria no século XIX com a industrialização da mineração, a exportação de uvas e, a partir da década de 1960, a agricultura intensiva (o desenvolvimento agrícola de regiões áridas foi apoiado pelo CSIC em Almeria), o turismo ou a indústria do mármore e derivados. A cidade estruturou-se em torno do Paseo, que mais tarde albergaria o Palácio de Justiça, a Direção da Segurança Social ou o Banco de Espanha.

Durante a Guerra Civil, a cidade permaneceu no bando republicano e foi a última capital andaluza a ser ocupada pelo exército sublevado. Em 1937, sofreu bombardeamentos de navios de guerra alemães. Após a guerra, a reconstrução foi lenta, com edifícios de destaque como o Governo Civil, a Delegação Provincial de Saúde ou a Estação Rodoviária, mas, acima de tudo, com habitação protegida, como no Barrio Regiones ou em La Chanca, onde se destacam os edifícios da Escola Primaria, do CEPER e do Centro La Chanca-Pescadería. Das décadas “desarrollistas” de 60 e 70, destacam-se a Residência Sanitária em Torrecárdenas ou as escolas do Plano de Urgência da Andaluzia, Europa e Cruz de Caravaca.